Dois exemplos tristes e ao mesmo tempo patéticos do nível da arbitragem nacional pudemos presenciar em menos de uma semana. Tristes, pelas consequências, as contusões dos atletas, uma mais grave que a outra. Patéticos pela ação dos árbitros das partidas, dois patetas bananas.
Na sexta-feira passada, dia 29 de maio, Santo André e Guaratinguetá jogavam pela segunda divisão do Campeonato Brasileiro em Guaratinguetá, quando o atacante William, do Santo André, teve a perna quebrada após um carrinho criminoso do zagueiro Júlio César.
Pior não é o crime, mas a impunidade. A entrada foi extremamente desleal. “Ah, mas pegou na bola...” Não tem a menor importância, não é nenhum atenuante. Foi pênalti, inclusive, já que a agressão ocorreu dentro da área. Mas o patético árbitro Rodrigo Braghetto (SP) marcou apenas... nada! mandou seguir o jogo.
Assim, o violento zagueiro Júlio Cesar está liberado para continuar distribuindo porrada (acho uma palavra de baixo calão e o uso de palavras assim simples falta de recurso linguístico, mas estamos falando de violência mesmo) à vontade em campo, ameaçando a integridade física dos colegas de profissão (será que um jogador desses tem alguma consciência disso?), enquanto sua vítima amarga pelo menos três meses fora dos gramados, sem trabalhar.
Assim como no lance em Guaratinguetá, o agressor pegou a bola, mas não sem quase aleijar um colega de profissão, tal a violência da entrada. O que fez o árbitro goiano Antônio Pereira da Silva, um dos “grandes” da época? Marcou lateral... Lamentável.
Vai que ontem, no Maracanã, o atacante Lenílson, do Vitória da Bahia, de forma intencional e criminosa, chutou a cabeça do goleiro Rafael, do Fluminense, que já tinha a bola totalmente sob controle. A partida foi válida pela primeira divisão do Campeonato Brasileiro e o árbitro foi o incrível Wilson Luiz Seneme - incrível porque não sei como segue apitando impunemente, tamanho o número de erros que comete. O que fez, então, o paulista Seneme? Ele viu o lance, tanto que correu imediatamente para a área, chamou o agressor e... o premiou com um cartão amarelo!
Lances assim ainda ganham argumentos como "não tive a intenção" ou o famigerado "fui na bola". Ora, bolas: você amarra uma velhinha sobre os trilhos e passa com uma locomotiva por cima e diz que não teve a intenção de matá-la? Conta outra. E ainda há quem caia nessas desculpas esfarrapadas...
Parabéns às avessas, então, para árbitros como Rodrigo Braghetto, Wilson Luiz Seneme e Antônio Pereira da Silva, pela contribuição dada a páginas sujas pela violência do futebol brasileiro.
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