quinta-feira, 24 de junho de 2010

COPA DO MUNDO 2010 ► Sem drama nem emoção, Paraguai não sai do zero com Nova Zelândia e segue no Mundial

Tá, vá lá, um pouquinho de drama rolou, mas só quase no final, quando a Nova Zelândia descobriu que um golzinho a levaria adiante na Copa do Mundo. Mas ficou só na vontade. Jogando com um classudo uniforme todo negro, os neozelandeses seguraram o ataque paraguaio e saíram com uma inimaginável invencibilidade da maior competição de futebol do planeta. Um feito e tanto para um país que tem apenas 25 jogadores profissionais.

Já o Paraguai desapontou pela falta de confiança para partir com decisão para cima do adversário, nitidamente inferior. O time entrou para se classificar e isso conseguiu. Mas ficou devendo.

Para se ter ideia do desinteresse da partida, até os10' o momento de maior emoção foi a completa desolação do meio-campo Victor Caceres ao levar um cartão amarelo bem idiota, mas justo. O Paraguai cercava, tocava, mas não conseguia penetrar na defesa adversária. De preto, os All Whites (como é chamada a seleção neozelandesa de futebol) pareciam formar uma linha tão impenetrável quanto as formadas pelos All Blacks (o poderoso time de rúgbi do país).

A única coisa que acontecia eram as tentativas de Caniza marcar um gol no Mundial. Já que nãos e conseguia entrar na área, o zagueiro se aproximava e chutava: chutou torto aos 17' ao cair pela direita, do lado da área; chutou com perigo, próximo ao ângulo esquerdo de Paston, aos 18', após um rebote da zaga; e aos 28' bateu de longe, por cima, assustando um pouco o goleiro. Só aos 34' acertaram o gol de Paston: um chute de fora de Valdez que não deu muito trabalho ao bom goleiro.

As únicas vezes que a Nova Zelândia chegou com relativamente (muito relativamente) perigo foram aos 29 e aos 35', dois lances parecidos, com bolas cruzadas da ponta direita que obrigaram o goleiro Villar a algum esforço para pegar. Como a Nova Zelândia não queria muito, o Paraguai acabou cansando de brincar de procurar espaço e logo estava totalmente enredado no sistema defensivo adversário.

Logo aos 2' do segundo tempo, o primeiro lance de real perigo na partida, surpreendentemente da Nova Zelândia: Lochhead caiu pela esquerda e cruzou, a zaga rebateu mau e Elliott emendou de primeira, meios em jeito, mas com perigo, à direita do ângulo direito de Villar. Mas não era para ninguém se animar muito, porque o jogo seguiu bem em banho-maria.

E assim foi até os 16', quando o Paraguai finalmente teve uma chance decente: um escanteio cobrado curto da direita, bola levantada a meia altura e Riveros cabeceou para Paston fazer boa defesa. Com Lucas Barrios e Benitez no lugar dos ontem inoperantes Valdez e Cardozo etemendo sofrer um gol em um ataque esporádico do adversário, gol que o eliminaria da Copa, o Paraguai resolveu correr mais em busca da vitória. Aos 30', Benitez recebeu na área pela meia esquerda, cortou para a perna direita chutou cruzado, para difícil defesa de Paston, que ainda conseguiu tirar a bola dos pés de Barrios no rebote. Aos 35', Roque Santa Cruz cobrou bem uma falta da meia esquerda e obrigou Paston a grande defesa. Daí até o fim, nada mais de relevante aconteceu. A Nova Zelândia ameaçou tentar, mas não sabia como. Isso não fazia parte do plano original. E saíram todos satisfeitos do estádio: os paraguaios, com a classificação; os neozelandeses, com a certeza da missão cumprida muito além das expectativas.

Paston fez grandes intervenções no gol da Nova Zelândia e o veterano Nelsen mais uma vez comandou uma defesa sólida e difícil de ser batida. No Paraguai, fica o destaque para a classificação em primeiro do grupo e a certeza de que pode produzir mais. Bem mais.

Link da página da Fifa sobre o jogo: Jogo 42: Paraguai 0 x 0 Nova Zelândia.

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