domingo, 20 de junho de 2010

COPA DO MUNDO 2010 ► Com muita segurança, Paraguai vence Eslováquia por 2 x 0 e está quase nas oitavas de final

Com uma boa atuação, o Paraguai derrotou sem maiores problemas a insossa seleção da Eslováquia no Free State Stadium (adoro nomes completos, sem traduzir para “estádio”), em Bloemfontein, que estava com a maior parte de seus 48 mil lugares vazios.

Desde o início da partida a seleção paraguaia procurou atacar a Eslováquia. Armada com três atacantes (Lucas Barrios mais à direita, Roque Santa Cruz centralizado e Valdez caindo pela esquerda), pressionava a saída de bola adversária, que quase não chegava ao campo de ataque. Já no primeiro minuto, Barrios cruzava com perigo da direita. No minuto seguinte, Santa Cruz batia cruzado da meia-esquerda, com a bola desviando na zaga antes de encobrir com perigo a meta eslovaca. Logo depois, Valdez girou errado quando estava no mano-a-mano dentro da área. E só aos 8’ a Eslováquia chegava pela primeira vez ao ataque, mas Durica desperdiçou boa jogada cruzando muito mal. E melhor não fez a Eslováquia durante toda essa etapa e praticamente o jogo inteiro.

Aos 19,’ o goleiro Mucha defendeu chute rasteiro de Riveros da entrada da área e aos 23’ Barrios entrou tabelando pela direita com Veras, deu de calcanhar, recebeu de volta e chutou com perigo. No minuto seguinte foi a vez de Valdez girar e assustar o goleiro Mucha.

Estava na cara que o gol Paraguaio amadurecia mais que banana no calor, né? Finalmente, aos 27’, Lucas Barrios enfiou linda bola no meio da zaga para Veras , que mesmo pressionado tocou com categoria no canto direito de Mucha e fez 1 x 0.

Aos 36’, a Eslováquia aproveitou um escanteio para uma rara finalização, mas Salata cabeceou por cima. Aos 41’, o Paraguai apertou mais uma vez a saída de bola e Santa Cruz perdeu grande chance, batendo rasteiro na cara a cara com Mucha, que salvou com o pé direito.

No intervalo, poderia dizer que fiquei pensando cá com meus botões, só que não havia botões no meu moletom. Mas pensei assim mesmo: “O que pensa da vida uma seleção como a Eslováquia?” A equipe chega pela primeira vez como país independente a um Mundial, não é muito cotada, tem a chance de aparecer para o mundo, fazer alguns de seus bons jogadores se destacarem... Mas adota uma postura covarde, não sai para o jogo e até contra a quase amadora Nova Zelândia recuou para segurar um magro 1 x 0, sendo justamente castigada no final. Enfim...

A única mudança no segundo tempo foi que o Paraguai já não forçava tanto a marcação na saída de bola adversária, mas ainda assim mantinha total controle sobre a partida. Em algum momento imaginava-se que a Eslováquia sairia em busca do empate e abriria espaços. Mais fácil seria bater bola com Papai Noel...

Vendo que nada acontecia, o Paraguai tratou de definir a partida. Aos 26’, em uma rápida triangulação, Aureliano Torres (que substituíra Valdez), lançou Santa Cruz na esquerda e este centrou para Veras cabecear bem, para baixo, com a bola raspando a trave direita. Pouco depois, Torres finalizou com perigo de fora da área. E foi aos 40’ que o Paraguai deu números finais ao placar. Torres cobrou falta da intermediária para a direita, Paulo da Silva escorou no segundo pau, a bola rebateu na zaga e sobrou para Cardozo e o próprio Paulo da Silva se atrapalharem um pouco, mas não a ponto de impedir que o zagueiro ajeitasse para Riveros acertar um belo chute de esquerda no ângulo diretito de Mucha, que nada pôde fazer. Vitória garantida. Aos 47’, a Eslováquia ao menos deu oportunidade ao goleiro Villar de sujar o uniforme e valorizar a lavanderia, espalmando a escanteio um forte chute da entrada da área desferido por Vittek.

Gostei da postura que o técnico Gerardo Martini deu ao time paraguaio, com três homens à frente e mantendo-se assim até o fim, com Valdez e Barrios só saindo para a entrada de outros atacantes, Cardozo e Torres. Barrios fez um grande primeiro tempo (uma apagada no segundo, parecia cansado) e Veras foi o melhor em campo, com grande movimentação e chegando muito bem para auxiliar o ataque na área adversária.

Na Eslováquia, destaque absoluto para o treinador Vladimir Weiss – negativo, claro. Sua covardia impede o time de jogar e os jogadores de aparecerem. Mas não dá para não registrar a boa atuação do goleiro Mucha, que impediu um placar mais elevado. E eu achei esse Mucha a cara do Taffarel!

Segue o link da página da Fifa sobre o jogo: Jogo 27: Eslováquia 0 x 2 Paraguai.

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