segunda-feira, 30 de agosto de 2010

FUTEBOL ► CBF adia jogo para Corinthians comemorar aniversário

Falar de favorecimento da CBF de Ricardo Teixeira ao Corinthians de Andrés Sanches é como chover no molhado, secar gelo, bater em bêbado ou qualquer outra expressão do gênero que expresse algo sem valor, sem efeito ou redundante. Mas quando fatos se sucedem assim...

Após uma semana em que decidiu arbitrária e injustificadamente (ou melhor, com justificativas patéticas e idiotas) interditar todo o Maracanã ao menos 45 dias antes do previsto (se necessário fosse antes do fim do ano) por não poder receber mais de 45 mil torcedores e dar um estádio de 48 mil lugares ao Corinthians para receber até a Copa do Mundo, a CBF segue sem medir esforços para ajudar os amigos, no tradicional estilo "toma lá, dá cá" de Ricardo Teixeira.

Agora, Brasileirão pegando fogo, principal competição de futebol do país, a CBF adia o jogo do Corinthians contra o Vasco em São Januário, no dia 1º de setembro, sob o prosaico motivo de permitir que o Corinthians comemore seu 100º aniversário em casa.

Mas não adiou para o dia seguinte ou mesmo antecipou o jogo. Adiou para dali a mais de 40 dias. Assim, em plena maratona de jogos quarta-domingo-quarta-domingo, o Timão tem uma semana livre para festejar - e treinar.

Ué, mas isso não é análogo ao tal "esta deliberação tem por escopo, também, manter a igualdade de condições entre os clubes participantes do Campeonato, que poderiam ser prejudicados caso a interdição do uso do estádio ocorresse em meio do returno do Campeonato" que a CBF usou como justificativa, divulgada em nota oficial, para a interdição do Maracanã?
Pergunta que não quer calar: será que a CBF de Ricardo Teixeira faria o mesmo por Flamengo ou Fluminense?

E não é ridículo que a grande maioria dos jornalistas esportivos apontem uma clara retaliação da CBF ao Fluminense por não ter cedido Muricy Ramalho à seleção brasileira? Será que não dava para disfarçar um pouco melhor?

Enfim, é apenas mais um fato desmoralizante que parece mostrar que o Campeonato Brasileiro da CBF é feito mais para uns que para outros.

Mas moral é palavra que não faz parte do dicionário CBFelesco, não é mesmo? Moral, ética, vergonha...

A CBF ainda é um dos resquícios do Brasil que dizia amém para o capital, a cultura e as diretrizes que vinham do estrangeiro. Na política e na economia nacional isso não existe mais. Mas o futebol, infelizmente, é independente e por isso está nas mãos de um ditador mantido no poder por asseclas espalhados por federações falidas, que, por sua vez, são eleitos até por clubes e ligas municipais fantasmas. Depois a CBF não sabe por que muitos torcedores a chamam de Casa Bandida de Futebol.

Mas um dia isso acaba.

É a minha opinião.

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