sexta-feira, 30 de abril de 2010

NBA ► Spurs e Suns eliminam Mavericks e Trail Blazers e fazem uma das semifinais da Conferência Oeste


Depois de roubar uma vitória em Dallas no jogo 2 da série, o San Antonio Spurs venceu em casa o jogo 6 e eliminou o Dallas Mavericks dos playoffs da NBA. Já em Portland, o Phoenix Suns finalmente confirmou seu favoritismo e também eliminou seu adversário, o valente Portland Trail Blazers, no sexto jogo da série. Agora os vencedores descansam até segunda-feira, quando começam em Phoenix uma das semifinais da Conferência Oeste.
Dallas Mavericks 87 x 97 San Antonio Spurs (2 x 4)

Em San Antonio no duelo texano, não deu para o time de Dirk Nowitzki e Mark Cuban. O Spurs começou arrasador, limitou o adversário a ridículos 8 pontos no primeiro quarto e parecia que ia levar mole. Mas o Mavs lutou muito e conseguiu algo poucas vezes visto na NBA: tirar uma diferença de 22 pontos contra o Spurs jogando em casa.


Na segunda metade do terceiro quarto, comandado por outra ótima atuação de Nowitzki (na foto reclamando com a arbitragem, que o complicou com faltas logo no início da partida), o Mavs surpreendentemente passou à frente e chegou a dar a impressão de que ia embora. Mas não deu. Ficou para a próxima.
Com o trio Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker saudáveis, o Spurs, mesmo não sendo favorito, pode derrotar qualquer adversário a quyalquer hora em qualquer quadra e George Hill ainda tem contribuuído bastamnte nos playoffs. Mas, de preferência, deve evitar séries prolongadas, que podem o físico do time.

Phoenix Suns 99 x 90 Portland Trail Blazers (4 x 2)

“Agora os times voltam para Portland, onde não acredito que o Trail Blazers deixem de empatar a série e levar a definição apenas para o jogo 7 no calor do Arizona.” Hahaha... Alguém quebrei a cara aqui. E o Trail Blazers também.
Mesmo em Portland, o Suns impôs seu ritmo desde o início, soube controlar o jogo e a garra do rival e fechou a série em 4 x 2. O Blazers lutou muito, mas, com todos os problemas que enfrentou na temporada, foi muito além do que se esperava. As apagadas atuações dos veteranos Andre Miller e Marcus Camby acabaram com qualquer possibilidade do time continuar a surpreender.


Curioso é que o Suns venceu contando muito com a força de seu jogo coletivo, mas sem um brilho maior de suas estrelas Steve Nash e Amare Stoudemire, outra vez com números bem discretos para o talento que têm. Jason Richardson (foto) foi o destaque mais uma vez.


Agora o Phoenix Suns recebe o San Antonio Spurs com mando de quadra, mas é bom ficar esperto: Tim Duncan e companhia costumam ser convidados bem abusados, sempre dispostos a levar lembranças de festas na casa dos outros – no caso, aqui, uma vitória.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

NBA ► Nuggets faz dever de casa e vence jogo 5 contra Jazz, mas perde Nenê

Utah Jazz 102 x 116 Denver Nuggets (3 x 2)

Jogando com muita decisão no segundo tempo, o Denver Nuggets venceu em casa o jogo 5 da série contra o Utah Jazz e vai agora para Salt Lake City tentar igualar a série.

Boa notícia para o Nuggets: seis jogadores anotaram duplo dígitos, uma ajuda que Carmelo Anthony (26 pontos e 11 rebotes) precisa para que seu time vença a série.



Má notícia para o Nuggets: Nenê contundiu-se no joelho no início do segundo quarto, precisou de ajuda para deixar a quadra e provavelmente está ao menos da próxima partida. O garrafão pode ser fundamental para a vitória do Nuggets nesta disputa, pois o Jazz não tem pivôs de origem que suportem a presença de Nenê, Kenyon Martin e Chris Andersen embaixo da cesta.

Boa notícia para o Jazz: apesar da derrota, seus astros Deron Williams (34 pontos e 10 assistências) e Carlos Boozer (25 pontos e 16 rebotes) seguem jogando muito bem. Em casa, com eles jogando assim, dificilmente o Jazz é derrotado.

Má notícia para o Jazz: a falta de um pivô forte está sacrificando muito os alas Carlos Boozer e Paul Milsap.

O que podemos esperar para o jogo 6: fortes emoções em Salt Lake City na próxima sexta-feira.

NBA ► Zebra pasta de chifres e surpreende falcões em Atlanta: virada põe Buks à frente do Hawks

Milwaukee Bucks 91 x 87 Atlanta Hawks (3 x 2)

Não resisti fazer um trocadilho bobo com o cervo que simboliza o Bucks e o nome do adversário. Piadinhas à parte, o jovem Milwaukee Bucks, comandado pelo atrevido calouro Brandon Jennings (o número 3 de vermelho, verde e branco na foto que ilustra o post mais abaixo), conseguiu ótima e surpreendente vitória no jogo 5 da série contra o Hawks, mesmo jogando em Atlanta.

Pelo visto, deu uma pane no Hawks no último quarto. O time entrou com quatro pontos de vantagem e perdeu por 30 x 18 naqueles 12 minutos finais. Talvez tenha rolado uma certa acomodação. Uma autossuficiência derivada das tranquilas vitórias nos dois primeiros jogos disputados em casa. E talvez (mais um) o maior pecado do Bucks tenha sido não se preocupar em matar logo a partida e permitido ao Bucks ficar ali por perto. Pior: ter achado que a galinha – ou a rena – estava morta antes da hora.



A 4 minutos do fim, o Hawks liderava com nove pontos à frente, mas incrivelmente permitiu que o Buck anotasse nada menos que 14 pontos sem resposta, até que Al Harford (figurante na foto do Jennings), que fez grande jogo, com 25 pontos e 11 rebotes, acertou uma cesta a 19 segundos do fim quando a vaca jaca – ou o falcão – já estava indo para o brejo com sininho e tudo, como diriam os narradores das antigas.

Agora no Bradley Center, vai ser muito difícil para o Atlanta Hawks arranjar forças e ânimo para superar o motivadíssimo Bucks, que deve contar com uma não menos motivada e eufórica torcida ao seu lado. Ficou ruim para o Hawks. Acho que do jogo 6 esta série não passa. Para alegria de Bango, o cervo mascote do Bucks.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

NBA ► Lakers surra meninos do Thundercats e retoma vantagem na série

Okaloma City Thundercats 87 x 111 Los Angeles Lakers (2 x 3)


“Eles chutaram nossos traseiros desde o início.” As palavras do astro emergente Kevin Durant resume o que foi o jogo: uma surra dos campeões Lakers no time sensação Oklahoma City Thundercats. Faltando 8 minutos para o fim do primeiro quarto, o Lakers vencia por 10 x 0. O Thunder errou seus primeiros 13 arremessos! Os homens grandes do amarelinho de Los Angeles brincaram dentro do garrafão adversário: 25 pontos e 11 rebotes para Pau Gasol e 21 pontos e outros 11 rebotes para Andrew Bynum. Taticamente, foi dado destaque à mudança na marcação, com Phil Jackson colocando Kobe em cima do bom Russell Westbrook (foto mais abaixo), que vinha provocando estragos na defesa californiana. Enfim, contra a parede, mais uma vez o Lakers respondeu bem.


Mas espera aí: não era assim que o campeão devia estar jogando desde o início da série, já que o Thunder não tem pivôs que possam segurar o adversário? É, mas o time do Lakers às vezes sofre de preguiça mental e, ao menor sinal de dificuldade lá embaixo da cesta, esquece seu plano de jogo e joga as bolas todas nas machucadas mãos de Kobe Bryant e em perdidos tiros da linha de 3. E nem Kobe “está podendo” nem os tiros de 3 de ninguém estão caindo – aliás, como não caíram durante a temporada inteira.

O jogo foi precedido de uma série de questionamentos sobre as pífias atuações do campeão em Oklahoma, especialmente de Kobe Bryant. O quê? Como? Por quê? Uma resposta é aquela falta de determinação para insistir no plano de jogo traçado quando as coisas não acontecem como o esperado. Outra é que Kobe, realmente, dá sinais de muito desgaste físico. E não apenas pela idade, mas pelas más condições que tem enfrentado nas duas últimas temporadas. Dizem que agora seu dedo fraturado está até melhor, mas uma artrite no local piorou a situação. Fora uma nova contusão no joelho que poderia até tirá-lo da partida, não fosse quem ele é. O fato é que Kobe está pagando pelo esforço absurdo que fez nos três últimos anos e não é mais um garoto: já são 31 anos e mais jogos de playoffs que até Michael Jordan. O corpo sofre.



Para o Thundercats, muito trabalho motivacional para o Treinador do Ano. Scott Brooks (na foto, recebendo "conselhos do fanático torcedor do Lakers Jack Nicholson) precisa juntar os cacos e não deixar o time se abater. A situação ficou muito difícil e o natural é que o Lakers encerre a série na sexta-feira mesmo, em plena quadra adversária. Mas o Thunders tem que colocar na cabeça que está no lucro. Deve tentar impor seu basquete veloz e envolvente desde o início e, com o apoio de sua ensandecida torcida, levar a série para o jogo 7. E aí nada mais terá a perder. A pressão recairá toda sobre os atuais campeões.

NBA ► Esqueceram de avisar ao Spurs que tinha jogo: deu Mavs fácil, fácil

San Antonio Spurs 81 x 103 Dallas Mavericks (3 x 2)


Todo mundo aguardava com justa expectativa o jogo 5 da série entre San Antonio Spurs e Dallas Mavericks, com certeza a mais nivelada por cima da primeira rodada dos playoffs. Afinal, o Spurs conseguira a façanha de vencer o forte adversário três vezes seguidas e temia-se que o abatimento tomasse conta do time do falastrão Mark Cuban e os visitantes acabassem com tudo ali mesmo em Dallas. Mas não foi o que aconteceu.


O Spurs jogo pouco. E quando digo pouco, falo até em relação ao tempo em quadra de seu trio de estrelas, Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker, que jogaram apenas durante 24, 18 e 25 minutos, respectivamente. Sabem aquele ar sonso e desligado de Tim Duncan? Pois é, dessa vez não foi apenas “ar”, não, e parece ter contaminado o time todo. Deem uma olhada no ar de "o que que está acontecendo aqui?" de Ginobili na foto. Aparentemente, o não tão jovem e nem tão descansado Spurs resolveu guardar forças para jogar tudo no jogo 6, em San Antonio, e fechar a série em casa.

Focado e decidido, o Mavericks, com uma boa atuação coletiva e bem-vindos 35 pontos de Caron Butler, teve alguns problemas no primeiro tempo, mas acabou com o jogo muito antes do fim do terceiro quarto.

Resta saber se o San Antonio Spurs tem algum plano B para o caso de não vencer o jogo 6 e precisar decidir a vaga na semifinal da conferência no jogo 7, em Dallas.

NBA ► Com LeBron sentindo, Cavs sofre mais do que devia, mas despacha Bulls

Chicago Bulls 94 x 96 Cleveland Cavaliers (1 x 4)


Sabem aquela história tipo “de onde menos se espera é que surpresas acontecem”? Pois é. Numa terça-feira que prometia dois jogos equilibrados e duas barbadas, uma das barbadas é que foi o jogão.

O Chicago Bulls lutou desesperadamente e conseguiu reagir na partida e chegar junto do Cavaliers mesmo em Cleveland. Para isso contou com a infelicidade de LeBron James, que voltou a sentir muitas dores no cotovelo direito (o que o afastara de alguns jogos no final da temporada regular), a ponto de arremessar um lance livre com a mão esquerda a 7 segundos do fim... e errar.


LeBron ainda fez bons números, quase um novo triplo duplo, mas foram apenas 19 pontos. E esse é o maior problema do Cavs: 19 pontos de LeBron é pouco para o Cavs em uma partida pegada e mesmo o desesperado Bulls foi capaz de fazer frente à equipe de melhor campanha na NBA. Tivesse o Bulls um aproveitamento minimamente aceitável nos chutes de 3 (acertou apenas duas de 10 tentativas) e o resultado poderia ter sido outro. Antawn Jamison ajudou com seus 25 pontos. Delonte West deu uma força com 16. Mas quem precisa aparecer é Mo Williams, muito mal nesse último jogo da série, acertando apenas de dois de 13 arremessos de quadra. Nessa ainda deu, para alegria de nosso Anderson Varejão e Shaquille O'Neal (foto).

Se LeBron não estiver em plenas condições, Mo precisará fazer muito mais contra o Celtics. Ele pode e é o grande trunfo da equipe. Caso contrário o Cavalierss terá muitos problemas contra o veterano, mas decidido time de Kevin Garnett, Paul Pierce e Ray Allen.

NBA ► Sozinho não deu para Wade: Celtics domina e fecha o caixão do Heat

Miami Heat 86 x 96 Boston Celtics (1 x 4)


Para não dizer que jogou sozinho, Dwyane Wade (31 pontos, 10 assistências e oito rebotes) teve a colaboração dos 20 pontos do armador reserva Mario Chalmers. E esse foi o drama vivido por Wade ao longo de toda a temporada: suas ajudas são sempre sazonais, sem qualquer regularidade ou confiabilidade. Um dia aparece um, depois é outro, mas sempre apresentações esporádicas. Normalmente, não aparece ninguém mesmo. Só o talento de Wade explica o Miami Heat ter chegado tão longe.


O Boston Celtics é que não tem nada a ver com isso. Jogou firme, venceu o jogo 5 e cravou seus olhos direto em Lebron e os Cavs. Com seu trio de veteranos saudável (Kevin Garnett, Paul Pierce e Ray Allen) e Rajon Rondo bem, o Celtics parece ter encontrado sua melhor forma justo nos playoffs. Melhor momento, impossível. 


Quanto a Miami Heat, é óbvia a frustração de Dwyane Wade (na foto, recebendo o abraço de Paul Pierce). Free agent na próxima temporada, o supercraque bem pode esfriar o basquete em Miami e levar seu jogo de campeão para outra franquia.

Agora os campeões da temporada retrasada vão com tudo contra o Cavaliers, em uma série já marcada por grande rivalidade e que promete muitas emoções.

terça-feira, 27 de abril de 2010

NBA ► Suns segurando a onda em casa e faz 3 x 2 contra o valente Trail Blazers

Portland Trail Blazers 88 x 107 Phoenix Suns (2 x 3)


De volta a Phoenix para o jogo 5 da série, o Suns fez valer seu mando de quadra e dominou o Portland Trail Blazers, obtendo uma tranquila vitória.

O mais curioso na partida foi o Trail Blazers ter mandado nada menos que 12 jogadores para a quadra. Não é nada, não é nada, mas para quem há algum tempo mal tinha cinco em boas condições de jogo já é alguma coisa.

O que preocupa em Phoenix é a discrição de suas principais estrelas. Nem Steve Nash nem Amare Stoudemire têm brilhado nos playoffs como podem. Não que estejam jogando mal propriamente dito, mas estão rendendo bem abaixo de seu potencial. O que pode ser até bom sinal, pois o time está em vantagem apesar disso. 

O Suns, porém, está mais do que nunca dependente de uma terceira via, que por sorte tem encontrado em Jason Richardson, que faz uma grande pós-temporada. Ontem o time contou com a atemporal colaboração de dois reservas, o pivô Channing Frye (enterrando aí na foto) e o ala Jared Dudley, que contribuíram com importantes 20 e 19 pontos, respectivamente,
Agora os times voltam para Portland, onde não acredito que o Trail Blazers deixem de empatar a série e levar a definição apenas para o jogo 7 no calor do Arizona. 

NBA ► “Aqui, não, violão”, teria dito o cervo para o falcão: Milwaukee Bucks empata a série contra o Atlanta Hawks

Atlanta Hawks 104 x 111 Milwaukee Bucks (2 x 2)


Jogando em casa, o Milwaukee Bucks resistiu à pressão e à grande atuação de Joe Johnson (29 pontos e nove assistências) para vencer o jogo 4 e empatar com o Atlanta Haws, mostrando que na terra deles falcões não têm vida fácil, não, e que essa série será mais longa do que parecia à primeira vista.


Vale destacar que três jogadores do Bucks marcaram mais de 20 pontos (Carlos Delfino e John Salmons, 22; Brandons Jennings, 23). Delfino (foto) encestou seis de suas oito tentativas de três pontos. Dificilmente um time que tem três jogadores anotando mais de 20 pontos numa partida sai de quadra derrotado. A boa atuação do trio garantiu o Hawk, que agora vão mais confiantes para Atlanta.

E a pressão agora cai toda sobre o time da casa, como costuma ocorrer  na 5ª partida de uma disputa empatada. O Hawks sabe que um tropeço pode custar caro, pois dificilmente o Bucks deixaria de fechar a série em casa.

NBA ► Kriptonita detona Super-Homem, mas Magic varre o Bobcats assim mesmo

Orlando Magic 99 x 90 Charlotte Bobcats (4 x 0)


E não deu mesmo para o novato Charlotte Bobcats em sua estreia em playoffs. Mostrando mais uma vez que não está para brincadeiras, o Orlando Magic resistiu à garra do Bobcats diante de sua torcida, venceu a partida e varreu o adversário com inapeláveis 4 x 0 na série.

Curiosamente, o Magic fez tudo isso com uma discretíssima colaboração de sua estrela Dwight Howard, o Super-Homem. Talvez afetado por alguma coisa contendo kriptonita, o homem de aço de Orlando passou mais tempo da série no banco enrolado com o número excessivo de faltas do que marcando pontos ou pegando rebotes.



A Conferência Leste não é tão disputada quanto a Oeste, há um desnível bem acentuado entre os que têm mando de quadra e seus adversários. São 20 vitórias que separam o primeiro do oitavo colocado, enquanto do outro lado essa diferença é de apenas. Ainda assim acho que o Magic desta temporada está mais consistente e ainda mais forte que na temporada passada, quando venceu a Conferência Leste e só foi batido na grande final pelo Los Angeles Lakers. Vince Carter (foto) é um diferencial, suprindo com vantagem a saída de Hedo Turkoglu. Apesar de Celtics e Cavaliers, o Orlando Magic é minha aposta para ir novamente às finais da NBA.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

FUTEBOL ► Para satisfazer vaidade de patrocinador, Fluminense demite Cuca e expõe sua faceta de clube pequeno

É, porque clube pequeno que é assim: alguém que põe 10 mil réis do próprio bolso manda e desmanda. Põe o filho aqui, a mulher ali, a amante acolá e por aí vai. No futebol, o Fluminense presta-se bem a esse papel, dançando conforme os desejos vaidosos de Celso Barros, em nome da patrocinadora Unimed.

Aliás, o Brasil anda repleto de clubes como o Fluminense, grandes em tradição e torcida, mas pequenos demais em administração e pensamento. Não vou aqui me estender sobre os outros. Cada um sabe o calo que mais o incomoda. Só pretendo reclamar de mais um passo em falso dado pelo meu time.

A desculpa de que o clube foi mal no Campeonato Carioca, além de patética, reforça o processo de apequenamento, já que é a menor competição a ser disputada no ano, de valor incomensuravelmente menor que a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. O Fluminense precisava, inclusive, frequentar umas aulas sobre como demitir um treinador com um mínimo de sutileza ética e inteligência.

Cuca conseguiu no ano passado o maior feito na história do futebol brasileiro, tirando o Fluminense de um rebaixamento tão provável que a missa de sétimo dia já estava até encomendada. E não tirou naquela base de “no peito e na raça” apenas. Houve raça, garra... e bom futebol. Muito bom futebol, por sinal, o que foi ainda mais incrível. O heroico Fluminense de Cuca terminou o ano com aproveitamento de campeão e jogando o melhor futebol no país. O já lendário "time de guerreiros", além de não cair, chegou a um também improvável vice-campeonato da Copa Sul-Americana.

Mas bastou não chegar no pífio Campeonato Carioca (que, como todo campeonato estadual, todo mundo diz não ter valor algum, mas que serve muito bem para atender a interesses imediatistas de dirigentes amadores) para oferecer o pretexto necessário ao patrocinador para mais uma vez dar vazão à sua vaidade e aos seus sonhos de grandeza (?). É, porque quem decide essas coisas de futebol no Flu é o patrocinador, que conseguiu demitir Cuca contra a vontade da diretoria, dos jogadores e da torcida. Só importa a vontade da Unimed, na figura de Celso Barros.

E lá foi a Unimed atrás de mais um nome de grife.

Assim, o Fluminense inicia hoje a Era Muricy, outro bom treinador. E o que será preciso para que sua presença à frente do clube se prolongue? Vitórias? Títulos? Não sei. Isso ajuda, mas no amador Fluminense, clube presidido pelo chamado "presidente de dois neurônios"...

O Fluminense tem tido nos últimos anos elencos e treinadores acima da média, mas sem resultados à altura. A única constante, que não muda nunca, é a direção e a influência do patrocinador.

A Unimed foi fundamental para o Fluminense quando o clube caiu para a terceira divisão. Viabilizou Carlos Alberto Parreira e uma comissão técnica de altíssimo nível e Parreira praticamente resgatou o Fluminense do fundo do abismo. Quem é tricolor conhece a história. Mas daí para frente parece que a tal da mosca azul picou o homem do patrocínio e tudo mudou.

Hoje Celso Barros manda e desmanda no futebol do clube, sem que isso resulte em resultados à altura desse poder. Mina trabalho de treinadores quando quer impor seus nomes, investe alto em nomes já pouco produtivos, mas que dão manchetes... Tão preocupado com mídia e factoides que nada investe em Xerém (não dá manchete investir na base, o lance é o "aqui e agora"), onde realmente se encontra o futuro do Fluminense e que tem gerado talentos e mais talentos, sempre negociados a preço de banana em fim de feira por falta de competência para mantê-los ou vendê-los minimamente bem.



O muitas vezes intragável, mas inegavelmente capaz, Muricy Ramalho pode fazer um bom trabalho? Pode. Vencer? Conquistar títulos? Pode. Até porque, como ele mesmo reconhece, pega uma base feita, bem armada, que sabe jogar e costuma jogar bem. Mas tudo que vier a conseguir será sempre na base do “apesar de” em relação á ridícula administração do clube. Do mesmo modo que “apesar de” o Fluminense quase conquistou uma Taça Libertadores, “apesar de” o Fluminense quase conquistou uma Copa Sul-Americana, “apesar de” o Fluminense não caiu no Campeonato Brasileiro do ano passado... 

Pelo menos a contratação de Muricy Ramalho impediu – por ora - o mico ainda mais patético, o suprassumo da humilhação para nós tricolores, que seria a substituição de Cuca pela cogitada dupla Romário e Joel Santana. Quando esse dia chegar, eu dou um tempo.

E antes que me esqueça: obrigado, Cuca! E boa sorte, Muricy!

NBA ► Magic quase lá, Heat, Mavs, Bulls e Nuggets respiram por aparelhos, Bucks e Blazers estão vivos e campeão sofre: pegam fogo os playoffs da NBA

Oito jogos deram sequência aos playoffs da NBA neste fim de semana.

Começando pelo sábado. Provavelmente com o basquete mais consistente da pós-temporada, o Orlando Magic venceu também em Charlotte e lidera a série contra o Bobcats, que deve aproveitar a segunda partida em casa para evitar uma varrida (na NBA, quando um time vence toda uma série de jogos contra o mesmo adversário).


Em resultado meio surpreendente (apenas meio, com esse time tudo é meio possível), o Portland Trail Blazers voltou ao jogo diante de sua torcida e igualou tudo na série contra o Suns. Como o time improvável e brancaleônico que é, acontece de tudo com o Blazers. Desta vez, foi de forma positiva: o surpreendente retorno do astro Brando Roy (foto) cerca de apenas duas semanas após uma artroscopia. Ninguém esperava. O astro ligou para o treinador e pediu para jogar. Roy saiu do banco e anotou módicos 10 pontos, mas o impacto de sua presença foi psicologicamente muito importante para o ânimo dos companheiros e da torcida. Mas não será fácil o valente time de Portland arrancar nova vitória em Phoenix, agora que o Suns está mais esperto em relação ao adversário, por assim dizer.

Quem esteve muito esperto foi o Bucks. Jogando em casa, o time de Milwaukee mostrou ao Hawks quem manda no pedaço e conseguiu sua primeira vitória. Foi fácil, fácil, jogo praticamente decidido no primeiro quarto.



No quarto do jogo de uma série que promete emoções até o fim, o campeão Lakers sentiu com quantos tons de grave ressoa um trovão e descobriu que um raio cai duas vezes no mesmo lugar, sim. Assim como no último jogo da temporada regular disputado em Oklahoma, o Thundercats atropelou - passou por cima, nocauteou, massacrou, ignorou ou qualquer outra expressão que preferir - o favorito time de Los Angeles, para alegria da mamãe de Kevin Durant (foto). Foi um jogo tão atípico e fácil que Kobe Bryant e Kevin Durant viram o último quarto do banco. Kobe, então, teve uma atuação como poucas na carreira, especialmente em playoffs: marcou 10 pontos, arremessando apenas 10 vezes, passando o primeiro quarto inteiro sem tentar um único arremesso! Restou ao campeoníssimo técnico Phil Jackson reclama dar enorme disparidade entre o número de lances livres cedidos pela arbitragem: foram 42 lances livres a mais para o time da casa nos últimos dois jogos, com Kobe arremessando duas vezes, contra 24 de Durant. Podem esperar uma chuva de lances livres para Kobe e o Lakers na volta ao Staples Center. Esse jogo 5 promete e acredito que quem vencer leva a série.


Já no domingo, o meio esquecido, pela fraca companhia, mas muitas vezes genial Dwyane Wade despejou 46 pontos para cima do Celtics e garantiu ao menos uma vitória de honra para o Heat à frente de sua torcida, em Miami. A foto mostra o craque cravando de costas. Mas deve ficar nisso mesmo e a série provavelmente não passa do jogo 5 em Boston.

Como esperado, LeBron James resolveu mostrar ao Bulls quem mandava, anotou um grande triplo duplo (37 pontos, 12 rebotes e 11 assistências) e o Cavaliers não teve qualquer dificuldade para vencer em Chicago e marcar sua passagem às semifinais da Conferência Leste para o jogo 5, em Cleveland - apesar dos incríveis 20 rebotes e 21 pontos do pivô Joakim Noah.

Nos dois últimos jogos da noite, dois grandes confrontos, verdadeiros clássicos da Conferência Oeste.



Em San Antonio, o Dallas Mavericks não conseguiu descobrir a fórmula para superar o pragmático e competitivo basquete do Spurs, que venceu mais uma partida apertada e abriu 3 x 1 na série. Com uma atuação totalmente fora da curva de Tim Duncan (apenas 4 pontos, um arremesso de quadra acertado em nove tentativas), o Spurs contou com grande atuação do calouro George Hill (o garoto da foto), que fez o maior número de pontos de sua curta carreira (29) e garantiu a festa da torcida. Muita pressão agora sobre o forte time do alemão Dirk Nowitzki para o jogo 5, em Dallas. Mark Cuban deve estar arrancando seus bem penteados cabelos.


E em Utah, na série com placares mais altos, o Jazz mostrou mais uma vez ao Nuggets como é difícil de ser derrotado em Salt Lake City. Deron Williams e Carlos Boozer (comandando a massa na foto), cada vez mais comparados aos lendários John Stockton e Karl Malone, brilharam mais uma vez. Pelo lado adversário, Carmelo Anthony fez grande jogo, mas precisa de mais ajuda. Não pode Nenê arremessar apenas três vezes em uma partida decisiva. O forte pivô brasileiro precisa ser mais acionado pela armação do time e também forçar mais o jogo no garrafão. De todo modo, grandes emoções à vista na volta da série ao Pepsi Center, em Denver, outra quadra indigesta para os adversários.

Resultados (mando de quadra sempre do segundo time e entre parênteses o placar da série):

Orlando Magic 90 x 86 Charlotte Bobcats (3 x 0)
Phoenix Suns 87 x 96
 Portland Trail Blazers (2 x 2)
Atlanta Hawks 89 x 107 Milwaukee Bucks (1 x 2)
Los Angeles Lakers 89 x 110
 Oklahoma City Thundercats (2 x 2)
Boston Celtics 92 x 101
 Miami Heat (3 x 1)
Cleveland Cavaliers 121 x 98
 Chicago Bulls (3 x 1)
Dallas Mavericks 89 x 92 San Antonio Spurs (1 x 3)
Denver Nuggets  106 x 117 Utah Jazz
  (1 x 3)

Links:

ESPN: http://espn.go.com/nba/

NBA: http://www.nba.com/playoffs2010/index.html 

sábado, 24 de abril de 2010

NBA ► Quando os deuses erram: Kobe e LeBron falham, Lakers e Cavs perdem

O ginásio onde Los Angeles Lakers e Oklahoma City Thundercats jogaram mais parecia palco de uma decisiva partida do basquete universitário norte-americano do que da mais sisuda NBA.

Para quem não se liga muito mo esporte da bola laranja, a NBA tem suas arenas quase sempre cheias, mas as torcidas efetivamente torcem com fervor apenas nos playoffs, com algumas delas se transformando em verdadeiros alçapões para os adversários, tal a pressão exercida, como a do Sacramento Kings.

Já no basquete universitário, o ambiente é normalmente ensandecido, principalmente nas partidas decisivas, um ambiente muito mais próximo à nossa realidade de Maracanã lotado em dia de Fla x Flu.



Pois a quadra do Thunder estava ensurdecedora, para ficar num clichê desta vez não apenas “clicherizado”: medições mostravam o som provocado pelos torcedores acima dos 100 decibéis. E tudo aliado a uma espécie de ribombar impressionante de trovões – afinal, o time chama-se Thunder, né? Somando-se a isso a torcida inteira (quase inteira: há sempre amarelinhos do Lakers em todas as quadras da NBA) vestindo uma camiseta azul previamente espalhada pelos assentos dizendo algo que pode ser entendido como “crescendo juntos” e a cara de meninos dos Thundercats e o mais desavisado telespectador juraria estar vendo uma final da NCCA. Aí na foto ao lado a vibração dos torcedores locais  com primeira vitória.

E foi nessa atmosfera que o Thundercats deu mais um calor no campeão Los Angeles Lakers, desta vez conseguindo fechar a partida a seu favor com uma surpreendente mãozinha do superastro Kobe Bryant, que errou quase tudo que tentou no quarto final, período em que justamente costuma crescer e decidir o jogo a favor de sua equipe.

O Lakers já havia dado uma apagada no início do segundo quarto, quando jogou fora uma importante vantagem de quase 10 pontos ao ficar vários minutos sem pontuar. No final, justa vitória dos calouros de playoffs, deixando a série ainda bem aberta. É difícil, o Lakers sabe se virar bem nessas situações adversas, mas o Thundercats está vivo e tem talento para provocar uma grande zebra aqui.



Se Kobe falhou no jogo do Lakers, o MVP da temporada LeBron James não ficou atrás. “Mas como assim? LeBron quase anotou um triplo duplo: 39 pontos, 10 rebotes e 8 assistências!” É verdade, mas desperdiçou nada menos que 6 lances livres em 13 cobrados, um índice mais ao nível de Shaquille O’Neal que de um LeBron James. Shaq, aliás, que acertou seus dois únicos lances livres na partida (notem a concentração do gigante na foto).

Mas, enfim, desperdiçar seis lances livres perto de ótimos números anotados não seria nada demais, não tivesse o Cleveland Cavaliers perdido por míseros dois pontos de diferença. Foi uma incrível demonstração de superação do Chicago Bulls, que assim conseguiu manter seu mando de quadra. Mas ainda não acredito que o Bulls seja capaz de roubar uma vitória em Cleveland e nem mesmo acredito que seja capaz de repetir esse último resultado no jogo 4, também em Chicago.


Na mesma quinta-feira em que Lakers e Cavs caíram, o Portland Trail Blazers esqueceu de voltar a jogar após “descansar” no jogo 2 da série contra o Phoenix Suns, levou uma verdadeira surra em casa e jogou por terra a importante vitória que havia conseguido em quadra inimiga na abertura da série. Jason Richards acertou quase tudo (42 pontos e nenhum turnover!), o Suns abriu nada menos que 29 pontos de vantagem ainda no primeiro tempo e assim acabou a festa de uma das torcidas mais ameaçadoras (no bom sentido) da liga. Aqui, acho que já era para o Blazers.



Na sexta, mais três partidas. Primeiro, em um duelo extremamente acirrado, Paul Pierce acertou um arremesso no zerar do cronômetro, deu a vitória ao Boston Celtics e acabou com o Miami Heat. Nunca, jamais, em tempo algum na história da NBA alguma equipe conseguiu virar um placar de 0 x 3 numa série de playoffs. Não vai ser agora.

Depois, na primeira partida em casa, o San Antonio Spurs mostrou ao Dallas Mavericks que não está para brincadeira, vencendo mais uma partida disputadíssima e fazendo 2 x 1 na série. São duas equipes muito fortes e competitivas e aqui pode-se realmente dizer que tudo pode acontecer. E ambas muito bem comandadas por seus astros, Dirk Nowitzki e Tim Duncan, duelando na foto anterior.



“Houston, temos um problema.” É o que poderia dizer o pessoal do Nuggets - se não fossem de Denver, nas montanhas do Colorado. Após um ótimo primeiro quarto, a equipe no brasileiro Nenê (aliás, com pífia atuação, bem abaixo do que vem mostrando) foi completamente dominada pelo Utah Jazz. A foto até parece mostrar o baixinho e talentoso armador do Jazz saltando mais que Nenê!

O time de Deron Williams e Carlos Boozer deixou claro que custará muito caro ao Nuggets conseguir recuperar em Salt Lake City a derrota que sofreu no jogo 2 em casa.

E assim seguem os playoffs da NBA, diversão e emoção garantidas para os fãs de basquete – como eu.

Resultados (mando de quadra sempre do segundo time e entre parênteses o placar da série):

Cleveland Cavaliers 106 x 108
 Chicago Bulls (2 x 1)
Los Angeles Lakers 96 x 101
 Oklahoma City Thundercats (2 x 1)
Phoenix Suns 108 x 89
 Portland Trail Blazers (2 x 1)
Boston Celtics 100 x 98 
Miami Heat (3 x 0)
Dallas Mavericks 90 x 94 San Antonio Spurs (1 x 2)
Denver Nuggets  93 x 105 Utah Jazz
  (1 x 2)

CINEMA ► “O Curioso Caso de Benjamin Button”: Deus deu a Brad Pitt beleza e bom coração, talento já seria demais

Outro dia estava assistindo ao filme “O Curioso Caso de Benjamin Button”. O enredo do filme é interessante, mas foi mal desenvolvido, mal explorado... e longo. Resumindo a história, um homem nasce velho e rejuvenesce com o passar dos anos. Isso daria margem a um monte de situações interessantes que poderiam ter sido bem exploradas. Não ficou um filme ruim, mas deixou aquela sensação de desperdício de uma ideia.

O mais chama a atenção é mais uma má atuação de Brad Pitt, intérprete principal, do referido Benjamin Button do título. Sem querer revelar nada a quem ainda não assistiu e ainda pretende fazê-lo (pode ser assistido sem sustos, não chega a fazer mal à saúde), é bastante sintomático o comentário da minha esposa quando o protagonista chega à idade de bebê: “O bebê interpreta melhor que o Brad Pitt.”

Todos dizem que Brad Pitt é um cara legal, gente boa mesmo. Vive envolvido em projetos de causas humanitárias. Após a devastadora passagem do furacão Katrina por New Orleans, ele, que é da cidade, foi o primeiro figurão a chegar à região atingida, e não apenas para fazer marketing. Pitt criou uma fundação para auxiliar na reconstrução da cidade e estabeleceu-se por lá durante um bom período para ajudar no que pudesse.

Para as mulheres, Brad Pitt é um padrão básico de beleza masculina. Isso com certeza abriu as portas do cinema para ele. Pena que não veio o pacote completo, pois se esqueceram de enviar uma mínima dose de talento junto. Não passa de um ator esforçado.

Nunca reparei em qualquer dose de expressividade em suas atuações. Ou melhor: sempre reparei na mesma expressão, independente de filme ou personagem. Como no filme “Encontro Marcado”, em que encarnava a morte. Se viva, a morte teria vontade de matar-se, tal a sua inexpressividade, ainda mais acentuada pela infelicidade de contracenar com um monstro chamado Anthony Hopkins.

Brad Pitt jura que não conhecia o passado nazista de Heinrich Harrer, personagem que interpretou em “Sete Anos no Tibete” e que lhe valeu uma certa saia justa. Casado com a bela e complicada Angelina Jolie, filha desafeta de do ator John Voight e que o roubou da também atriz Jennifer Aniston após conhecerem-se durante as gravações de “Sr. e Sra. Smith”, Pitt segue se esforçando para mostrar que há talento por trás daquele modelo de beleza masculina, o que não seria justo para nós, pobres mortais, pois significaria uma absurda proteção divina ao ator.

Bem, não vejo muita chance desse talento aparecer. Quem sabe com o tempo? Mas pelo menos não é um desses atores endeusados sem talento que passam doses maciças de pretensão a cada cena. Curiosamente, Brad Pitt parece estar sempre se esforçando para atuar bem, tipo um estudante de interpretação concentrado em atuar direito, o que é legal. Há coisa muito pior por aí no meio da chamada Sétima Arte.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

FUTEBOL ► Flamengo 3 x 2 Caracas: a vitória que só a torcida queria


Há muito quem acompanha futebol com mais atenção ao que ocorre nos bastidores tem a impressão de que dirigente de clube grande não veste camisa. Só quer saber de si, sua carreira esportiva no clube ou não e o resto fica em segundo plano, mesmo os resultados dentro de campo.

Os exemplos cada vez mais surgem por aí (ia dizer “abundam por aí”, mas não ficaria legal...). O meu Fluminense é um pote cheio, estou tomando até fôlego para refletir sobre isso em forma de post. Mas aqui me deu vontade de falar rapidamente sobre o Flamengo.

Às vésperas de uma partida decisiva para as pretensões do clube na Taça Libertadores e em meio a um turbilhão de eventos que têm tumultuado o dia a dia do clube, fiquei com a nítida impressão que uma vitória, principalmente uma boa vitória (o que, afinal, não aconteceu), desagradaria tanto à direção atual como dirigentes que lhe fazem oposição.

O raciocínio é simples: com um técnico de nome como Muricy no mercado, a direção atual não queria perder a chance de esconder a crise interna com a contratação do renomado treinador. Mas Muricy sempre diz que não negocia com clube que tem treinador sob contrato. Daí o interesse pela demissão de Andrade, ídolo do Flamengo como jogador e que à beira do campo levou há apenas quatro meses o rubro-negro a uma improvável conquista do Campeonato Brasileiro. E ainda passaria o patético recibo que a culpa de tudo de errado que acontece na Gávea se resumia ao treinador. Por isso para a direção atual seria um mau resultado contra o possante Caracas – diga-se de passagem, um time fraquíssimo, ainda mais com a formação mista que veio ao Rio de janeiro que incluía um goleiro (reserva) sem sequer estatura e fundamentos para a posição.

Já para os dirigentes da oposição, muitos dos quais que revezam-se há anos no poder, quanto pior, melhor. A impressão que passam é de que não estão nem aí para títulos e sucesso rubro-negro. O que importa é conseguir armas para atacar a administração de Patrícia Amorim.

Patrícia Amorim meio que deixou a Gávea se transformar numa casa da Mãe Joana, mas nada muito diferente do que administrações anteriores faziam. Curioso é que quatro meses atrás a situação era praticamente a mesma e o time tornou-se campeão brasileiro. Agora a culpa é do treinador...

Pobre dos torcedores, únicos realmente interessados apenas nas vitórias de seu clube, seja em que situação se encontre.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

HISTÓRIA ► Há vulcões que até fazem arte, outros ficam só na destruição mesmo


Os recentes transtornos provocados pela erupção do vulcão na Islândia (que decepção, ninguém dá um nome ao bicho?) me fez lembrar outro cataclisma semelhante, ocorrido em 1991: a erupção do vulcão do Monte Pinatubo, nas Filipinas.

Erupções vulcânicas constituem uma força terrível e possuem grande poder de destruição. Além de destruição, causam transtornos, mas também podem gerar um pouco de arte. Basta uma olhada em vídeos e fotos desse fenômeno da natureza para ficarmos magnetizados pelo impacto que visual que provoca.

Este mesmo vulcão islandês – além de caos - tem gerado belas imagens. Mas nada comparado ao que o Pinatubo provocou ainda meses após sua última e monstruosa erupção, ocorrida bem no Dia dos Namorados de 1991. O Pinatubo matou mais de 800 pessoas e provocou sérios danos ao meio ambiente. Liberou a maior quantidade de gás tóxico na estratosfera registrada desde a mítica erupção do Krakatoa (“o inferno de Java”!) em 1883, alterou a temperatura do planeta... e gerou efeitos sentidos durante muitos meses.

Lembro que na época trabalhava de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas e pela janela do Estúdio de VT da então Faculdade da Cidade pudemos apreciar durante semanas um fim de tarde e consequente anoitecer mais fascinante que o outro, com o céu variando em diversos tons, ora para o azul, ora para o rosa, laranja... Tudo provocado pelos gases ainda remanescentes na estratosfera.

Que o tempo aplaque a dor das perdas de vidas humanas e ignore o caos provocado, deixando apenas na lembrança a arte produzida pela mãe natureza.

Na foto que abre o post, lá no alto, uma das belas imagens do vulcão islandês. Abaixo, um flagrante da erupção do Pinatubo.


NBA ► O velho, chato e bom Spurs de sempre

Na segunda partida da série entre Santo Antonio Spurs e Dallas Mavericks, o Spurs mostrou que talento não depende de idade e às vezes nem de condição física. Dominando o jogo do início ao fim, o time do veterano ala de força Tim Duncan, que teve uma ótima atuação, não deu chances ao Dallas do fanafarrão proprietário Mark Cuban, que na véspera declarara que odiava o San Antonio Spurs. Bem, ele tem mais um motivo para isso agora.

Podemos dizer que na NBA de hoje LeBron James é o astro solo, Kobe Bryant e Pau Gasol formam a melhor dupla, mas o melhor trio, já há alguns anos, é o formado pelo argentino Manu Ginobili, o francês Tony Parker e o natural das Ilhas Virgens Tim Duncan (alguém pensou mesmo que ia arriscar o gentílico de lá?). Para muitos, não sem razão, Duncan é melhor ala de força da história da NBA. 

Bom e técnico no ataque à cesta no garrafão, eficiente nos rebotes e muito consistente, Duncan tem aquela indefectível cara de sonso, parece que está alheio a tudo ao seu redor (na foto ao lado, Duncan é flagrado em um de seus momentos de maior expressividade), mas ainda consegue dominar uma partida como o fez na noite de ontem em Dallas. Com seu trio mestre saudável e bem das pernas, o Spurs é páreo para qualquer um. Principalmente na tal hora do “vamos ver”. Com a série empatada, Dirk Nowtzki vai precisar mostrar seu melhor jogo para sua equipe recuperar-se em San Antonio.

Na outra partida da noite, os atuais vice-campeões seguem dominando o calouro em playoffs Charlotte Bobcats. Com um jogo muito consistente e bem distribuído, o Orlando Magic não está dando chances ao seu adversário, mesmo com discretíssimas atuações do super-homem Dwight Howard, e agora vai tranquilo para as primeiras (ou serão as últimas?) partidas em Charlotte. Mais que tudo, manda um recado sério à toda sua conferência de que seu objetivo é buscar o anel que perdeu para o Lakers na temporada passada.

Resultados (mando de quadra sempre do segundo time e entre parênteses o placar da série):

Charlotte Bobcats 77 x 92 Orlando Magic (0 x 2)
San Antonio Spurs 102 x 88 Dallas Mavericks (1 x 1)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

NBA ► Campeão sua a camisa, mas mantém vantagem do mando de quadra contra o futuro da NBA

Se o olho grande não tomar conta da franquia ou dos jogadores, o Oklahoma City Thundercats tem tudo para brilhar nas próximas temporadas – mais ainda que nesta, onde, afinal, ainda luta nos playoffs.

O time mais jovem da história da NBA é muito talentoso e atlético e conta entre seus titulares com quatro jogadores que estiveram entre as três primeiras escolhas nos últimos drafts. Destaque, claro, para o incrível Kevin Durant. Um homem daquele tamanho com aquela habilidade, velocidade, força, talento e... chute de três? O homem vai longe.

No jogo 2 da série contra o atual campeão Los Angeles Lakers, o Thunder fez tudo como mandava o figurino: entupiu o garrafão para diminuir os espaços para Gasol, Bynum e mesmo Odom, jogou um monte de gente em cima do Kobe, torceu para as bolas de 3 de Los Angeles não caírem e correu muito quando tinha a posse de bola. Quase deu certo.

Ficou no quase porque o time do Lakers fez valer sua experiência na hora de fechar o jogo (é o time da liga com melhor retrospecto em partidas apertadas), Gasol achou um jeito de prevalecer embaixo da cesta, Ron Artest foi ótimo na marcação em momentos decisivos e Kobe foi... Kobe na hora de decidir.



Vale o registro que meu dedo dói só de ver as condições em que o astro do Lakers está jogando (na foto ao lado, ainda marcando Durant). A temporada passada inteira jogou com dois dedos enfaixados, um servindo de apoio para o que estava “avariado”, mas esta temporada tem sido pra lá de dolorosa. Sua fratura no dedo indicador da mão direita piora a cada semana, diríamos até que a olhos vistos, mas não como a parar. Aquele dedo nesta temporada já foi imobilizado de diversas maneiras e em diversas posições diferentes para permitir que Kobe continue em quadra. Mas ultimamente tem sido mais difícil essa condição. E, sim, Kobe é destro. Quem joga ou já jogou basquete sabe a dor de jogar com aquela torçãozinha básica no dedo que sempre rola em uma disputa de bola, Agora imagine com o dedo fraturado de verdade.

O resultado de tudo isso é que Kobe cada vez mais bate a bola com a mão esquerda e a protege à esquerda do corpo nas infiltrações, as quais realiza com extrema dificuldade, porque não é mole manter a bola com a mão boa sem firmeza. Por isso tem levado tocos que normalmente evitaria. O simples arremessar, em si, já é um incômodo, pois o indicador é o dedo de apoio no arremesso de qualquer jogador normal. Sorte do Lakers que Kobe está longe de ser um jogador normal.

Los Angeles fez 2 x 0 e agora vai para Oklahoma, onde foi atropelado na última vez que se encontraram pela temporada regular. Tenho para mim que o Thunder perdeu uma grande chance nesta terça em LA. Tiveram uma bola de 3 para vencer e uma outra para levar o jogo para a prorrogação. Mas certo, apenas, é que o jogo 3 será de grande intensidade.



Também na terça, mais três partidas. Satisfeito com vitória na abertura da série, o Trail Blazers folgou na partida 2 contra o Suns e não viu o adversário fazer anotar 30 pontos de vantagem sobre... ninguém. Agora os times vão de Phoenix para Portland, onde o Suns precisará cortar um bom dobrado para recuperar a vitória que lhe foi tirada em casa. Mas quem não viu nada mesmo, principalmente a placa da jamanta que o atropelou sem dó nem piedade, foi o Miami Heat. No jogo da série, ainda em Boston, o time de Dwyane Wade foi humilhado por um Celtics que sequer contou com seu principal jogador, Kevin Garnett, suspenso por uma partida após a confusão no último quarto da primeira partida. Mas dava para ver antes da bola subir que o pessoal do Celtics não estava lá com muito boas intenções (vejam a foto ao lado). O Heat não conseguiu marcar mais de 76 pontos nas partidas da série, que coisa... Abrindo a noite, o Atlanta Hawks controlou bem a segunda partida contra o o Bucks e vai para Milwaukee com a confortável vantagem de 2 x 0.


Na segunda-feira, dois jogos abriram as emoções da sengunda rodada dos playoffs. Assim como o favorito Lakers contra o jovem Thunders, o Cavaliers de LeBron James precisou da superforça de seu astro para desgarrar-se de um bravo Chicago Bulls. Segundo as resenhas da partida, os jogadores do Cavs caíram no velho truque de apenas assistir seu colega talentoso jogar. Pela foto aí à direita, parece que foi isso mesmo que ocorreu. Sempre que isso acontece, as coisas ficam difíceis em Cleveland. LeBron anotou 40 pontos, 8 rebotes e 8 assistências, mas quase não foi suficiente  para superar o limitado Bulls. LeBron precisa de ajuda para conquistar seu primeiro anel.


No outro jogo da noite, a série que realmente está fervendo: Utah Jazz x Denver Nuggets. Após o jogão de abertura, o Jazz consegui dar a volta por cima, mesmo com o desfalque do pivô Mehmet Okur. Num final emocionante, venceu por 114 x 111, contando com a frieza dos jovens C.J. Miles e Kyle Korver, que converteram dois lances livres cada um nos segundos finais e decisivos da partida. Vale ressaltar que o Denver fez muita coisa errada nesse minuto e meio final do último quarto. A 1’20” do fim, com dois pontos de desvantagem e posse de bola, o astro Carmelo Anthony cometeu uma desastrada falta de ataque. Mas Melo recuperou-se e conseguiu nova posse, que resultou em dois lances livres para o veterano craque Chauncey Billups, que desperdiçou um deles. Na sequência, nosso Nenê cavou uma excelente falta de ataque do Jazz quando restavam apenas 40”, mas Billups, infeliz como poucas vezes na carreira, cometeu uma infantil falta ofensiva. Para piorar, na saída de bola do Jazz, Melo cometeu sua sexta falta e deixou a partida. Nesse finalzinho, Nenê ainda cravou uma enterrada, mas os lances livres de Miles, Korver e ainda Deron Williams (uma partida monstro do armador da foto!) garantiram a importante vitória do Jazz, que volta para Utah com a série empatada.

Resultados (mando de quadra sempre do segundo time e entre parênteses o placar da série):

Chicago Bulls 102 x 112 Cleveland Cavaliers (0 x 2)
Milwaukee Bucks 86 x 96 Atlanta Hawks (0 x 2)
Miami Heat 77 x 106 Boston Celtics (0 x 2)
Utah Jazz 114 x 111 Denver Nuggets (1 x 1)
Oklahoma City Thundercats 92 x 95 Los Angeles Lakers (0 x 2)
Portland Trail Blazers 90 x 119 Phoenix Suns (1 x 1)