sábado, 12 de junho de 2010

COPA DO MUNDO 2010 ► Inglaterra e EUA se equivalem e ficam no 1 x 1

Inglaterra e EUA empataram em 1 x 1 na abertura do grupo C da Copa do Mundo. Não achei exatamente um fracasso da seleção inglesa, como alguns podem considerar, porque a seleção norte-americana é bem organizada e sempre um adversário difícil de enfrentar. Aliás, taticamente, foram duas equipes sempre bem arrumadas em campo, mesmo com suas propostas variando durante a partida.

Assim como a Argentina contra a Coreia a Nigéria, a Inglaterra logo de cara abriu o placar contra os EUA, com gol de Gerrard. Parecia que seria fácil, mas não foi, muito pelo contrário. Confirmando a evolução e maturidade de seu futebol, os EUA logo se equilibraram e passaram a dividir as ações ofensivas com os ingleses, inclusive com maior posse de bola. Até ganhar um gol de presente num verdadeiro frango do goleiro Green (não, não vou fazer nenhum trocadilho com o nome dele, seria muito fácil...) após fraco chute de Dempsey.

Sou ferrenhamente solidário aos goleiros, até porque fui um ótimo goleiro nos meus tempos de pelada (modéstia...) e sei que é uma posição que pode ser bem ingrata. Assim, sempre me abalo com situações como essa. Fabio Capello levou anos para decidir o titular do gol inglês, até apostar em Green. E logo na segunda bola, o frango. Curiosamente, cinco minutos antes, Green fizera uma defesa em um chute muito parecido desferido por Altidore. Vendo o replay do lance naquele sem número de câmeras, pensei comigo mesmo: “Puxa, ele foi com todos os fundamentos: bola rasteira, posicionado de frente para o chute, agachado corretamente, a coxa protegendo o gol de uma possível falha com as mãos... Perfeito.” Logo depois, no chute de Dempsey, muito semelhante, sem muita força, rasteiro, Green faz quase tudo igual... Só esqueceu-se de ir de frente para o chute. A coxa estava lá corretamente posicionada enquanto ele se agachava, só que dessa vez estava de lado para o chute. Quando as mãos não seguraram a bola, ela caprichosamente escorregou para dentro do gol. No replay podemos ver direitinho essa jogada. Acontece...

Bem, com o empate, os EUA optaram pelo contra-ataque no segundo-tempo. E até podiam ter vencido, se Green não fizesse uma reabilitadora defesa em nova finalização de Altidore, cara a cara. Reabilitadora e dificílima. E não, caro Paulo Vinícius Coelho, um dos comentaristas que mais admiro, não dava para colocar a bola para escanteio. Foi um chute muito próximo, muito forte e no chão, Green conseguiu no puro reflexo descer e defender com o braço, com a bola subindo e estourando no travessão. Não dava para fazer melhor.


Com a opção defensiva americana, a Inglaterra tentou, mas não conseguiu o gol da vitória. Suas melhores jogadas foram pela direita, com o apoio do lateral Johnson e as jogadas do ponta Lennon. Mas o time ressentiu-se muito da má forma de Rooney. Rooney machucou-se gravemente há poucos meses e era dúvida para o Mundial. Ele se apresentou visivelmente fora de forma, sem a habitual movimentação e até evitando alguns lances mais ríspidos. Tomara que seja só falta de ritmo, porque acho Rooney um jogador muito bom mesmo e muito inteligente. A Inglaterra precisa dele. Também achei que Capello podia ter lançado o grandalhão Peter Grouch antes. Talvez ele tivesse aproveitado bem uma das várias jogadas da dupla Lennon e Johnson (não, também não vou fazer um trocadilho aqui...).

O destaque, para mim, foi a segura atuação da zaga americana, principalmente as intervenções do barbudo zagueiro Oguchi Onyewu.

Quanto à bomba brasileira que as ações contra possíveis atentados terroristas não evitaram, a arbitragem de Carlos Eugênio Simon, achei uma bombinha (não explodiu por completo). Foi o primeiro trio de árbitros a errar na aplicação de cartões, faltas (um pênalti a favor dos ingleses) e impedimentos (um deles foi claro, também prejudicando os ingleses). Até então, só havia reparado negativamente nas arbitragens pela falta de um cartão para entradas violentas dos argentinos Tevez e Mascherano. Mas Simon superou isso.

Jogo 5 - Grupo C - 12 junho
Rustemburgo - Estádio Royal Bafokeng 



Escalações

 Inglaterra
EUA 
Reserva(s)
Técnicos
Fabio CAPELLO (ITA)
(USA) Bob BRADLEY
Oficiais
  • Árbitro: Carlos SIMON (BRA)
  • Assistente 1: Altemir HAUSMANN (BRA)
  • Assistente 2: Roberto BRAATZ (BRA)
  • Quarto árbitro: Eddy MAILLET (SEY)
  • FOF: Evarist MENKOUANDE (CMR)

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