quarta-feira, 2 de junho de 2010

MUNDO ► Ação assassina israelense põe em xeque o "dois pesos, duas medidas" da política internacional

É muito melhor distrair-se acompanhando as finais da NBA do que a podre política internacional. Mas como a decisão entre Los Angeles Lakers e Boston Celtics só começa amanhã, deu vontade de registrar coisas que andam acontecendo impossíveis de não se notar e de se ficar indiferente.

Uma delas é a violenta e assassina intervenção israelense contra o comboio político-humanitário (não vamos ser tão ingênuos...) que tentava chegar à isolada Faixa de Gaza não tem justificativa. Pode-se dizer de tudo, que era um risco que os ativistas corriam, sabiam que poderiam ser impedidos de ir adiante, que havia uma intenção política em relação a uma possível interceptação militar de Israel, que não havia ingenuidade nos barcos et cetera e tal. Mas havia novecentas e setenta e oito maneiras diferentes de fazer a abordagem ao comboio sem tirar a vida de ninguém.

Principalmente porque a intervenção ocorreu em águas internacionais, o extremismo da ação militar israelense em nada difere das assassinas ações terroristas de que é vítima. Em nada. E não é a primeira vez que Israel age assim.


Esse seria um bom momento para que as forças políticas internacionais mostrassem independência e imparcialidade em suas ações e condenações. Mas não creio que isso ocorra. Há um óbvio e mal disfarçado modelo de gestão à base do "dois pesos, duas medidas" no ventre das decisões que envolvem a ONU e seus diferentes órgãos disso e daquilo. Ou alguém acha que se fosse uma ação promovida pelo governo iraniano do controverso presidente Mahmoud Ahmadinejad a secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton pediria cautela nas investigações? Ou que o próprio Irã liderasse a investigação sobre o ataque?

Pois as declarações de Hillary Clinton são nesse sentido: cautela nas investigações e que Israel seja responsável pela investigação de sua ação assassina.

Acredite... se quiser.

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