segunda-feira, 3 de maio de 2010

NBA ► Phil Jackson cochila, time sofre além da conta, mas Kobe decide e Lakers sai na frente do Jazz

Utah Jazz 93 x 101 Los Angeles Lakers
Semifinal Conferência Oeste
(0 x 1)

Tudo parecia bem encaminhado para o Lakers. Jogando em casa após a difícil série contra o Oklahoma City Thundercats, o time enfrentava o também cansado Utah Jazz pós-Denver Nuggets, jogava muito bem e mantinha o adversário a uma segura distância no placar, que girava em torno dos oito, nove pontos de diferença.
As jogadas encaixavam, Kobe parecia novamente em grande noite, Pau Gasol e Andrew Bynum limitavam Carlos Boozer e dominavam o garrafão e o Jazz, apesar das costumeiras boas atuações do ótimo Deron Williams (foto) e do próprio Boozer, não encontrava respostas para o que acontecia em quadra.

Mas a presença do banco de reservas do Lakers em quadra no início do último quarto quase pôs tudo a perder. Com apenas Bynum dentre os titulares em ação, o banco de Los Angeles permitiu que o banco do Jazz não apenas reduzisse a diferença para apenas um ponto, como deixara tudo engatilhado para o adversário assumir a frente do placar, para desespero da torcida local, que implorava ao treinador Phil Jackson pela volta de seus titulares, em especial de Kobe e Gasol.

É que Phil gosta de deixar os jogadores se livrarem sozinhos em quadra dos buracos em que se metem, economizando tempo assim. Só que o time que estava em quadra não era capaz disso. Uma coisa é um time com Kobe, Gasol, Derek Fisher e Ron Artest recuperar-se, outra é esperar que Jordan Farmar, Shannon Brow e Luke Walton segurem a barra sozinhos.



Resultado: a quatro minutos do fim, o Jazz abria quatro pontos de vantagem e dava toda a pinta de que roubaria uma vitória na casa adversária que poderia ser decisiva na série. Até que entrou em cena “o velho truque de dar a bola para o Kobe que ele resolve”. E resolveu. Nesses últimos quatro minutos, Kobe (foto) marcou 11 pontos e até quando errou deu certo, com o rebote de um arremesso caindo à feição para Lamar Odom cravar.

Ficou a impressão de que, assim como nos playoffs das duas últimas temporadas, o Jazz ainda não encontrou respostas para segurar a primeira unidade do Lakers em Los Angeles e sua chance é explorar o irregular e nada confiável banco angelino. Talvez para o próximo jogo o time já possa contar com a volta de Andrei Kirilenko, o que melhora bastante a marcação sobre Kobe Bryant.

A série resume-se a esse desafio: o Jazz roubar uma vitória em Los Angeles, de preferência na segunda partida, para que a pressão de sua torcida faça o time manter seu mando de quadra e enfim superar o tradicional adversário. Caso o Lakers abra 2 x 0, dificilmente deixará de chegar à final da conferência.

Pelo lado do Lakers, Phil deve ficar bem esperto na utilização de seu banco, especialmente no jogo 2, para não permitir uma derrota que pode ser muito difícil de recuperar.

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