quinta-feira, 27 de maio de 2010

NBA ► Orlando Magic bate novamente o Celtics e vai confiante para o jogo 6 da final da Conferência Leste em Boston

Boston Celtics 92 x 113 Orlando Magic
Final Conferência Leste
(3 x 2)

Quem diria, após o início das finais das conferências, que acompanharíamos tantas emoções em séries que agora mostram-se bem indefinidas? Após as primeiras vitórias de Boston Celtics e Los Angeles Lakers, as torcidas, a imprensa, David Stern, as TVs... Todos já começavam (começávamos!) a pensar em novo épico confronto entre as franquias mais vencedoras e maiores rivais da NBA. Mas...

Pouco pude ver do jogo de ontem, só algumas olhadelas, mas com as bolas de 3 do Orlando Magic caindo às mil maravilhas (52% de aproveitamento, 39 pontos!), o Boston Celtics se vê de repente muito pressionado para o jogo 6 da série, que jogará em casa. De aparente presa fácil, o Magic tornou-se bastante resistente e a situação aparente para o Celtics é tipo ou vai ou racha nesse jogo 6. Ninguém imagina que, conseguindo igualar a série em Boston, o Magic (como qualquer time na mesma situação) vá perder a oportunidade de fazer História e sacramentar uma épica virada em um possível jogo 7 em Orlando.

Dizem os números (aqueles que às vezes enganam...) que a defesa do Boston fracassou solenemente, sendo batida em rebotes e permitindo ao ataque adversário aproveitar mais de 50% de arremessos e chegar a uma folgada contagem centenária . Na verdade, do pouco que vi, achei que o Magic manteve controle sobre o Celtics a partida inteira, com razoável e constante vantagem no placar o tempo inteiro. Mas nada que evitasse mais um confronto bastante físico, com muito contato e até com um lance que assustou a todos no ginásio: após recebr uma cotovelada aparentemente involuntária (não ponho minha mão no fogo...) de Dwight Howard, Glen Davis ficou completamette grogue, perdendo o controle dos movimentos a ponto de ser amparado pelo juiz Joey Crawford para que não voltasse ao chão (foto um pouco acima).

Com 21 pontos, 10 rebotes e cinco tocos, Dwight Howard foi mais uma vez o destaque do Magic, bem coadjuvado por todo o time, especialmente Jameeer Nelson (24 pts, 5 reb, 5 ast), Rashard Lewis (14 pts, 7 reb) e J.J. Redick (14 pts direto do banco de reservas). Stan Van Gundy conseguiu fazer o time jogar bem rodando bastante os jogadores, usando dez peças com relevante tempo em quadra.

O Celtics também rodou, mas sem a mesma eficiência. Rajan Rondo e Paul Pierce estiveram bem, mas Kevin Garnett novamente esteve abaixo de suas possibilidades e do que o time precisa. Ray Allen, então... Cada vez mais
shooter e menos armador (embora ontem tenha feito sete assistências), não pode acertar apenas três em 11 arremessos em uma partida decisiva. Curiosamente, o Celtics desperdiçou uma rara significativa atuação de Rasheed Wallace nos playoffs (21 pontos, acertando sete em nove arremessos).

Agora as perspectivas para o jogo 6 são inversas para os times perante a história dos playoffs da NBA. Para evitar o risco de entrar para essa história pela porta dos fundos, permitindo uma virada tão rara quanto a passagem do cometa Halley, o Celtics sabe que precisa fechar a série em 4 x 2, diante de sua torcida, em Boston. Até fisicamente, dificilmente Garnett, Pierce e Allen aguentariam um possível e decisivo jogo 7.

Já para o Magic, é a chance de ser o mocinho. Veja como são as coisas: mesmo tendo perdido a vantagem do mando de quadra com as duas derrotas em casa no início da série, o Magic agora está em um momento psicológico bem favorável. Mas não deve se iludir. A História, as estatísticas, a torcida, a força e a tradição estão com o Celtics para este jogo 6. Se há um time que jamais imaginaríamos ceder uma vantagem de 3 x 0 em toda a liga, um time no qual apostássemos todas as nossas fichas de que jamais permitiria que isso acontecesse em qualquer circunstância, esse time seria o Boston Celtics. Resta ao Magic desafiar a mesa e quebrar a banca.

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