domingo, 23 de maio de 2010

FUTEBOL ► Deco? Cléber Santana? O Fluminense não sabe investir mesmo...

O neutro site baiano Jornal da Mídia (http://www.jornaldamidia.com.br) destacou em manchete: "Juiz erra muito e Fluminense perde para o Corinthians". Pois é, falar sobre o futebol brasileiro é como falar em apostas em jogos de azar: você sabe que é ilegal, que os resultados são viciados e que, sempre que não vencer, vai ficar com a suspeita de que foi roubado. Isso porque chega a ser patético acreditar que apenas um árbitro (no caso, Edílson Pereira de Carvalho) e mais ninguém ligado ao futebol profissional estava envolvido na máfia de resultados desse esporte. Qualquer pedaço de concreto de arquibancada neste país sabe que o buraco é mais embaixo. Jornalista que acredita no contrário só posso reputar como muito ingênuo, bobo, incompetente ou suspeito.

Assim começou mais um Campeonato Brasileiro, sobre o qual eu disse a mim mesmo que não perderia tempo escrevendo. Tanta coisa mais interessante, divertida e honesta por aí... Mas continuaria, claro, torcendo pelo meu time, no caso, o Fluminense, na doce ilusão de que ao menos façam resultados ou errem - e errem com e sem aspas - a nosso favor.

Mas "erros" ou erros só costumam acontecer com frequência contra clubes de pouca força nos bastidores, apenas esporadicamente ocorrem contra clubes fortes. E sigo torcendo mesmo sabendo que o Fluminense de Roberto Horcades tornou-se um clubeco, habitualmente prejudicado por arbitragens tanto em jogos contra clubes fortes como contra outros de menor expressão.

Neste campeonato, nosso choro começou na estreia contra o simpático Ceará: um lance de falta sobre um jogador nosso não marcada deu origem a um pênalti cavado pelo atacante adversário, seguido de uma contestada expulsão do zagueiro que teria cometido o pênalti, uma posterior repetição da cobrança após a defesa de nosso goleiro por se adiantar antes da cobrança, mesmo com o cobrador tendo feito a irregular, patética e idiota presepada que chamam de paradinha, o que praticamente impossibilita fisicamente o goleiro de não se mover para a frente. Diversas variáveis, todas decididas pelo renomado infeliz árbitro - só sendo muito infeliz para tantas atuações confusas ao longo da carreira, né mesmo? - Paulo Cesar de Oliveira contra o Fluminense.

Hoje, no Pacaembu, os gaúchos Leonardo Gaciba da Silva, Marcelo Bertanha Barison e João Monteiro de Souza Júnior garantiram nossa derrota contra o Corinthians. Mesmo o narrador e o comentarista do Premiere SporTV desde o início da partida apontavam os seguidos "erros" (as aspas são minhas, tenho o direito de duvidar de tudo que vejo em nosso futebol...) da arbitragem, sempre contra o Fluminense: uma falta que não houve que resultou no gol da vitória corintiana, um impedimento mal marcado aqui, um impedimento estupidamente assinalado ali (coisa difícil de perceber, "apenas" mais de dois metros e meio de condição de jogo para o atacante) ali, falta inexistente pra lá, falta não marcada pra cá... Vira o lado: que coisa, parece até que o bandeirinha também virou! mas , não, era outro, cometendo dois outros erros terríveis em lances de gol! São muitos lances em que, com boa vontade, podemos conceder o benefício da dúvida, mas sempre decididos a favor do mesmo lado. Quanta coincidência, é muito azar, caramba! Esse time precisa se benzer! (Sentiram o sarcasmo?)

E o pior é que um lance cavado dentro da área no final da partida por um atacante do Corinthians (o que está ficando conhecido, felizmente, por "pênalti à brasileira") ainda vai dar margem a jornalistas bobos, ingênuos ou comprometidos de dizer: "Errou para os dois lados." Oh, sim, claro, gerou uma vantagem de um gol para o adversário, impediu um possível empate em mais de uma ocasião e um suposto erro no fim iguala tudo... Santa falta de perspectiva, diria o Menino Prodígio.

Obviamente, não é só nos jogos do meu Fluminense que isso acontece. São erros tão descarados que nos dá o direito de suspeitar de que a máfia de resultados segue a todo vapor, com ou sem Edílson Pereira de Carvalho. O próprio Ceará, beneficiado contra o Flu, foi vítima de uma suspeita arbitragem do mineiro Ricardo Marques Ribeiro. Como não suspeitar de um juiz que num domingo assassina as possibilidades do Ipatinga de ser campeão mineiro em um jogo contra o Corinthians, não assinalando, entre outras situações, lances claros de pênalti contra o Cruzeiro e no outro erra duas vezes marcando pênaltis inexistentes cavados pelo "Neymarscaicairado", Rei do Cai Cai de nosso futebol, no jogo do Ceará contra o Santos na Vila Belmiro? Pelo menos aqui vemos um padrão de comportamento: o infeliz árbitro dá o azar de errar seguidamente contra os clubes ditos de menor expressão, favorecendo os grandes... Sorte deu o Ceará que ainda conseguiu sair com um pontinho do litoral paulista.

E vários outros jogos deste campeonato ainda no início já foram definidos pela arbitragem. Um campeonato, portanto, viciado desde o ventre. Por essas e outras que, nos tempos em que o Fluminense jogava nas Laranjeiras e o árbitro entrava em campo bem pertinho de onde eu ficava (na verdade, em estádio pequeno árbitros e jogadores estão sempre pertinho de onde você está), eu pedia: "Meu Deus do Futebol (para não confundir com o de verdade, que tem coisas muito mais sérias com que se preocupar, esse negócio de misturar futebol e religião é papo para um posto um dia desses), faça com que esse ladrão roube para o meu time, senão ele vai roubar para o outro!"

Vejam só: e o Fluminense alardeando por aí que está negociando com Deco, Cléber Santana... Melhor seria investir nos bastidores, para que pelo menos garanta vencer, empatar  ou perder por seus próprios méritos ou deméritos. E não nos deixar ficar sempre com a pulga atrás da orelha depois de jogos como o de hoje, porque para nós, torcedores, é humilhante ver que nosso clube não tem moral alguma e que, na dúvida (ou mesmo sem dúvida alguma!), a bola é sempre do adversário.

O dia em que alguém se der ao trabalho ou tiver o interesse de levantar comparativamente as atuações e decisões desses árbitros nacionais jogo a jogo... Sei não, acho que não fica pedra sobre pedra na já combalida credibilidade do futebol brasileiro.

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