sábado, 10 de julho de 2010

MÚSICA ► Da minha série “Não dá para ficar melhor que isso”: Paul Simon e Art Garfunkel no Central ParkPaul Simon e Art Garfunkel no Central Park

No meu panteão musical há espaço para tudo, encabeçado por dezenas de interpretações de Elvis Presley. A única exigência é que, lógico, seja do meu gosto. Mas assim como deve ser impossível escolher um filho predileto dentre vários, não consigo imaginar a possibilidade de definir "o mais isso" ou o "o mais aquilo", não só em relação à música como em relação a tudo que se refira à arte - e as outras coisas também, como a maior vitoria ou maior gol do seu clube de futebol. Arte é expressão de sentimento, logo, sua interpretação é subjetiva, totalmente pessoal e intransferível. Cada um sente de forma particular e ninguém tem como dizer o que o outro deve sentir como "bom" ou "ruim".

Assim, o meu pódio musical é recheado de momentos de diferentes vertentes. Um desses momentos imbatíveis, que não imagino como (eu) achar nada que supere, é o concerto no Central Park, em Nova York, realizado por Paul Simon e Art Garfunkel em 19 de setembro de 1981. Eles podem ter muita companhia ao lado, mas acima, não creio. Se houver, muito poucos.


A dupla já estava separada há mais de 10 anos quando realizou o show. Não brigaram, apenas seguiram caminhos diferentes na música. Mas para quem vê essa apresentação não fica a impressão de que eles estavam há uma década sem cantar juntos. O evento reuniu apenas 500 mil pessoas e me lembrei dele ao arrumar meus DVDs neste fim de semana. Ou melhor: não me lembrei, reencontrei.


Contextualizando, vi esse show pela primeira vez numa exibição na Bandeirantes, creio que ainda no mesmo ano. Naquele tempo, acredite quem não é da época, havia vida sem computadores e internet. As coisas não eram tão fáceis como hoje, tão de mão beijada. Porém, com certeza, eram mais românticas, mais valorizadas. Meu amigo Fernando Zimmer e eu queríamos gravar o show, só que também não havia videocassetes. Ou até já havia, sei lá, mas nós não tínhamos. O jeito foi fechar a porta do quarto, pegar o velho (já na época) gravador de fita cassete e colocar perto da saída de som da TV. E ficar colado na porta para não deixar ninguém entrar e estragar a gravação... Foram bons tempos, acredite. Ou, como diria Kevin Arnold, foram anos incríveis.


Hoje é mole. É só acessar o YouTube e... pronto! Assim pude sonorizar o post com três grandes momentos daquela noite mágica: o medley "Kodachrome"/"Maybellene", "The Boxer" e "The Sound of Silence". Momentos nota 10 da minha história, da minha memória.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi David!
Que lindo este post, amei!
E que luxo escutar música boa em uma tarde de domingo!
Concordo com você que toda essa tecnologia facilita muito as nossas vidas, mas por outro lado tenho saudade do mundo antes da chegada de toda essa parafernália digital.
Hoje fazendo os trabalhos escolares com as crianças, entro no google e faço uma boa pesquisa sem muito esforço. Na minha época lembro que as nossas pesquisas eram feitas em enciclopédias, livros e depois era a hora de passar tudo para o papel almaço, fazer margem com caneta vermelha e tudo escrito à mão,lembra rs?
Saudades amigo!
beijos
Beta
ps: ah! prefiro o blogger!
mas tenho amigos que também estão com muitos problemas e estão migrando...

David Telio Duarte disse...

Oi, Beta! Obrigado pelo feedback!

Eu vivo falando aqui e parecendo um velho: "No meu tempo, tinha que ir à biblioteca..."...rsrsrs. Era um tal de Barsa pra cá, Conhecer pra lá... Papel almaço, caramba, era uma tragédia para mim, não sabia escrever com uma letra boa naquela folha toda. Tanto que fiquei muito feliz quando comecei a usar a tecnologia da máquina de escrever!