quarta-feira, 28 de abril de 2010

NBA ► Lakers surra meninos do Thundercats e retoma vantagem na série

Okaloma City Thundercats 87 x 111 Los Angeles Lakers (2 x 3)


“Eles chutaram nossos traseiros desde o início.” As palavras do astro emergente Kevin Durant resume o que foi o jogo: uma surra dos campeões Lakers no time sensação Oklahoma City Thundercats. Faltando 8 minutos para o fim do primeiro quarto, o Lakers vencia por 10 x 0. O Thunder errou seus primeiros 13 arremessos! Os homens grandes do amarelinho de Los Angeles brincaram dentro do garrafão adversário: 25 pontos e 11 rebotes para Pau Gasol e 21 pontos e outros 11 rebotes para Andrew Bynum. Taticamente, foi dado destaque à mudança na marcação, com Phil Jackson colocando Kobe em cima do bom Russell Westbrook (foto mais abaixo), que vinha provocando estragos na defesa californiana. Enfim, contra a parede, mais uma vez o Lakers respondeu bem.


Mas espera aí: não era assim que o campeão devia estar jogando desde o início da série, já que o Thunder não tem pivôs que possam segurar o adversário? É, mas o time do Lakers às vezes sofre de preguiça mental e, ao menor sinal de dificuldade lá embaixo da cesta, esquece seu plano de jogo e joga as bolas todas nas machucadas mãos de Kobe Bryant e em perdidos tiros da linha de 3. E nem Kobe “está podendo” nem os tiros de 3 de ninguém estão caindo – aliás, como não caíram durante a temporada inteira.

O jogo foi precedido de uma série de questionamentos sobre as pífias atuações do campeão em Oklahoma, especialmente de Kobe Bryant. O quê? Como? Por quê? Uma resposta é aquela falta de determinação para insistir no plano de jogo traçado quando as coisas não acontecem como o esperado. Outra é que Kobe, realmente, dá sinais de muito desgaste físico. E não apenas pela idade, mas pelas más condições que tem enfrentado nas duas últimas temporadas. Dizem que agora seu dedo fraturado está até melhor, mas uma artrite no local piorou a situação. Fora uma nova contusão no joelho que poderia até tirá-lo da partida, não fosse quem ele é. O fato é que Kobe está pagando pelo esforço absurdo que fez nos três últimos anos e não é mais um garoto: já são 31 anos e mais jogos de playoffs que até Michael Jordan. O corpo sofre.



Para o Thundercats, muito trabalho motivacional para o Treinador do Ano. Scott Brooks (na foto, recebendo "conselhos do fanático torcedor do Lakers Jack Nicholson) precisa juntar os cacos e não deixar o time se abater. A situação ficou muito difícil e o natural é que o Lakers encerre a série na sexta-feira mesmo, em plena quadra adversária. Mas o Thunders tem que colocar na cabeça que está no lucro. Deve tentar impor seu basquete veloz e envolvente desde o início e, com o apoio de sua ensandecida torcida, levar a série para o jogo 7. E aí nada mais terá a perder. A pressão recairá toda sobre os atuais campeões.

NBA ► Esqueceram de avisar ao Spurs que tinha jogo: deu Mavs fácil, fácil

San Antonio Spurs 81 x 103 Dallas Mavericks (3 x 2)


Todo mundo aguardava com justa expectativa o jogo 5 da série entre San Antonio Spurs e Dallas Mavericks, com certeza a mais nivelada por cima da primeira rodada dos playoffs. Afinal, o Spurs conseguira a façanha de vencer o forte adversário três vezes seguidas e temia-se que o abatimento tomasse conta do time do falastrão Mark Cuban e os visitantes acabassem com tudo ali mesmo em Dallas. Mas não foi o que aconteceu.


O Spurs jogo pouco. E quando digo pouco, falo até em relação ao tempo em quadra de seu trio de estrelas, Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker, que jogaram apenas durante 24, 18 e 25 minutos, respectivamente. Sabem aquele ar sonso e desligado de Tim Duncan? Pois é, dessa vez não foi apenas “ar”, não, e parece ter contaminado o time todo. Deem uma olhada no ar de "o que que está acontecendo aqui?" de Ginobili na foto. Aparentemente, o não tão jovem e nem tão descansado Spurs resolveu guardar forças para jogar tudo no jogo 6, em San Antonio, e fechar a série em casa.

Focado e decidido, o Mavericks, com uma boa atuação coletiva e bem-vindos 35 pontos de Caron Butler, teve alguns problemas no primeiro tempo, mas acabou com o jogo muito antes do fim do terceiro quarto.

Resta saber se o San Antonio Spurs tem algum plano B para o caso de não vencer o jogo 6 e precisar decidir a vaga na semifinal da conferência no jogo 7, em Dallas.

NBA ► Com LeBron sentindo, Cavs sofre mais do que devia, mas despacha Bulls

Chicago Bulls 94 x 96 Cleveland Cavaliers (1 x 4)


Sabem aquela história tipo “de onde menos se espera é que surpresas acontecem”? Pois é. Numa terça-feira que prometia dois jogos equilibrados e duas barbadas, uma das barbadas é que foi o jogão.

O Chicago Bulls lutou desesperadamente e conseguiu reagir na partida e chegar junto do Cavaliers mesmo em Cleveland. Para isso contou com a infelicidade de LeBron James, que voltou a sentir muitas dores no cotovelo direito (o que o afastara de alguns jogos no final da temporada regular), a ponto de arremessar um lance livre com a mão esquerda a 7 segundos do fim... e errar.


LeBron ainda fez bons números, quase um novo triplo duplo, mas foram apenas 19 pontos. E esse é o maior problema do Cavs: 19 pontos de LeBron é pouco para o Cavs em uma partida pegada e mesmo o desesperado Bulls foi capaz de fazer frente à equipe de melhor campanha na NBA. Tivesse o Bulls um aproveitamento minimamente aceitável nos chutes de 3 (acertou apenas duas de 10 tentativas) e o resultado poderia ter sido outro. Antawn Jamison ajudou com seus 25 pontos. Delonte West deu uma força com 16. Mas quem precisa aparecer é Mo Williams, muito mal nesse último jogo da série, acertando apenas de dois de 13 arremessos de quadra. Nessa ainda deu, para alegria de nosso Anderson Varejão e Shaquille O'Neal (foto).

Se LeBron não estiver em plenas condições, Mo precisará fazer muito mais contra o Celtics. Ele pode e é o grande trunfo da equipe. Caso contrário o Cavalierss terá muitos problemas contra o veterano, mas decidido time de Kevin Garnett, Paul Pierce e Ray Allen.

NBA ► Sozinho não deu para Wade: Celtics domina e fecha o caixão do Heat

Miami Heat 86 x 96 Boston Celtics (1 x 4)


Para não dizer que jogou sozinho, Dwyane Wade (31 pontos, 10 assistências e oito rebotes) teve a colaboração dos 20 pontos do armador reserva Mario Chalmers. E esse foi o drama vivido por Wade ao longo de toda a temporada: suas ajudas são sempre sazonais, sem qualquer regularidade ou confiabilidade. Um dia aparece um, depois é outro, mas sempre apresentações esporádicas. Normalmente, não aparece ninguém mesmo. Só o talento de Wade explica o Miami Heat ter chegado tão longe.


O Boston Celtics é que não tem nada a ver com isso. Jogou firme, venceu o jogo 5 e cravou seus olhos direto em Lebron e os Cavs. Com seu trio de veteranos saudável (Kevin Garnett, Paul Pierce e Ray Allen) e Rajon Rondo bem, o Celtics parece ter encontrado sua melhor forma justo nos playoffs. Melhor momento, impossível. 


Quanto a Miami Heat, é óbvia a frustração de Dwyane Wade (na foto, recebendo o abraço de Paul Pierce). Free agent na próxima temporada, o supercraque bem pode esfriar o basquete em Miami e levar seu jogo de campeão para outra franquia.

Agora os campeões da temporada retrasada vão com tudo contra o Cavaliers, em uma série já marcada por grande rivalidade e que promete muitas emoções.

terça-feira, 27 de abril de 2010

NBA ► Suns segurando a onda em casa e faz 3 x 2 contra o valente Trail Blazers

Portland Trail Blazers 88 x 107 Phoenix Suns (2 x 3)


De volta a Phoenix para o jogo 5 da série, o Suns fez valer seu mando de quadra e dominou o Portland Trail Blazers, obtendo uma tranquila vitória.

O mais curioso na partida foi o Trail Blazers ter mandado nada menos que 12 jogadores para a quadra. Não é nada, não é nada, mas para quem há algum tempo mal tinha cinco em boas condições de jogo já é alguma coisa.

O que preocupa em Phoenix é a discrição de suas principais estrelas. Nem Steve Nash nem Amare Stoudemire têm brilhado nos playoffs como podem. Não que estejam jogando mal propriamente dito, mas estão rendendo bem abaixo de seu potencial. O que pode ser até bom sinal, pois o time está em vantagem apesar disso. 

O Suns, porém, está mais do que nunca dependente de uma terceira via, que por sorte tem encontrado em Jason Richardson, que faz uma grande pós-temporada. Ontem o time contou com a atemporal colaboração de dois reservas, o pivô Channing Frye (enterrando aí na foto) e o ala Jared Dudley, que contribuíram com importantes 20 e 19 pontos, respectivamente,
Agora os times voltam para Portland, onde não acredito que o Trail Blazers deixem de empatar a série e levar a definição apenas para o jogo 7 no calor do Arizona.