sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CINEMA ► 2012 - Uma maldição cinematográfica dos maias

Depois da trágica experiência assistindo à megaprodução "2012" (clique para ler), resolvi arriscar-me mais uma vez com a relação cinema-profecia maia. Não entendia como uma história tão interessante pudesse ser transformada em um filme tão ruim. E lá fui eu, cheio de coragem, assistir a "2012: O Ano da Profecia".

Ao contrário da dispendiosa produção de Roland Emmerich, tudo muito econômico. Em vez de atores renomados, elenco desconhecido, capitaneado pelo televisivo Cliff De Young. O diretor Nick Everhart é mais conhecido por... Bem, na verdade não é lá nada conhecido. Mas, enfim, numa expectativa reversa, poderia ser um surpreendente filme menor, de grande qualidade. Ou de boa qualidade. De alguma qualidade, vá lá. Mas, na verdade, é difícil achar qualquer qualidade nessa outra bomba.

Falta de dinheiro não justifica argumento inconsistente, roteiro fraco, direção sem ritmo e efeitos paupérrimos... Até a neve parece falsa. Não que não pudesse ser falsa. nada mais comum em cinema. Mas em pleno século 21 não é aceitável que não se apresente na telona neve com cara de neve.

E é aí que começo a desconfiar que a tal maldição maia seja essa: nos fazer até 2012 sofrer com uma enxurrada de filmes capazes de desesperar o ser humano que vá ao cinema apenas para assistir a um bom filme, e não para namorar, comer pipoca, beber refrigerante, farrear com a turma etc. Uma verdadeira provação.

Mas, pensando bem, há uma qualidade relevante nesse filme, sim. Vale a ressalva: é só uma hora e meia de sofrimento. Muito melhor que aquelas torturantes pouco mais de duas horas e meia de "2012".

Resumindo:

"2012" - Horrível, mas com efeitos espetaculares.
"2012: O Ano da Profecia" - Horrível, mas de curta duração.

Então, se juntássemos os efeitos de um com a metragem de outro, poderíamos ter um filme apenas ruim, o que, mesmo em grandes doses, talvez não fosse fatal para a raça humana.

Um comentário:

Unknown disse...

Eu também achei horrível o filme. Só se salvam os efeitos especiais.