domingo, 2 de maio de 2010

FÓRMULA INDY ► Neozelandês Scott Dixon vence primeira prova em circuito oval da temporada

Na quinta prova da temporada de Fórmula Indy, a primeira em circuito oval, disputada em Kansas, o neozelandês Scott Dixon (foto) venceu praticamente de ponta a ponta. Tony Kanaan subiu no pódio com seu terceiro lugar e Hélio Castroneves chegou logo atrás, em quarto.

Apesar do desempenho de Dixon, sua vitória chegou a estar ameaçada devido a uma bandeira amarela (a primeira de apenas duas ao longo das 300 milhas do percurso) que resultou em uma bandeira verde a 15 voltas do fim, mas um acidente japonês (Hideki Mutoh, carro 06 x Takuma Sato, carro 5, na foto) logo na relargada lhe garantiu a folga necessária para vencer, já que a corrida foi reiniciada faltando apenas seis voltas e com alguns retardatários “blindando” o líder em relação aos seus mais próximos perseguidores.

Pude ver apenas essas 25 voltas finais e me chamou a atenção a beleza do circuito. Normalmente um circuito oval não preza pela beleza ou charme, mas o de Kanzas foi construído em meio a uma bonita e ampla área verde.

Abaixo, a classificação da corrida (em negrito, os pilotos brasileiros):

1) Scott Dixon (NZL/Chip Ganassi) - 1h50min43s1410
2) Dario Franchitti (ESC/Chip Ganassi) - a 3s0528
3)
Tony Kanaan (BRA/Andretti) - a 3s2210
4)
Hélio Castroneves (BRA/Penske) - a 3s8300
5) Ryan Hunter-Reay (EUA/Andretti) - a 6s1133
6) Ryan Briscoe (AUS/Penske) - a 6s7951
7)
Mario Moraes (BRA/KV) - a 1 volta
8) Alex Tagliani (CAN/Fazzt) - a 1 volta
9) John Andretti (EUA/Petty-Andretti) - a 1 volta
10)
Vitor Meira (BRA/AJ Foyt) - a 1 volta
11) Danica Patrick (EUA/Andretti) - a 2 voltas
12) Will Power (AUS/Penske) - a 2 voltas
13) Marco Andretti (EUA/Andretti) - a 2 voltas
14) Mike Conway (ING/Dreyer-Reinbold) - a 2 voltas
15) Dan Wheldon (ING/Panther) - a 2 voltas
16)
Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon) - a 2 voltas
17) Sarah Fisher (EUA/Sarah Fisher) - a 2 voltas
18) Justin Wilson (ING/Dreyer-Reinbold) - a 3 voltas
19) Alex Lloyd (ING/Dale Coyne) - a 3 voltas
20) Bertrand Baguette (BEL/Conquest) - a 3 voltas
21) Simona de Silvestro (SUI/HVM) - a 3 voltas
22)
Mario Romancini (BRA/Conquest) - a 4 voltas23) Hideki Mutoh (JAP/Newman-Haas)
24) Takuma Sato (JAP/KV)
25) Jay Howard (ING/Sarah Fisher)
26) Milka Duno (VEN/Dale Coyne)
27) E.J. Visto (VEN/KV)

Link para a classificação completa do campeonato na página oficial da Fórmula Indy:
http://www.indycar.com/schedule/standings/.
 
Além da pontuação pela ordem de chegada ao encerramento de uma corrida, cada piloto da Fórmula Indy que liderar o maior número de voltas em cada prova receberá um bônus de 2 pontos, somados à pontuação normal. Além disso, há um ponto extra para quem conquistar a pole-position. Com isso, é possível que um piloto some 53 pontos em uma corrida.  (Fonte: http://www.band.com.br/esporte/formula-indy/classificacao.asp)

NBA ► Com grande segundo tempo, Cavaliers faz valer mando de quadra e sai na frente do Celtics

Boston Celtics 93 x 101 Cleveland Cavaliers
Semifinal Conferência Leste
(0 x 1)

Com uma grande atuação no segundo tempo, quando superou o adversário por 58 x 39, o Cleveland Cavaliers fez valer seu mando de quadra e venceu o primeiro jogo da série de playoff válida por uma das semifinais da Conferência Leste contra o Boston Celtics. LeBron James teve uma grande atuação (35 pontos, 7 rebotes e 7 assistências), mas foram dois outros fatores que levaram o time da casa à vitória.

Se o Celtics encontrou resposta para LeBron em Rajon Rondo (foto), um armador que melhora a cada temporada, com seus 27 pontos, 12 assistências e 6 rebotes, não houve como superar a anunciada deficiência de seu banco de reservas em relação ao adversário. Enquanto os suplentes do Cavs anotaram 26 pontos, os do Celtics não passaram de 12.

O Celtics, que terminou o primeiro tempo com boa vantagem de 11 pontos, ainda sofreu com decepcionantes atuações de jogadores que, se produzissem dentro de seus padrões normais, possivelmente teriam permitido ao time conseguir a vitória na quadra adversária. Especialmente Paul Pierce foi muito mal, acertando menos de 10% de seus chutes e marcando apenas 13 pontos.
 Os dois pontos que Rasheed Wallace trouxe do banco também foram de gato jogar terra em cima.
Por outro lado, Mo Williams fez o necessário para ajudar LeBron a carregar o Cavs, com seus 20 pontos e seis assistências. Do meu ponto de vista, este jogador é fundamental para as pretensões de título do Cleveland Cavaliers. Jogando bem, desafoga o astro do time e ajuda a abrir a defesa adversária. 


Mas seria bom para o Cavs que Shaquille O’Neal produzisse melhor nas próximas partidas: o gigante quatro vezes campeão da NBA pendurou-se em faltas e teve aproveitamento de apenas 30% de seus arremessos de quadra, um número totalmente fora da curva, mesmo na atual fase de sua carreira. Antawn Jamison também precisa pontuar mais: sete pontos, como ontem, podem não ser suficientes para ajudar sua equipe a vencer a série, mesmo com seus bons nove rebotes, como o da foto.

Segunda-feira, ainda em Cleveland, o segundo jogo da série. Tenho para mim que este será um duelo decisivo. Apesar do equilíbrio, não acredito que o Cavaliers perca a série se abrir 2 x 0. Do mesmo modo que não imagino o Celtics deixando de fazer valer seu mando de quadra caso consiga roubar uma vitória na casa do adversário.



Um pouco mais de ajuda para LeBron James (foto) e Mo Williams pode ser decisivo a favor do Cleveland Cavaliers, principalmente de Jamison. Já o Boston Celtics precisará de uma produção ao menos decente de Paul Pierce, Rasheed Wallace e de seu banco de reservas para ter chance de sucesso.

sábado, 1 de maio de 2010

NBA ► Força auxiliar garante vitória do Jazz sobre o Nuggets e pega Lakers em uma das semifinais da Conferência Oeste

Denver Nuggets 104 x 112 Utah Jazz (2 x 4)

Toda a série foi assim: Deron Williams e Carlos Boozer praticando um estupendo basquetebol e carregando o Utah Jazz em uma dramática batalha contra o Denver Nuggets de Carmelo Anthony. Mas ontem houve um enfraquecimento na Força lá pelas bandas de Salt Lake City.

Boozer fazia a sua parte, com a incrível marca de 22 pontos e 20 rebotes. Mas Deron Williams não esteve brilhante como de hábito e isso poderia ter sido fatal para as pretensões do Jazz. O melhor armador da NBA anotou apenas 14 pontos e 10 assistências e além de uma atuação abaixo de seu padrão, ainda acabou o jogo sentindo dores na mão direita. Era preciso mais.

E esse mais veio de Wesley Matthews e Paul Millsap. Apesar de acertar apenas 30% de seus arremessos de quadra, o calouro armador Matthews esteve muito bem nos lances livres e garantiu 23 pontos para sua equipe. Já o ala Paul Millsap anotou 21 pontos, além de contribuir com 11 rebotes. Foi o suficiente para o Jazz vencer uma partida muito disputada até quase o final e derrotar um Denver Nuggets desfalcado de nosso pivô Nenê e com um Carmelo Anthony valente, mas pouco inspirado.


Devemos levar em consideração que “pouco inspirado” para um craque da NBA não quer dizer necessariamente ruim. Melo anotou 20 pontos e 12 rebotes, além de cinco assistências. Só que foi pouco. Chauncey Billups (na foto marcado por Deron Williams), irregular ao longo da série, fez um grande jogo, com 30 pontos e oito assistências, e Joey Graham saiu do banco para marcar bem-vindos 20 pontos.

Mas o Nuggets fracassou dentro do garrafão: Boozer, sozinho, acabou com Kenyon Martin e Chris Andersen, que, juntos, somaram ridículos 10 pontos e cinco (C-I-N-C-O!) rebotes. Aí ficou difícil. Assim o Jazz venceu e evitou um terrível jogo 7 na Pepsi Center Arena, em Denver.



E Jerry Sloan mais uma vez leva o Jazz longe. Incrível a capacidade desse treinador de reformular a equipe e mantê-la competitiva. Quando o trio John Stockton, Karl Malone e Jeff Hornacek deixou o Jazz, muitos preconizaram tempos difíceis para que o time voltasse a ser competitivo. A lógica indicava isso. Mas a lógica não contava com o talento e a capacidade de Sloan, que reinventou o time e "clonou" Stockton e Malone nas figuras de Williams e Boozer (foto).

Agora o Utah Jazz, pela terceira vez consecutiva, vai encarar o Los Angeles na sequência dos playoffs. Cansados, os times começam a nova batalha já neste domingo. Difícil entender os critérios da NBA. San Antonio Spurs e Phoenix Suns terminaram a primeira rodada dos playoffs antes e só começam sua semifinal depois, na segunda-feira. Que coisa...

NBA ► O que é um pontinho solitário amarelo pipocando num mar azul? Um solitário torcedor do Lakers comemorando o final da série contra o Thunder no abarrotado ginásio adversário

Los Angeles Lakers 95 x 94 Oklahoma City Thundercats (4 x 2)
 
Em um duelo emocionante, o Los Angeles Lakers derrotou o Oklahoma City Thundercats em um ginásio lotado por uma torcida ensandecida com uma cesta de Pau Gasol quando restava apenas meio segundo para zerar o cronômetro.

A torcida de Oklahoma realmente impressionou. O som ambiente superava fácil os 110 decibéis. E o impressionante é que, ao contrário do que ocorre em praticamente todos os ginásios da NBA, pouco se conseguia avistar uma camisa do Los Angeles Lakers entre o público. 



Mas o time do Lakers foi muito focado para a partida e tentou ao máximo controlar as ações para que o Thunder não explodisse em velocidade.  Kobe Bryant novamente se encarregou de limitar Russell Westbrook e Ron Artest, mesmo com o ombro contundido, fez uma soberba marcação sobre Kevin Durant (foto), que, apesar dos 26 pontos, acertou apenas cinco de 23 arremessos de quadra, errando 17 de suas 20 primeiras tentativas.

Na verdade, apesar de toda a empolgação, atleticismo e talento do Thunder, talvez o jogo só tenha sido dramático até o fim devido ao desequilibrado número de faltas concedidas pela arbitragem. Novamente o Thundercats teve mais que o dobro de lances livres a seu favor. Kevin Durant, sozinho, arremessou mais que todo o time do Lakers: 15 x 14! Para efeito de comparação, Kobe Bryant, sobre quem a marcação normalmente dobrava e muitas vezes até triplicava na hora do chute, teve apenas quatro faltas assinaladas a seu favor. Em contrapartida, ainda no terceiro quarto, período em que dominava o jogo e assinalara 16 pontos, o astro de Los Angeles já estava pendurado com quatro faltas.

Com Kobe e Derek Fisher pendurados, o Lakers voltou para último quarto com apenas Bynum dentre os titulares em quadra, tentando segurar alguma vantagem o máximo possível até ser necessário voltar com seus principais jogadores. O plano funcionou e o time conseguiu manter entre os cinco e sete pontos de vantagem. Tudo ia bem para os amarelinhos, até faltar 5 minutos para o fim, quando o Thundercats finalmente escapou do ritmo imposto pelo adversário e velozmente (literalmente) transformou um placar desfavorável de 84 x 91 em um 94 x 91 a seu favor a 2min30seg do fim, quase colocando o ginásio a baixo. Mas aquela cesta de Kevin Durant seria a última do jovem time na temporada.



Kobe reduziu para um ponto a diferença com um daqueles jumpers supermarcados faltando 2min11seg.  Os times desperdiçaram as posses de bola seguintes, com destaque para um incrível toco de Lamar Odom sobre Nick Collison, que subia embaixo da cesta, até que Westbrook errou um arremesso e Kobe pegou o rebote a 17 segundos do fim. 

Phil Jackson ainda tinha direito a um pedido de tempo, mas não era necessário. A bola estava dominada nas mãos de Kobe, que fazia uma grande partida e naquele momento recebia a marcação direta de Westbrook, em vez de Durant, que, mais alto e de maior envergadura, se saía muito bem marcando Kobe.

Era um script conhecido. O time do Lakers levou o Thunder para a esquerda do ataque e isolou o lado direito para Kobe e Westbrook. Fala sério: Kobe já fizera aquilo dezenas de vezes. O astro segurou a bola, contou o temo e, no momento certo, partiu para a lateral do garrafão para fazer a cesta vitória ao zerar do cronometro. Simples assim – ou quase. 



Mesmo com o ótimo campo de visão e sendo um dos arremessos menos marcados que fez na partida, a bola de Kobe não entrou, deu aro e, caprichosamente, caiu nas mãos de Pau Gasol (foto), que colocou bola na cesta a apenas meio segundo do fim. Mas espera aí: Pau quem?

Apesar de pegar nada menos que 19 rebotes, Pau Gasol desaparecera do ataque do Lakers no segundo tempo, não havia feito um pontinho sequer. Omisso, refugou em momentos que poderiam ter sido decisivos quando Kobe ainda estava fora e errou pouco antes um gancho até fácil de converter. Enfim, Gasol estava sendo amaldiçoado por torcedores do Lakers de todos os cantos do mundo em diversas línguas – talvez até em espanhol. Até a sorte cair em suas mãos, diga-se de passagem, ajudada por excelente movimentação no momento em que Kobe saiu para o chute.

Como li em algum lugar (acho que no site da ESPN), parece que nem os jogadores do Thundercats acreditavam que Kobe erraria aquela bola e por isso acabaram dando mole no rebote. Uma lição para não esquecer. Westbrook ainda tentou um desesperado arremesso de três. Deu aro. Venceu quem jogou melhor. O Lakers acertou quase 47% de seus arremessos, contra menos de 37% de aproveitamento do adversário.

Ficam de consolo para o Thundercats as palavras de Kobe ao final da partida, de que esse é um time que veio para ficar e que vai dar o que falar por muito tempo na NBA.

NBA ► Milwaukee Bucks sente a pressão e Hawks leva série para jogo 7 em Atlanta

Atlanta Hawks 83 x 69 Milwaukee Bucks (3 x 3)

O jovem time do Bucks sentiu a pressão de uma partida decisiva de playoffs e, mesmo jogando em casa, jogou muito mal, foi derrotado pelo Hawks e agora terá a dura missão de decidir a série contra o revigorado adversário em Atlanta. 

Não que o Hawks tenha jogado um grande basquete. Ambos os times tiveram aproveitamento inferior a 40%. Mas bastou aos visitantes um ótimo terceiro quarto, quando abriu quase vinte pontos, para decidir a partida.



John Salmons e Brandon Jennings foram muito mal e resta à torcida de Milwaukee torcer para que, novamente na posição de zebra, os dois reencontrem no jogo dexisivo o basquete que levou o time a três vitórias consecutivas na série.

O Bucks foi tão mal que talvez seu melhor momento tenha sido Jerry Stackhouse
(foto) cantando o hino nacional. Sério: 32,9% de aproveitamento de arremessos de quadra, apenas 11 pontos no terceiro quarto, seis cestas convertidas em 28 tentadas por Salmons e Jennings... Não dava.


Quanto ao Hawks, é só alívio. Com péssimo aproveitamento em partidas de playoffs fora de casa, a vitória pode dar ao time o equilíbrio necessário para fechar a série em casa neste domingo.