domingo, 13 de junho de 2010

FÓRMULA 1 ► Pneus e acidentes garantem emoção no GP do Canadá

A surpreendentemente abrasiva pista do circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, e o arrojo dos pilotos garantiu emoção durante as 70 voltas do Grande Prêmio do Canadá de Fórmula 1. Desde as primeiras voltas os pilotos andaram se encontrando roda a roda e muitas paradas nos boxes foram feitas durante a corrida.

Para os brasileiros, uma corrida para esquecer. Felipe massa, pode-se dizer, bateu do início ao fim. Logo na largada, sua Ferrari e a Force Índia de Vitantonio Liuzzi, o que de cara o levou aos boxes, praticamente tirando suas chances de obter uma boa colocação. Para coroar a complicada prova de Massa, no finalzinho o encontrão foi com a Renault do amigo Michael Schumacher, que não foi tão amigo assim e não tirou o dele (o carro) da reta e levou o brasileiro mais uma vez aos boxes. Massa tanto andou pelos boxes que acabou exagerando na velocidade ali e foi punido em 20 segundos, o que nada alterou em sua má colocação final.

Parece que a Williams estreou um ainda não aperfeiçoado sistema de ignição. Não deve ter funcionado lá muito bem, porque tanto Rubinho Barrichello quanto seu companheiro, o alemão Nico Hulkenberg, largaram mal. Rubinho, bem mal. E logo começou também a passear pelos boxes. Já Lucas di Grassi e Bruno Senna seguem sofrendo em suas temporadas de estreia na F-1.

Brigando contra adversários, pista e pneus, venceu Lewis Hamilton, fazendo nova dobradinha com o atual campeão Jenson Button. Fernando Alonso completou o pódio, seguido pelas RBR de Sebastian Vettel e Mark Webber.

Colocação final do GP do Canadá:

1. Lewis Hamilton (ING/McLaren), 1h33m53s456
2. Jenson Button (ING/McLaren), a 2s2
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 9s2
4. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) a 37s8
5. Mark Webber (AUS/Red Bull), a 39s2
6. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 56s
7. Robert Kubica (POL/Renault), a 57s3
8. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso), 69 voltas
9. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force Índia), 69 voltas
10. Adrian Sutil (ALE/Force Índia), 69 voltas
11. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 69 voltas
12. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso), 69 voltas
13. Nico Hulkenberg (ALE/Williams), 69 voltas
14. Rubens Barrichello (BRA/Williams), 69 voltas
15. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 69 voltas
16. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus), 68 voltas
17. Vitaly Petrov (RUS/Renault), 68 voltas
18. Karun Chandhok (IND/Hispania), 66 voltas
19. Lucas di Grassi (BRA/Virgin), 65 voltas

Não chegaram:

20. Timo Glock (ALE/Virgin), 50 voltas
21. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth), 42 voltas
22. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber), 30 voltas
23. Bruno Senna (BRA/HRT), 13 voltas
24. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber), 1 volta


Classificação do Mundial de Pilotos após oito provas:

1º) Lewis Hamilton - 109 pontos
2º) Jenson Button - 106
3º) Mark Webber - 103
4º) Fernando Alonso - 94
5º) Sebastian Vettel - 90
6º) Nico Rosberg - 74
7º) Robert Kubica - 73
8º) Felipe Massa - 67
9º) Michael Schumacher - 34
10º) Adrian Sutil - 23
11º) Vitantonio Liuzzi - 12
12º) Rubens Barrichello - 7
13º) Vitaly Petrov - 6
14º) Sebastien Buemi – 5
15º) Jaime Alguersuari - 3
16ª) Nico Hulkenberg – 1
17ª) Kamui Kobayashi - 1

COPA DO MUNDO 2010 ► Alemanha passeia na defesa em linha da Austrália e goleia

A Alemanha não me decepcionou. Quer dizer, apenas em parte. Nos três bolões em que me cadastrei cravei 3 x 0, com direito ao terceiro gol do reserva brasileiro Cacau. Foi por pouco, hein? Ao menos ganhei bons pontinhos. E não era difícil imaginar, se não a goleada, a postura ofensiva e objetiva do time alemão.

A Alemanha é uma das poucas seleções que mantém suas características históricas mesmo em tempos de extrema globalização. Jogo prático, eficiente na defesa e objetivo nas ações ofensivas. Os alemães gostam de concluir suas posses de bola com finalizações. Quem acompanha o campeonato alemão sabe como os times são objetivos. Isso não quer dizer que vá jogar bem, mas a postura costuma ser a mesma.

Já a Austrália abandonou o forte esquema defensivo da última Copa para sair para o jogo. Não deu muito certo, mas a ideia não me pareceu ruim, porque, segundo declarações de seus jogadores, a Austrália já dava como perdida a partida da estreia (só não contava com um placar tão elástico). Então o time podia desenvolver um padrão de jogo que, se não desse para a encarar a Alemanha, poderia servir para surpreender Gana e Sérvia – e até pode.

Lógico que se o indefectível “se” entrasse em campo... A Austrália perdeu uma chance bem no comecinho do jogo. Talvez tivesse outra sorte “se” aquela bola entrasse. Não acredito nisso, mas, de todo modo, a bola não entrou.

O que matou a Austrália, mesmo, não foi sair para o jogo. Foi a horrorosa marcação em linha de sua defesa. Desde o início a Alemanha deitou e rolou em cima disso, principalmente com os que para mim foram os melhores jogadores em campo, os meias Muller e Ozil, este um canhotinha habilidoso que brincou de jogar a bola nas costas dos defensores adversários.

Para piorar, no segundo tempo, com o canguru já indo para o deserto australiano com sininho e tudo, a Austrália ainda foi prejudicada pela expulsão do veterano (como quase todo o time) Tim Cahill. Cahill foi vítima do péssimo juiz mexicano Marco Rodriguez. Não que o jogador seja exatamente um santo. Tanto que, dois, três minutos antes da expulsão, comentei que ele estava bem comportado hoje. Talvez tenha pago pelo currículo... Quanto ao soprador de apito, exagerou e usou critérios diferentes na aplicação dos cartões e deixou de marcar um pênalti a favor dos australianos lá pelas tantas do segundo tempo (mão na bola).

Além de Muller e Ozil, vale o registro da consistência do habilidoso capitão Lahm, agora na lateral direita, e a presença de área dos atacantes Klose e Podolski, tão contestados ultimamente, principalmente em seus clubes, mas que costumam ser bem eficientes com o uniforme da seleção. Digamos que o uniforme da seleção lhes cai bem.

Na Austrália, ressalto apenas a postura ofensiva do time. Espero que continue assim para que tenha uma melhor sorte nas próximas partidas. Apesar de que tudo de ruim que porventura aconteça à equipe pode ser castigo pelo uniforme de péssimo gosto que veste nesta Copa do Mundo. Cadê o verde e o amarelo da Austrália?

Aí embaixo, o link para a página do site da Fifa sobre o jogo. Destaque para a aba "MatchCast", bem legal.

Jogo 7: Alemanha 4 x 0 Austrália

COPA DO MUNDO 2010 ► Gana derrota Sérvia com gol de pênalti e dá primeira vitória ao continente africano

Não foi uma maravilha de jogo, longe disso, se bem que, perto do que fizeram - ou não - Argélia e Eslovênia, deu bem para o gasto. Ambos os times têm uma penca de jogadores habilidosos, que sabem o que fazer com a bola, mas seus treinadores são daqueles que preferem primeiro que eles não deixem o outro fazer.

Assim, o jogo ameaçava arrastar-se para mais um chato 0 x 0. A esperança era que em uma daquelas jogadas isoladas algo acontecesse. Mas quando isso acontecia, as finalizações não eram boas.

Quem começou a chutar melhor foi a Sérvia, mas o veterano goleiro Kingson aparecia sempre bem colocado.

A expulsão de um jogador sérvio abriu maiores possibilidades para Gana, mas a entrada do atacante Lazovic levou a Sérvia a duas chances de gol. Entre um tímido ataque sérvio aqui, uma resposta ganesa lá, o zagueiro Kuzmanovic acabou cometendo um pênalti absolutamente tolo. Gyan cobrou e deu a vitória país africano.

Algumas observações. Primeiro, fica claro que as duas seleções podem mais, bem mais. Tanto que logo após o único gol da partida as jogadas de área para ambos os lados sucederam-se.

Ambos os times tinham treinadores sérvios e os dois goleiros defendem o mesmo time, o Wigan, da Inglaterra.

O técnico sérvio da Sérvia escalou o gigante centroavante Zigic e não armou jogadas aéreas para ele. Se era para jogar por baixo, Lazovic tinha que ter entrado muito antes.

O técnico sérvio de Gana estranhamente recusou os efusivos cumprimentos de jogadores e membros da comissão técnica ganesa, preferindo cumprimentar e aparentemente dizer palavras de apoio aos jogadores sérvios.

O inominável árbitro argentino Hector Baldassi apitou o jogo. Menos mal que acertou no lance do pênalti. Mas a Copa do Mundo tem Carlos Eugênio Simon, Carlos Batres e Hector Baldassi, o que mostra como é séria a dona Fifa...

A torcida de Gana foi um espetáculo à parte. Tem meu voto para destaque da partida, dividido com o goleiro Kingson.

Eu estava postando as escalações das seleções conforme no site oficial da Fifa, que tinham link para páginas de cada personagem, mas isso estava me dando uns probleminhas aqui. Melhor publicar o link direto para o material de cada partida no site. Tem coisas legais, como estatísticas, fotos e um vídeo (não compartilhado) de cada jogo.

O link de Gana x Sérvia é esse aí:
http://pt.fifa.com/worldcup/matches/round=249722/match=300061465/index.html.

COPA DO MUNDO 2010 ► Argélia consegue perder da Eslovênia em um verdadeiro festival de horrores

Quando digo que a Argélia conseguiu perder é porque a Eslovênia nada fez para vencer. E quando falo em festival de horrores, quero dizer que foi horrível mesmo. Não me lembro de alguma vez ter visto algo tão ruim numa Copa do Mundo, mesmo nessas últimas décadas em que a qualidade do futebol foi caindo á medida que a Fifa inchava a competição. Sem as vuvuzelas, seria impossível manter-se acordado.

E o pior é que o futebol covarde e conformado das duas equipes não tinha lógica alguma. O empate entre EUA e Inglaterra abriu uma janela única para os dois: se tivessem qualquer pretensão nesta copa, teriam que partir para a vitória no jogo de hoje. Ou eles esperavam que, empatando, poderiam vencer americanos e ingleses para seguir na competição?


Os eslovenos são de uma limitação técnica deprimente. Custa a crer que deixaram pelo caminho República Tcheca e Rússia. É um time, quadrado, mecânico e sem talento. Apenas esforçado.


A Argélia foi ainda mais irritante porque seus jogadores têm bem mais talento que os da Eslovênia. Os argelinos sabem jogar. Mas sua equipe padece de um mal comum às seleções africanas em geral: a má influência europeia, que faz com que seus treinadores optem quase sempre por um futebol precavido em vez de aproveitar a habilidade de seus jogadores para atacar e buscar resultados.

T
er saído um gol foi um verdadeiro acaso. Literalmente aconteceu um gol para a Eslovênia, após um chute até despretensioso do meia Robert Koren, que joga no futebol inglês. A bola só entrou graças ao goleiro Chaouchi. Pensando bem, o retrospecto do goleiro indica que o gol não surgiu tão por acaso assim...

A arbitragem poderia ser uma ameaça ao jogo, se o jogo tivesse qualquer qualidade para ser ameaçado. O trio centro-americano comandado pelo guatemalteco Carlos Batres não me passou a menor segurança. O juiz apitou faltinhas “brasileiras” e não mostrou ter muito pulso. Fossem adversários mais renhidos e a partida poderia ter saído de controle. Não é preciso haver grandes lambanças para avaliar-se a qualidade de um árbitro. Pelo contrário, precisamos ficar de olho nessas partidas onde felizmente a arbitragem não influi no resultado para uma observação mais calma. O importante é prevenir, já que remediar, após o fato consumado e o jogo encerrado, não dá.


Destaques do jogo? Fácil: as vuvuzelas e Zinedine Zidane, o último grande craque do futebol mundial, que testemunhou essa verdadeira tragédia futebolística protagonizada pela Eslovênia e por seu país de nascença, a Argélia.


Jogo 6 - Grupo C - 13 de junho
Polokwane - Estádio Peter Mokaba

Escalações

 Argélia
Eslovênia 
16 Faouzi CHAOUCHI (GK)(GK) Samir HANDANOVIC 1
Madjid BOUGHERRAMiso BRECKO 2
Nadir BELHADJMarko SULER 4
Anther YAHIA (C)Bostjan CESAR 5
Rafik HALLICHEGol (C) Robert KOREN 8
Medhi LACEN(-84') fora  Valter BIRSA 10
11 Rafik DJEBBOUR fora  (-58' )Milivoje NOVAKOVIC 11
13 Karim MATMOUR fora  (-81' )Bojan JOKIC 13
15 Karim ZIANI(-53') fora  Zlatko DEDIC 14
19 Hassan YEBDA Cartão AmareloAndraz KIRM 17
21 Foued KADIR fora  (-82' )(-87') fora  Cartão Amarelo Aleksandar RADOSAVLJEVIC 18
Reserva(s)
Lounes GAOUAOUI (GK)(GK) Jasmin HANDANOVIC 12
23 Rais M BOLHI (GK)(GK) Aleksander SELIGA 16
Yazid MANSOURIElvedin DZINIC 3
Ryad BOUDEBOUZBranko ILIC 6
Abdelkader GHEZZAL Cartão Amarelo Expulsão por 2º cartão amarelo Em(+58')(+84') Em Nejc PECNIK 7
10 Rafik SAIFI Em (+81')(+53') Em Zlatan LJUBIJANKIC 9
12 Habib BELLAIDRene KRHIN 15
14 Abdelkader LAIFAOUISuad FILEKOVIC 19
17 Adlane GUEDIOURA Em(+82')Cartão Amarelo (+87') Em Andrej KOMAC 20
18 Carl MEDJANIDalibor STEVANOVIC 21
20 Djamel MESBAHMatej MAVRIC 22
22 Djamal ABDOUNTim MATAVZ 23
Técnicos
Rabah SAADANE (ALG)
(SVN) Matjaz KEK
Oficiais
  • Árbitro: Carlos BATRES (GUA)
  • Assistente 1: Leonel LEAL (CRC)
  • Assistente 2: Carlos PASTRANA (HON)
  • Quarto árbitro: Peter O LEARY (NZL)
  • FOF: Brent BEST (NZL)