segunda-feira, 10 de maio de 2010

NBA ► Magic depena de novo o Hawks e fica perto da final da Conferência Leste

Orlando Magic 105 x 75 Atlanta Hawks
Semifinal Conferência Leste
(3 x 0)

Não deu nem para a saída. O primeiro tempo terminou com o placar apontando 52 x 33 para o Orlando Magic contra o Atlanta Hawks, mesmo jogando na casa do adversário. Agora o Magic abriu 3 x 0 na série e nem que... Na verdade, nem imagino que hecatombe possa ocorrer no planeta que mude o destino do Hawks.

Com seus 21 pontos e 16 rebotes, Dwight Howard (foto) foi o destaque do Magic, que se deu ao luxo de ter Vince Carter em uma jornada discretíssima, marcando apenas sete pontos.

Pelo lado do Hawks, o sexto homem da temporada, Jamal Crawford, com seus 22 pontos, foi a única figura realmente decente em quadra. Josh Smith notou 15 e pegou 11 rebotes, mas ainda assim ficou devendo, com um fraco aproveitamento nos arremessos, acertando apenas 7 de 17 tentativas.

O Orlando Magic já carimbou a passagem para a final da Conferência Leste. Resta ao Hawks ao menos evitar a varrida no jogo 4, quarta-feira que vem. Acho difícil. 

sábado, 8 de maio de 2010

RIO DE JANEIRO ► Viatura de polícia para carro particular e multa motorista por falar ao celular dirigindo? Só em novela mesmo...

Minha esposa outro dia comentou comigo: "Que absurdo! Até parece que é assim." Demorou um pouquinho para que eu pescasse que era algo que estava rolando numa novela a que ela assiste. Qual? Sinceramente, não faço a menor ideia.

"Uma cena aqui. Um carro da polícia para um motorista que estava falando no celular e multa ele." É, só em novela mesmo. E em se tratando de Rio de Janeiro, até em novela é uma situação completamente fora da realidade. Inimaginável.

Até porque não há policiamento móvel de trânsito no Rio - e creio que em todo o Brasil. Um motorista pode cometer as sandices que quiser ao volante, ameaçar a vida de Deus e o mundo, velhinhos e criancinhas incluídos, que nada acontece se ele não for flagrado por algum pardal eletrônico.

Recordo que uma vez, décadas atrás... Ups, melhor retirar esse "décadas atrás", é meio bandeiroso demais...

Recomeçando: recordo que uma vez, nos anos 80... Não, esse "recordo" também é bandeiroso e hoje estou me sentindo bem engraçadinho.

Agora vai: uma vez nos anos 80, se não me engano, um repórter da Rede Manchete fez uma matéria sobre isso para um dos programas da extinta emissora. Se não me engano (outra vez...), foi o Ronaldo Rosas. Ele pegou um carro e um cinegrafista e saiu cometendo várias infrações de trânsito pelas ruas da cidade. Avançou sinal, estacionou em local proibido, cruzou faixas sem sinalizar, ultrapassou limites de velocidade... Enfim, fez tudo aquilo que vemos os motoristas impunemente fazerem no selvagem dia a dia das ruas do Rio de Janeiro de hoje - acrescido da praga dos telefones celulares.

Quantas vezes foi abordado por alguma autoridade policial? Nenhuma, ora... Alguém esperava uma resposta diferente?

Um tio contou uma experiência que viveu relacionada a isso quando estava nos EUA visitando a filha. Já à noite, voltava dirigindo para a casa onde estava hospedado. Era uma daquelas vias meio suburbanas deles, com várias casas e mais casas ao longo.

Antes de um cruzamento, o sinal fechou. Sem movimento algum, escuro, achou que não faria mal algum dar uma avançadinha ali. Para quê? Sabem aquelas cenas de filme? Pois é: do nada, saiu uma viatura da polícia e o abordou.

Ficou tudo bem. Levou só um tempinho para explicar que tromba de elefante não é conta-gotas, que era estrangeiro, não teve a intenção e et cetera e tal.

Mas serviu para mostrar, mais uma vez, que o certo existe mesmo, não apenas no cinema. E que errados somos nós, que avaliamos toda a impunidade em nosso trânsito, permitindo verdadeiros assassinos ao volante, por jamais cobrarmos com vigor das autoridades leis realmente severas e policiamento viário ostensivo, para nossa própria proteção.

Acorda enquanto ainda é tempo, cidadão! Porque, do jeito que a coisa vai, um dia a situação foge totalmente ao controle.

E a questão agrava-se quando sabemos, como minha esposa faz sempre questão de lembrar, que a maneira que um motorista guia é o reflexo de sua personalidade. Ou seja: não trata-se de um problema apenas do trânsito em si, é principalmente uma questão de educação e cidadania - o que anda muito em falta no Rio de Janeiro.

Por ora, não custa torcer para que que o Campeonato Mundial de Futebol de 2014 e as Olimpíadas de 2016 deixem essa boa herança para a cidade: um trânsito civilizado, ocupado por gente de bem e cuidado, competentemente, por quem de direito.

NBA ► Atuação mágica de calouro acaba com o Spurs e deixa Suns com um pé na final da Conferência Oeste

Phoenix Suns 110 x 96 San Antonio Spurs
Semifinal Conferência Oeste
(3 x 0)

O San Antonio Spurs dominou o primeiro quarto, abriu 18 pontos no segundo, se segurou com um pontinho de frente no terceiro e dormiu no quarto, um sono repleto de pesadelos, sendo atropelado pelo Phoenix Suns. Nem no Arizona devem estar acreditando na praticamente irreversível vantagem de 3 x 0 que o time de Steve Nash e Amare Stoudemire abriu sobre Tim Duncan e companhia.

Curiosamente, tanto Nash como Stoudemire estiveram longe de seus grandes dias. Os destaques do Suns foram os coadjuvantes. Jason Richardson, que faz ótima pós-temporada, contribuiu com 21 pontos, acertando cinco de sete arremessos da linha dos três pontos. O veterano Grant Hill mais uma vez disse presente, com seus 18 pontos. E o calouro iugoslavo Goran Dragic (foto), que acertou todos seus cinco chutes de três, literalmente acabou com o jogo, marcando nada menos que 23 de seus 26 pontos no período final, uma das mais impressionantes performances da história dos playoffs da NBA.

E até nosso Leandro Barbosa mandou bem, finalmente destacando-se após uma série de atuações muito discretas. Ontem Leandrinho marcou sete de seus 13 pontos no período decisivo da partida.

No desalentado - e agora à beira de férias forçadas - Spurs, a lamentar a discreta atuação de Tony Parker (10 pontos, seis rebotes e cinco assistências) e a pífia figura de Richard Jefferson: apenas quatro pontos, acertando só um de nove arremessos tentados. Até George Hill (na foto, consolado por Duncan), que também vinha contribuindo bem, também esteve numa noite péssima. Muito pouca gente para ajudar Duncan (15 pontos, 13 rebotes) e Manu Ginobili (27 pontos, cinco assistências).

Agora Inês é morta. As chances do Spurs virar a série são ínfimas. A História joga contra o time. Reverter uma situação dessa numa série de playoffs da NBA é tão frequente quanto a passagem do cometa Harley por nosso planeta. De quebra, o Suns talvez seja, ao lado do Orlando Magic, o time que tem atuado com mais consistência nestes playoffs.

Mas falamos do Spurs, certo? E o Suns costuma alucinar vendo fantasmas de camiseta preto e branca dominando o deserto...

NBA ► Pau que dá em Chico dá em Francisco: Cavaliers arrasa Celtics em Boston e faz 2 x 1 na série

Cleveland Cavaliers 124 x 95 Boston Celtics
Semifinal Conferência Leste
( 2 x 1)

O jogo 3 da série semifinal da Conferência Leste entre Cleveland Cavaliers e Boston Celtics foi uma espécie de jogo 2 às avessas.

Se na segunda partida, realizada em Cleveland, o Celtics surpreendeu e dominou do início ao fim, roubando uma vitória na quadra adversária, a partida de ontem mostrou exatamente o contrário: com início arrasador, o Cavaliers ignorou o mando do Celtics e foi embora, sem sequer permitir que seu adversário chegasse perto a ponto de ser visto pelo retrovisor. Não deu nem para os verdinhos esboçarem uma reação.

O Cavs fez uma partida de sonho. Comandados por LeBron James (38 pontos, oito rebotes e sete assistências), todos os jogadores estiveram bem e contribuíram para a importante vitória. No total,. seis deles anotaram duplo dígito, algo não muito comum no time, com destaque pata Antawn Jamison, com seus 20 pontos e 12 rebotes. Foi uma atuação tão boa do grupo que, por incrível que pareça, Mo Williams teve um papel apenas discreto nessa peça, com módicos 12 pontos e mais sete assistências.

Já o Celtics... foi uma desgraceira só. Não, exagero. Rajon Rondo (18 pontos e oito assistências) e Kevin Garnett (19 pontos, acertando oito de 11 arremessos) tiveram atuações decentes. Mas o que dizer de Paul Pierce? Apenas 11 pontos, acertando quatro chutes em 15? E Ray Allen (sete pontos, duas tentativas certas em nove)? Alguém o viu em quadra? Com ridículos dois pontos, Rasheed Wallace não prestou nem para receber falta técnica.

Pelo que se lê na internet, inclusive dito por um desapontado Doc Rivers, técnico do Celtic, o Cavs entrou com a mentalidade de quem enfrenta um jogo 7, enquanto o time de Boston...

Resta agora ao Celtics fazer o dever de casa, vencer o jogo 4 e igualar a série novamente, para, na volta a Cleveland, começar a capinar sentado em busca de nova vitória na quadra adversária. Se não, esquece.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

NBA ► Hawks luta, mas é abatido pela magia do Super-Homem: Magic faz 2 x 0 na série

Atlanta Hawks 98 x 112 Orlando Magic
Semifinal Conferência Leste
(0 x 2)

Agora sim começou a semifinal da Conferência Leste entre Orlando Magic e Atlanta Hawks! No jogo 2 da série, ainda em orlando, o Hawks mostrou ao que veio e até nove minutos do fim da partida esteve enroscado no placar. Mas aí falou mais alto o melhor basquete e os melhores jogadores do adversário. Comandado por Dwight Howard e Vince Carter, o Magic venceu, fez 2 x 0 e agora vai tranquilo para Atlanta, de onde pode até voltar com a vaga na mão.

Se outro dia tivemos um Suns x Spurs de três contra três, ontem pode-se dizer que rolou um quatro contra quatro.

Josh Smith (foto), AlHorford, Joe Johnson (este com um aproveitamento bem abaixo do habitual) e Jamal Crawford (o melhor sexto homem da temporada) somaram 84 pontos. Horford ainda pegou 10 rebotes. Foram bem ajudados no garrafão pelos 11 rebotes de Marvin Williams. Mas faltou armador. Mike Bibby sequer saiu do banco no último quarto. Qualquer pretensão que tenha o Hawks passa pela melhor produção de Bibby, questionado pela dificuldade em marcar bem os armadores do adversário.

Mas a atuação do Hawks poderia ter sido suficiente para arrancar a vitória na quadra adversária, não fosse a ótima produção de Howard, Carter, Jameer Nelson e Rashard Lewis, que marcaram mais de 20 pontos cada um (93 juntos), algo raríssimo de acontecer. Inclusive foi a primeira vez que com Orlando Magic conseguiu esse feito em um jogo de playoffs. Dwight Howard (foto) teve um atuação de Super-Homem: quase perfeito dos arremessos de quadra, acertando oito de nove tentativas, terminou com 29 pontos e 17 rebotes.

Agora a série vai para Atlanta. Se o Hawks ameaçar repetir ou produzir algo parecido com o que mostrou no jogo 1, a série acaba por lá mesmo. Mas se entrar em quadra o Hawks de ontem, aí "
habemus jogo", mesmo com o favoritismo do Orlando Magic.