segunda-feira, 16 de agosto de 2010

FUTEBOL ► Nada justifica que nos dias atuais o futebol brasileiro não adote o calendário europeu, só a vocação para perder dinheiro

Há muito tempo discute-se a necessidade do futebol brasileiro adotar o calendário europeu, mas sempre há vozes retrógradas e até carregadas de um bobo nacionalismo que se levantam em contrário. No profissionalismo globalizado de hoje, não adotar o calendário europeu é desperdício de dinheiro e de possibilidade de internacionalizar a marca dos nossos clubes. Fora a questão de que isso permitiria um maior planejamento para o Brasileirão, que tanto sofre com o sem número de jogadores transferidos para o Velho Mundo no meio do campeonato.

Eu cresci tentando acompanhar pelos jornais e pelo radinho de pilha os muitos amistosos que o Fluminense fazia fora do país, em especial na Europa, mas até no continente africano, e nos meses de julho e agosto. O Fluminense e todos os grandes do futebol nacional. Hoje, pesquisando o passado, é fácil observar que desde os anos 1950 até os clubes de menor expressão estavam sempre na estrada. No Rio de Janeiro, não era raro Bonsucesso, Bangu e Madureira aventurarem-se além-mar atrás de faturamento. Sempre foi assim. Até a já quase ditatorial gestão de Ricardo Teixeira à frente da CBF.

Coincidência ou não, de lá para cá o calendário brasileiro passou a não dar brechas aos clubes para faturar em excursões ao exterior. Pior: com o recesso europeu ocorrendo justo no momento em que o campeonato nacional engrena, passamos a sofrer com o até patético desmantelamento de nossos maiores clubes em meio à competição. A tal ponto que virou lugar comum dizer que o campeonato brasileiro só começa de verdade após o fim da janela de transferência do mercado europeu e do impacto que isso provoca por aqui. Ridículo.

Mas o que mais me irrita, particularmente, não é nem a perda de jogadores no meio da principal competição do futebol mais vezes campeão do mundo. É perder a oportunidade de internacionalizar o nome dos clubes brasileiros numa época globalizada e marcada por inúmeros torneios e amistosos internacionais na Europa, na Ásia e na América do Norte.

Assim, fomos obrigados a ver no pós-Copa do Mundo deste ano, por exemplo, um sem número de partidas envolvendo grandes clubes europeus e outros nem tanto de países nossos sul-americanos, mexicanos e até do segundo escalão do Velho Mundo.

Bastaria à CBF ter um mínimo de respeito e atenção com nosso futebol para adequar nosso calendário ao europeu. Assim nossos clubes poderiam, como nos velhos tempos, "fazer a Europa". Poderiam, inclusive, sem muita dificuldade, contando apenas com competência e criatividade, fazer uma pré-temporada lá fora, se preparando para o Brasileirão e faturando um bom troco disputando jogos-treinos e amistosos em gramados estrangeiros, fossem nos EUA, na Europa..

Um dia, quem sabe a gente chega lá. Mas com certeza não será na gestão Ricardo Teixeira, porque não interesse para isso.

É minha opinião.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

RIO DE JANEIRO ► Bandalha nas ruas da cidade: será que há uma máfia disso também ou é apenas mais um caso de imensa incompetência?

Fico impressionado com certas situações que presenciamos no dia a dia da cidade do Rio de Janeiro. Parece que a autoridade não existe e a lei que impera é a da bandalha. No trânsito, então...

Quem passa à frente do Ilha Plaza Shopping, por exemplo, na Ilha do Governador, em certos horários, deve imaginar ter chegado à casa da Mãe Joana, tal o número de veículos de transporte alternativo (muitas vezes irregulares) que se acumulam em fila dupla (e até tripla) à frente da entrada do estabelecimento à caça de passageiros.

A Guarda Municipal sabe disso. A Polícia Militar sabe disso. Qualquer anão de jardim daqueles que adornam antigas residências sabe disso. Então? O que falta para pôr fim a isso? Qual a dificuldade?

Isso ocorre não só com transporte alternativo à frente de um shopping da Zona Norte como com carros de madame na porta de caros colégios da Zona Sul da cidade.

Depois não há como querer que o povo não suspeite que haja dinheiro rolando por trás disso. Ou então trata-se apenas de mais uma grande, imensa, gigantesca, colossal prova de incompetência dos órgãos públicos responsáveis.

É minha opinião.

FUTEBOL ► Kaká: mais uma prova de que a mentira tem pernas curtas

Kaká sempre passou a imagem do jogador bonzinho, politicamente correto e, principalmente, temente a Deus, algumas vezes extrapolando ao misturar religião com sua atividade profissional. Mas os últimos meses têm revelado uma imagem que não condiz com uma pessoa que usa o nome de Jesus em praticamente cada discurso que faz.

Na recente Copa do Mundo da África do Sul, Kaká protagonizou um espetáculo absolutamente covarde, religiosamente preconceituoso e, acima de tudo, mentiroso. E que hoje soa ainda mais patético que na ocasião.

Após o jornalista Juca Kfouri escrever que o principal jogador da seleção brasileira enfrentava sério problema físico que poderia levar até à necessidade de cirurgia, comprometendo sua carreira, Kaká aproveitou uma coletiva de imprensa para, na vez de fazer sua pergunta o repórter André Kfouri, filho de Juca, atacar o pai do profissional de imprensa.

Foi covarde porque coletiva de imprensa numa Copa do Mundo não dá direito de réplica aos jornalistas. O profissional faz a pergunta e já passa o microfone para o seguinte. Não que André fosse fazer uso disso, até porque ele portou-se muito bem no decorrer de seu trabalho na África, sem jamais usar de seu espaço com um microfone frente às câmeras para sequer mencionar o incidente em suas reportagens.

Foi preconceituoso porque acusou Juca Kfouri de persegui-lo por ser ele, Juca, ateu e Kaká ser evangélico. Veja o paradoxo: sob pretexto de uma suposta perseguição religiosa de que estaria sendo vítima, ele, Kaká, é quem comete um ato de preconceito religioso explícito, usando a falta de religiosidade de Juca para desqualificá-lo e fazer a grave acusação de perseguição religiosa.

E foi mentiroso porque, como já declarara logo após a competição, jogou mesmo com dor, inclusive recebendo infiltrações. E o balde derramou mesmo agora que o médico belga Marc Martens, que o operou, disse que sua carreira inclusive esteve em risco - como Juca Kfouri havia escrito.

Hoje, 13 de agosto, Kaká se vê completamente desacreditado em suas declarações e ainda apela para o abominável discurso de que fez isso pelo Brasil. Ora essa...

Acho muita mentira e pouca verdade para alguém que vive com Jesus na boca, mas que, como muitos, não mostra O ter em suas ações.

É minha opinião.

POLÍTICA ► Como assim não fazer campanha olhando pelo retrovisor?

Há declarações que contradizem a história da própria pessoa que as faz. José Serra, mais uma vez candidato do PSDB à presidência da República, sempre usou a palavra experiência como um mote eleitoral, destacando seu currículo (mesmo com algumas contradições) e seus longos anos de vida pública.

O problema é que político, em geral, tem uma grande dificuldade de tornar coerentes seus discursos nas diferentes circunstâncias que enfrenta durante sua trajetória. Acontece à esquerda, à direita e ao centro também. Mas algumas vezes eles extrapolam e acabam passando uma imagem que depõe contra si mesmo. Especialmente em uma época em que os políticos têm uma maior visibilidade, como durante as campanhas eleitorais para o cargo maior da nação. É preciso ter experiência nesse jogo. Saber jogar.

José Serra é um homem inteligente. Sair por aí dizendo que não se deve fazer campanha olhando pelo retrovisor contradiz tudo o que pregou em pleitos anteriores e o faz passar apenas por mais um político oportunista em busca de frases de efeito que se adaptem a um determinado momento.

O candidato da oposição já tem se saído mal com feitos fictícios ("pai dos genéricos", "pai do FAT", combate à Aids...) que até o fizeram recorrer a constrangedoras retratações. José Serra é bom técnico e devia fazer campanha política como um técnico, enfatizando propostas e soluções, e não caindo no discurso comum de políticos carreiristas que se torna verdadeira armadilha para quem não tem jeito para isso - o que não é qualquer demérito.

Além do quê, fazer campanha sem olhar para as próprias realizações ou de seu partido é como procurar emprego e pedir para não levarem em conta seu passado profissional. Não faz qualquer sentido, certo?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

BRASIL ► Assassinos livres, inocentes em cana: retrato da justiça no Brasil

Deu em várias páginas da internet. Optei por reproduzir do site O Repórter:

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INACREDITÁVEL: confundido com assaltante,
jovem inocente está na cadeia
Por Redação - 09.08.2010 às 21:41:00

Justiça de cabeça para baixo. Inocentes na cadeia, culpados nas ruas

SÃO PAULO* - Ele estava no lugar de sempre e trabalhando. Wilson de Oliveira, estudante universitário está preso há dois meses acusado de roubar uma moto. Ele trabalhava como motorista numa empresa de ônibus de São Paulo e foi confundido ao sair da garagem onde trabalha.

Não faltam provas de sua inocência, mas no caso de Wilson, a Justiça fechou os olhos. No momento da prisão ele tentou explicar que não era o ladrão. "Até então eu falava [para os policiais], vamos lá na garagem que vocês vão ver que eu estava trabalhando. Mas, eles nem quiseram saber".

O boletim de ocorrência registrado na delegacia mostra que o roubo da moto aconteceu às 22h15 e o relatório de entrada e saída de funcionários da empresa onde Wilson trabalha registrou a entrada dele às 6h:04 da manhã e a saída às 22:19, quatro minutos após o roubo relatado na delegacia.

As câmeras de segurança da empresa comprovam a saída de Wilson que pilotova a própria moto.

Na saída, ele passou pelos ladrões que abandonaram a moto roubada e no caminho, a 700 metros da empresa, policiais militares confundiram Wilson com os ladrões e o prenderam. Ele alegou inocência, mas mesmo assim, está a 65 dias atrás das grades.

Dois pedidos de liberdade provisória foram negados pela justiça e os juizes não quiseram se pronunciar sobre o caso de Wilson de Oliveira. (com informações do Jornal Nacional da TV Globo).

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Enquanto isso, assassinos confessos seguem em liberdade aguardando isso, graças àquilo, apelando para esse ou aquele recurso...

Alguma novidade nisso?