sexta-feira, 13 de agosto de 2010

RIO DE JANEIRO ► Bandalha nas ruas da cidade: será que há uma máfia disso também ou é apenas mais um caso de imensa incompetência?

Fico impressionado com certas situações que presenciamos no dia a dia da cidade do Rio de Janeiro. Parece que a autoridade não existe e a lei que impera é a da bandalha. No trânsito, então...

Quem passa à frente do Ilha Plaza Shopping, por exemplo, na Ilha do Governador, em certos horários, deve imaginar ter chegado à casa da Mãe Joana, tal o número de veículos de transporte alternativo (muitas vezes irregulares) que se acumulam em fila dupla (e até tripla) à frente da entrada do estabelecimento à caça de passageiros.

A Guarda Municipal sabe disso. A Polícia Militar sabe disso. Qualquer anão de jardim daqueles que adornam antigas residências sabe disso. Então? O que falta para pôr fim a isso? Qual a dificuldade?

Isso ocorre não só com transporte alternativo à frente de um shopping da Zona Norte como com carros de madame na porta de caros colégios da Zona Sul da cidade.

Depois não há como querer que o povo não suspeite que haja dinheiro rolando por trás disso. Ou então trata-se apenas de mais uma grande, imensa, gigantesca, colossal prova de incompetência dos órgãos públicos responsáveis.

É minha opinião.

FUTEBOL ► Kaká: mais uma prova de que a mentira tem pernas curtas

Kaká sempre passou a imagem do jogador bonzinho, politicamente correto e, principalmente, temente a Deus, algumas vezes extrapolando ao misturar religião com sua atividade profissional. Mas os últimos meses têm revelado uma imagem que não condiz com uma pessoa que usa o nome de Jesus em praticamente cada discurso que faz.

Na recente Copa do Mundo da África do Sul, Kaká protagonizou um espetáculo absolutamente covarde, religiosamente preconceituoso e, acima de tudo, mentiroso. E que hoje soa ainda mais patético que na ocasião.

Após o jornalista Juca Kfouri escrever que o principal jogador da seleção brasileira enfrentava sério problema físico que poderia levar até à necessidade de cirurgia, comprometendo sua carreira, Kaká aproveitou uma coletiva de imprensa para, na vez de fazer sua pergunta o repórter André Kfouri, filho de Juca, atacar o pai do profissional de imprensa.

Foi covarde porque coletiva de imprensa numa Copa do Mundo não dá direito de réplica aos jornalistas. O profissional faz a pergunta e já passa o microfone para o seguinte. Não que André fosse fazer uso disso, até porque ele portou-se muito bem no decorrer de seu trabalho na África, sem jamais usar de seu espaço com um microfone frente às câmeras para sequer mencionar o incidente em suas reportagens.

Foi preconceituoso porque acusou Juca Kfouri de persegui-lo por ser ele, Juca, ateu e Kaká ser evangélico. Veja o paradoxo: sob pretexto de uma suposta perseguição religiosa de que estaria sendo vítima, ele, Kaká, é quem comete um ato de preconceito religioso explícito, usando a falta de religiosidade de Juca para desqualificá-lo e fazer a grave acusação de perseguição religiosa.

E foi mentiroso porque, como já declarara logo após a competição, jogou mesmo com dor, inclusive recebendo infiltrações. E o balde derramou mesmo agora que o médico belga Marc Martens, que o operou, disse que sua carreira inclusive esteve em risco - como Juca Kfouri havia escrito.

Hoje, 13 de agosto, Kaká se vê completamente desacreditado em suas declarações e ainda apela para o abominável discurso de que fez isso pelo Brasil. Ora essa...

Acho muita mentira e pouca verdade para alguém que vive com Jesus na boca, mas que, como muitos, não mostra O ter em suas ações.

É minha opinião.

POLÍTICA ► Como assim não fazer campanha olhando pelo retrovisor?

Há declarações que contradizem a história da própria pessoa que as faz. José Serra, mais uma vez candidato do PSDB à presidência da República, sempre usou a palavra experiência como um mote eleitoral, destacando seu currículo (mesmo com algumas contradições) e seus longos anos de vida pública.

O problema é que político, em geral, tem uma grande dificuldade de tornar coerentes seus discursos nas diferentes circunstâncias que enfrenta durante sua trajetória. Acontece à esquerda, à direita e ao centro também. Mas algumas vezes eles extrapolam e acabam passando uma imagem que depõe contra si mesmo. Especialmente em uma época em que os políticos têm uma maior visibilidade, como durante as campanhas eleitorais para o cargo maior da nação. É preciso ter experiência nesse jogo. Saber jogar.

José Serra é um homem inteligente. Sair por aí dizendo que não se deve fazer campanha olhando pelo retrovisor contradiz tudo o que pregou em pleitos anteriores e o faz passar apenas por mais um político oportunista em busca de frases de efeito que se adaptem a um determinado momento.

O candidato da oposição já tem se saído mal com feitos fictícios ("pai dos genéricos", "pai do FAT", combate à Aids...) que até o fizeram recorrer a constrangedoras retratações. José Serra é bom técnico e devia fazer campanha política como um técnico, enfatizando propostas e soluções, e não caindo no discurso comum de políticos carreiristas que se torna verdadeira armadilha para quem não tem jeito para isso - o que não é qualquer demérito.

Além do quê, fazer campanha sem olhar para as próprias realizações ou de seu partido é como procurar emprego e pedir para não levarem em conta seu passado profissional. Não faz qualquer sentido, certo?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

BRASIL ► Assassinos livres, inocentes em cana: retrato da justiça no Brasil

Deu em várias páginas da internet. Optei por reproduzir do site O Repórter:

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INACREDITÁVEL: confundido com assaltante,
jovem inocente está na cadeia
Por Redação - 09.08.2010 às 21:41:00

Justiça de cabeça para baixo. Inocentes na cadeia, culpados nas ruas

SÃO PAULO* - Ele estava no lugar de sempre e trabalhando. Wilson de Oliveira, estudante universitário está preso há dois meses acusado de roubar uma moto. Ele trabalhava como motorista numa empresa de ônibus de São Paulo e foi confundido ao sair da garagem onde trabalha.

Não faltam provas de sua inocência, mas no caso de Wilson, a Justiça fechou os olhos. No momento da prisão ele tentou explicar que não era o ladrão. "Até então eu falava [para os policiais], vamos lá na garagem que vocês vão ver que eu estava trabalhando. Mas, eles nem quiseram saber".

O boletim de ocorrência registrado na delegacia mostra que o roubo da moto aconteceu às 22h15 e o relatório de entrada e saída de funcionários da empresa onde Wilson trabalha registrou a entrada dele às 6h:04 da manhã e a saída às 22:19, quatro minutos após o roubo relatado na delegacia.

As câmeras de segurança da empresa comprovam a saída de Wilson que pilotova a própria moto.

Na saída, ele passou pelos ladrões que abandonaram a moto roubada e no caminho, a 700 metros da empresa, policiais militares confundiram Wilson com os ladrões e o prenderam. Ele alegou inocência, mas mesmo assim, está a 65 dias atrás das grades.

Dois pedidos de liberdade provisória foram negados pela justiça e os juizes não quiseram se pronunciar sobre o caso de Wilson de Oliveira. (com informações do Jornal Nacional da TV Globo).

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Enquanto isso, assassinos confessos seguem em liberdade aguardando isso, graças àquilo, apelando para esse ou aquele recurso...

Alguma novidade nisso?

FUTEBOL ► Blogueiro quebra a cara: Duque de Caxias x Bragantino teve 193 pagantes. Parabéns, CBF e televisão!

Pois é. O pessimista blogueiro apostou em menos de 50 pagantes no jogo entre Duque de Caxias e Bragantino, realizado ontem à noite no Engenhão no absurdo horário de 21h50min. Quebrei a cara: o público acabou sendo de 193 torcedores, que proporcionaram a renda (?) de R$ 4.780,00. Um grande feito para os promotores do evento, que devem sentir-se realizados.

Ao menos valeu para o Duque de Caxias a momentânea saída da zona de rebaixamento da segunda divisão. Alguns reforços deram mais competitividade ao time. Na verdade, foram mais de 10 no recesso da competição durante a disputa da Copa do Mundo. Alguns deles interessantes, como o veterano centroavante Somália e o volante Leandro Teixeira, destaque no campeonato carioca e que não teve chances no Fluminense. Talvez isso garanta mais um ano de permanência entres os 20 que sonham em disputar a divisão principal. O que seria, sem dúvida, um grande feito para um clube pequeno obrigado a jogar sempre fora de sua cidade.

A pergunta que não quer calar é aquela feita por todo mundo dotado de alguma razão: será que não dava para o Duque de Caxias mandar em seu estádio, o Marrentão, com capacidade para 7 mil pessoas, seus jogos na segunda divisão do campeonato brasileiro? De preferência, num horário mais decente?

Com a palavra, CBF e SporTV.