quinta-feira, 29 de abril de 2010

NBA ► Nuggets faz dever de casa e vence jogo 5 contra Jazz, mas perde Nenê

Utah Jazz 102 x 116 Denver Nuggets (3 x 2)

Jogando com muita decisão no segundo tempo, o Denver Nuggets venceu em casa o jogo 5 da série contra o Utah Jazz e vai agora para Salt Lake City tentar igualar a série.

Boa notícia para o Nuggets: seis jogadores anotaram duplo dígitos, uma ajuda que Carmelo Anthony (26 pontos e 11 rebotes) precisa para que seu time vença a série.



Má notícia para o Nuggets: Nenê contundiu-se no joelho no início do segundo quarto, precisou de ajuda para deixar a quadra e provavelmente está ao menos da próxima partida. O garrafão pode ser fundamental para a vitória do Nuggets nesta disputa, pois o Jazz não tem pivôs de origem que suportem a presença de Nenê, Kenyon Martin e Chris Andersen embaixo da cesta.

Boa notícia para o Jazz: apesar da derrota, seus astros Deron Williams (34 pontos e 10 assistências) e Carlos Boozer (25 pontos e 16 rebotes) seguem jogando muito bem. Em casa, com eles jogando assim, dificilmente o Jazz é derrotado.

Má notícia para o Jazz: a falta de um pivô forte está sacrificando muito os alas Carlos Boozer e Paul Milsap.

O que podemos esperar para o jogo 6: fortes emoções em Salt Lake City na próxima sexta-feira.

NBA ► Zebra pasta de chifres e surpreende falcões em Atlanta: virada põe Buks à frente do Hawks

Milwaukee Bucks 91 x 87 Atlanta Hawks (3 x 2)

Não resisti fazer um trocadilho bobo com o cervo que simboliza o Bucks e o nome do adversário. Piadinhas à parte, o jovem Milwaukee Bucks, comandado pelo atrevido calouro Brandon Jennings (o número 3 de vermelho, verde e branco na foto que ilustra o post mais abaixo), conseguiu ótima e surpreendente vitória no jogo 5 da série contra o Hawks, mesmo jogando em Atlanta.

Pelo visto, deu uma pane no Hawks no último quarto. O time entrou com quatro pontos de vantagem e perdeu por 30 x 18 naqueles 12 minutos finais. Talvez tenha rolado uma certa acomodação. Uma autossuficiência derivada das tranquilas vitórias nos dois primeiros jogos disputados em casa. E talvez (mais um) o maior pecado do Bucks tenha sido não se preocupar em matar logo a partida e permitido ao Bucks ficar ali por perto. Pior: ter achado que a galinha – ou a rena – estava morta antes da hora.



A 4 minutos do fim, o Hawks liderava com nove pontos à frente, mas incrivelmente permitiu que o Buck anotasse nada menos que 14 pontos sem resposta, até que Al Harford (figurante na foto do Jennings), que fez grande jogo, com 25 pontos e 11 rebotes, acertou uma cesta a 19 segundos do fim quando a vaca jaca – ou o falcão – já estava indo para o brejo com sininho e tudo, como diriam os narradores das antigas.

Agora no Bradley Center, vai ser muito difícil para o Atlanta Hawks arranjar forças e ânimo para superar o motivadíssimo Bucks, que deve contar com uma não menos motivada e eufórica torcida ao seu lado. Ficou ruim para o Hawks. Acho que do jogo 6 esta série não passa. Para alegria de Bango, o cervo mascote do Bucks.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

NBA ► Lakers surra meninos do Thundercats e retoma vantagem na série

Okaloma City Thundercats 87 x 111 Los Angeles Lakers (2 x 3)


“Eles chutaram nossos traseiros desde o início.” As palavras do astro emergente Kevin Durant resume o que foi o jogo: uma surra dos campeões Lakers no time sensação Oklahoma City Thundercats. Faltando 8 minutos para o fim do primeiro quarto, o Lakers vencia por 10 x 0. O Thunder errou seus primeiros 13 arremessos! Os homens grandes do amarelinho de Los Angeles brincaram dentro do garrafão adversário: 25 pontos e 11 rebotes para Pau Gasol e 21 pontos e outros 11 rebotes para Andrew Bynum. Taticamente, foi dado destaque à mudança na marcação, com Phil Jackson colocando Kobe em cima do bom Russell Westbrook (foto mais abaixo), que vinha provocando estragos na defesa californiana. Enfim, contra a parede, mais uma vez o Lakers respondeu bem.


Mas espera aí: não era assim que o campeão devia estar jogando desde o início da série, já que o Thunder não tem pivôs que possam segurar o adversário? É, mas o time do Lakers às vezes sofre de preguiça mental e, ao menor sinal de dificuldade lá embaixo da cesta, esquece seu plano de jogo e joga as bolas todas nas machucadas mãos de Kobe Bryant e em perdidos tiros da linha de 3. E nem Kobe “está podendo” nem os tiros de 3 de ninguém estão caindo – aliás, como não caíram durante a temporada inteira.

O jogo foi precedido de uma série de questionamentos sobre as pífias atuações do campeão em Oklahoma, especialmente de Kobe Bryant. O quê? Como? Por quê? Uma resposta é aquela falta de determinação para insistir no plano de jogo traçado quando as coisas não acontecem como o esperado. Outra é que Kobe, realmente, dá sinais de muito desgaste físico. E não apenas pela idade, mas pelas más condições que tem enfrentado nas duas últimas temporadas. Dizem que agora seu dedo fraturado está até melhor, mas uma artrite no local piorou a situação. Fora uma nova contusão no joelho que poderia até tirá-lo da partida, não fosse quem ele é. O fato é que Kobe está pagando pelo esforço absurdo que fez nos três últimos anos e não é mais um garoto: já são 31 anos e mais jogos de playoffs que até Michael Jordan. O corpo sofre.



Para o Thundercats, muito trabalho motivacional para o Treinador do Ano. Scott Brooks (na foto, recebendo "conselhos do fanático torcedor do Lakers Jack Nicholson) precisa juntar os cacos e não deixar o time se abater. A situação ficou muito difícil e o natural é que o Lakers encerre a série na sexta-feira mesmo, em plena quadra adversária. Mas o Thunders tem que colocar na cabeça que está no lucro. Deve tentar impor seu basquete veloz e envolvente desde o início e, com o apoio de sua ensandecida torcida, levar a série para o jogo 7. E aí nada mais terá a perder. A pressão recairá toda sobre os atuais campeões.

NBA ► Esqueceram de avisar ao Spurs que tinha jogo: deu Mavs fácil, fácil

San Antonio Spurs 81 x 103 Dallas Mavericks (3 x 2)


Todo mundo aguardava com justa expectativa o jogo 5 da série entre San Antonio Spurs e Dallas Mavericks, com certeza a mais nivelada por cima da primeira rodada dos playoffs. Afinal, o Spurs conseguira a façanha de vencer o forte adversário três vezes seguidas e temia-se que o abatimento tomasse conta do time do falastrão Mark Cuban e os visitantes acabassem com tudo ali mesmo em Dallas. Mas não foi o que aconteceu.


O Spurs jogo pouco. E quando digo pouco, falo até em relação ao tempo em quadra de seu trio de estrelas, Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker, que jogaram apenas durante 24, 18 e 25 minutos, respectivamente. Sabem aquele ar sonso e desligado de Tim Duncan? Pois é, dessa vez não foi apenas “ar”, não, e parece ter contaminado o time todo. Deem uma olhada no ar de "o que que está acontecendo aqui?" de Ginobili na foto. Aparentemente, o não tão jovem e nem tão descansado Spurs resolveu guardar forças para jogar tudo no jogo 6, em San Antonio, e fechar a série em casa.

Focado e decidido, o Mavericks, com uma boa atuação coletiva e bem-vindos 35 pontos de Caron Butler, teve alguns problemas no primeiro tempo, mas acabou com o jogo muito antes do fim do terceiro quarto.

Resta saber se o San Antonio Spurs tem algum plano B para o caso de não vencer o jogo 6 e precisar decidir a vaga na semifinal da conferência no jogo 7, em Dallas.

NBA ► Com LeBron sentindo, Cavs sofre mais do que devia, mas despacha Bulls

Chicago Bulls 94 x 96 Cleveland Cavaliers (1 x 4)


Sabem aquela história tipo “de onde menos se espera é que surpresas acontecem”? Pois é. Numa terça-feira que prometia dois jogos equilibrados e duas barbadas, uma das barbadas é que foi o jogão.

O Chicago Bulls lutou desesperadamente e conseguiu reagir na partida e chegar junto do Cavaliers mesmo em Cleveland. Para isso contou com a infelicidade de LeBron James, que voltou a sentir muitas dores no cotovelo direito (o que o afastara de alguns jogos no final da temporada regular), a ponto de arremessar um lance livre com a mão esquerda a 7 segundos do fim... e errar.


LeBron ainda fez bons números, quase um novo triplo duplo, mas foram apenas 19 pontos. E esse é o maior problema do Cavs: 19 pontos de LeBron é pouco para o Cavs em uma partida pegada e mesmo o desesperado Bulls foi capaz de fazer frente à equipe de melhor campanha na NBA. Tivesse o Bulls um aproveitamento minimamente aceitável nos chutes de 3 (acertou apenas duas de 10 tentativas) e o resultado poderia ter sido outro. Antawn Jamison ajudou com seus 25 pontos. Delonte West deu uma força com 16. Mas quem precisa aparecer é Mo Williams, muito mal nesse último jogo da série, acertando apenas de dois de 13 arremessos de quadra. Nessa ainda deu, para alegria de nosso Anderson Varejão e Shaquille O'Neal (foto).

Se LeBron não estiver em plenas condições, Mo precisará fazer muito mais contra o Celtics. Ele pode e é o grande trunfo da equipe. Caso contrário o Cavalierss terá muitos problemas contra o veterano, mas decidido time de Kevin Garnett, Paul Pierce e Ray Allen.