Fim de papo no Campeonato Carioca. Depois de muitos pênaltis pra cá, pênaltis pra lá, juízes querendo aparecer aqui, outros ali, acabou dando Botafogo, que leva, com justiça, a faixa no ano do centenário de sua primeira conquista, em 1910, como o hino não nos deixa esquecer – mesmo torcedores de outros clubes.
Aqui registro uma pequena homenagem ao muito bom goleiro Jefferson. Há muitos goleiros de mídia no futebol brasileiro. E há goleiros que são apenas bons embaixo da trave, que trabalham duro sem favorecimentos e que nunca são cogitados para a seleção brasileira – enquanto alguns “gargantas” sempre são cotados -, mas que são respeitados por todos os torcedores, mesmo que não sejam do time que ele esteja defendendo. Entendo que Jefferson seja assim.
Na final contra o Flamengo, enquanto o goleiro rubro-negro, muito endeusado pela mídia, mostrava o seu tradicional destempero, Jefferson era um esteio de tranquilidade e segurança para os jogadores e a torcida alvinegra em um jogo tenso como toda decisão costuma ser.
Consistente em suas atuações, sóbrio, dotado de ótimos fundamentos, excelente profissional e – não menos importante - bom caráter, foi figura de destaque durante toda a campanha botafoguense, do mesmo modo que havia sido ano passado, quando foi o grande responsável pela permanência do Botafogo na primeira divisão do campeonato Brasileiro.
Na verdade, um jogador como Jefferson já é um campeão por si só. Por sua atitude, nem precisa de faixas. Porque são esses jogadores que deixam bons exemplos a serem seguidos na profissão e na vida.
Palavra de tricolor.
Blog que o jornalista David Telio Duarte utiliza como registro de memórias sobre assuntos de seu interesse, como esporte, política, cinema, escolas de samba ou qualquer coisa que lhe venha à cabeça.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
NBA ► Baixou o espírito da Conferência Leste na abertura dos playoffs da NBA
Todo mundo que acompanha o basquete norte-americano sabe que a Conferência Leste caracteriza-se pela defesa forte e agressiva dos times, o que resulta em placares baixos. Quem quiser ver espetáculo deve voltar-se para a Conferência Oeste – não é por acaso que Hollywood e suas estrelas estão lá, inclusive na quadra do Staples Center, onde o Los Angeles Lakers manda seus jogos. Nem nos tempos de Michael Jordan havia espetáculo no Leste. Havia Jordan, por si só um espetáculo, mas, no mais, “defesa, defesa, defesa”... Hoje o Leste continua na base do “defesa, defesa, defesa”, mas sem MJ. Mesmo LeBron James, com seus números arrasadores, não pratica um basquete vistoso. Seu talento é mais à base de sua incrível condição atlética que da elegância de seus movimentos. Um dia vou escrever mais sobre isso.
Enfim, placar centenário é muito mais comum na Conferência Oeste. Mas na abertura dos playoffs da temporada, o estilo leste predominou. Muita briga, muita defesa, placares baixos e apenas uma surpresa, já no fim da noite de domingo, no último jogo da primeira rodada, com o incrível exército Brancaleone de Portland superando o Suns no calor desértico de Phoenix, quebrando assim a vantagem de mando de quadra do time do nosso Leandrinho Barbosa.
O time do Portland Trail Blazers é “aquele que não devia estar ali”. Não faz qualquer sentido ter se classificado para os playoffs. Não pela falta de talento, mas pela incrível série de lesões que afetou a equipe ao longo da temporada. Houve jogo – e eu, por acaso, até vi – que seu banco era mais de figuração do que de reservas, já que quase todos os jogadores estavam sem condições de entrar em quadra. No momento, inclusive, está sem sua maior estrela, Brandon Roy. Mas qual o exército Brancaleone do filme de Mário Monicelli, o Trail Blazers finge que não é com ele e vai em frente, comandado pelos veteranos Andre Miller (na foto à esquerda) e Marcus Camby.
O time do Portland Trail Blazers é “aquele que não devia estar ali”. Não faz qualquer sentido ter se classificado para os playoffs. Não pela falta de talento, mas pela incrível série de lesões que afetou a equipe ao longo da temporada. Houve jogo – e eu, por acaso, até vi – que seu banco era mais de figuração do que de reservas, já que quase todos os jogadores estavam sem condições de entrar em quadra. No momento, inclusive, está sem sua maior estrela, Brandon Roy. Mas qual o exército Brancaleone do filme de Mário Monicelli, o Trail Blazers finge que não é com ele e vai em frente, comandado pelos veteranos Andre Miller (na foto à esquerda) e Marcus Camby.
Nos demais jogos, prevaleceu o mando de quadra. Cavaliers e Lakers trataram de focar a defesa e manter Bulls e Thunder, respectivamente, a uma distância segura no placar, com mais facilidade para o Cavs de LeBron, que jogou melhor e enfrentou um time já em seu limite. O campeão Lakers de Kobe Bryant teve mais trabalho. O Oklahoma City Thundercats é um time de jovens brilhantes e Kobe parece estar com seu dedo quebrado em condições cada vez piores. Mas a marcação de Ron Artest sobre o excelente garoto Kevin Durant (na foto aí à direita Artest é o do cabelinho...) funcionou e Pau Gasol no garrafão fez o resto. O Thunders até segurou o Lakers, um dos melhores ataques da NBA, em parcos 87 pontos, mas não conseguiu ir além de 79.
O único jogo de placar elevado mesmo veio do Oeste, como deve-se esperar. Nuggets e Jazz acertaram cerca de 55% de seus arremessos. Apesar da ótima atuação da dupla Deron Williams e Carlos Boozer, não deu para o Jazz. Carmelo Anthony foi um dos destaques da rodada, jogou muito e despejou 42 pontos na cesta adversária, sendo bem coadjuvado por muita gente, inclusive nosso Nenê. A primeira foto do post, inclusive, tem Nenê no "bola ao alto" do início do duelo.
O outro grande destaque individual do fim de semana foi o alemão Dirk Nowitzki, que comandou seu Mavericks a uma dura vitória sobre o sempre difícil de ser batido na hora do “vamos ver” San Antono Spurs. A estrela do Magic Dwight Howard não precisou aparecer – e não apareceu mesmo – na vitória do time de Orlando sobre os garotos do Bobcats. E o Atlanta Hawks manteve a primeira partida contra o Milwaukee Bucks sob controle.
O “pau cantou” da rodada foi, como não podia deixar de ser, entre Boston Celtics e Miami Heat, valendo muita força física para o Celtics fazer prevalecer seu mando, o que acabou custando uma suspensão de um jogo ao seu maior astro, o ala de força Kevin Garnett (o gigante ao lado), que deixou sobrar um cotovelo no rosto de um adversário durante um bafafá (“bafafá” pode?) no último quarto da partida.
Resultados (mando de quadra sempre do segundo time e entre parênteses o placar da série):
Chicago Bulls 83 x 96 Cleveland Cavaliers (0 x 1)
Milwaukee Bucks 92 x 102 Atlanta Hawks (0 x 1)
Miami Heat 76 x 85 Boston Celtics (0 x 1)
Utah Jazz 113 x 126 Denver Nuggets (0 x 1)
Oklahoma City Thundercats 79 x 87 Los Angeles Lakers (0 x 1)
Charlotte Bobcats 89 x 98 Orlando Magic (0 x 1)
San Antonio Spurs 94 x 100 Dallas Mavericks (0 x 1)
Portland Trail Blazers 105 x 100 Phoenix Suns (1 x 0)
Link para a página da NBA no site da ESPN: http://espn.go.com/nba/.
O “pau cantou” da rodada foi, como não podia deixar de ser, entre Boston Celtics e Miami Heat, valendo muita força física para o Celtics fazer prevalecer seu mando, o que acabou custando uma suspensão de um jogo ao seu maior astro, o ala de força Kevin Garnett (o gigante ao lado), que deixou sobrar um cotovelo no rosto de um adversário durante um bafafá (“bafafá” pode?) no último quarto da partida.
Resultados (mando de quadra sempre do segundo time e entre parênteses o placar da série):
Chicago Bulls 83 x 96 Cleveland Cavaliers (0 x 1)
Milwaukee Bucks 92 x 102 Atlanta Hawks (0 x 1)
Miami Heat 76 x 85 Boston Celtics (0 x 1)
Utah Jazz 113 x 126 Denver Nuggets (0 x 1)
Oklahoma City Thundercats 79 x 87 Los Angeles Lakers (0 x 1)
Charlotte Bobcats 89 x 98 Orlando Magic (0 x 1)
San Antonio Spurs 94 x 100 Dallas Mavericks (0 x 1)
Portland Trail Blazers 105 x 100 Phoenix Suns (1 x 0)
Link para a página da NBA no site da ESPN: http://espn.go.com/nba/.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
NBA ► Rufem os tambores: vai subir a bola para a maior competição do basquete mundial
Após uma quase sempre deliciosa (para nós, que assistimos; para quem joga é extenuante) maratona de 82 jogos para cada equipe, começam neste fim de semana os playoffs da liga profissional de basquete dos Estados Unidos, a NBA. Para quem acompanha e gosta do esporte, é o suprassumo.
Será que Kobe Bryant, Pau Gasol e companhia levarão os Lakers ao bicampeonato?
LeBron James finalmente conseguirá seu anel de campeão com o Cleveland Cavaliers?
Nenê, pelo Denver Nuggets, e Leandro Barbosa, do Phoenix Suns, conseguirão se tornar os primeiros brasileiros a chegar ao menos às finais da NBA?
Os cansados Boston Celtics e San Antonio Spurs terão pernas para mostrar a força de um passado ainda recente?
O Orlando Magic do Superman Dwight Howard vai novamente quebrar a banca do Cavaliers de LeBron na Conferência Leste?
Os novatos e abusados Charlotte Bobcats e Oklahoma Thunder conseguirão “zebrar” e passar da primeira fase ou ao menos conquistar as primeiras vitórias em playoffs de suas jovens histórias ainda nesta temporada?
Jerry Sloan, o eterno treinador do Utah Jazz, conseguirá fazer com que a dupla dinâmica Deron Williams e Carlos Boozer chegue aonde os lendários John Stockton e Kart Malone jamais chegaram?
Os Blazers de Portland conseguirão mostrar que são mais que “apenas” o pesadelo básico número 1 do Los Angeles Lakers?
O excelente alemão Dirk Nowtzki finalmente conseguirá dar um campeonato ao Dallas Mavericks do milionário e esportivo Mark Cuban?
Será que Kobe Bryant, Pau Gasol e companhia levarão os Lakers ao bicampeonato?
LeBron James finalmente conseguirá seu anel de campeão com o Cleveland Cavaliers?
Nenê, pelo Denver Nuggets, e Leandro Barbosa, do Phoenix Suns, conseguirão se tornar os primeiros brasileiros a chegar ao menos às finais da NBA?
Os cansados Boston Celtics e San Antonio Spurs terão pernas para mostrar a força de um passado ainda recente?
O Orlando Magic do Superman Dwight Howard vai novamente quebrar a banca do Cavaliers de LeBron na Conferência Leste?
Os novatos e abusados Charlotte Bobcats e Oklahoma Thunder conseguirão “zebrar” e passar da primeira fase ou ao menos conquistar as primeiras vitórias em playoffs de suas jovens histórias ainda nesta temporada?
Jerry Sloan, o eterno treinador do Utah Jazz, conseguirá fazer com que a dupla dinâmica Deron Williams e Carlos Boozer chegue aonde os lendários John Stockton e Kart Malone jamais chegaram?
Os Blazers de Portland conseguirão mostrar que são mais que “apenas” o pesadelo básico número 1 do Los Angeles Lakers?
O excelente alemão Dirk Nowtzki finalmente conseguirá dar um campeonato ao Dallas Mavericks do milionário e esportivo Mark Cuban?
Dwane Wade conseguirá operar um milagre em Miami e lavar o Heat a um novo título?
Atlanta Hawks, Milwaukee Bucks e Chicago Bulls serão mais que meros figurantes?
Essas e outras respostas a partir da tarde deste sábado nas melhores redes de TV e sites da internet.
Para quem quiser se divertir um pouco com previsões estatísticas, uma página do site da ESPN com diversas simulações: http://espn.go.com/nba/playoffs/predictions.
Atlanta Hawks, Milwaukee Bucks e Chicago Bulls serão mais que meros figurantes?
Essas e outras respostas a partir da tarde deste sábado nas melhores redes de TV e sites da internet.
Para quem quiser se divertir um pouco com previsões estatísticas, uma página do site da ESPN com diversas simulações: http://espn.go.com/nba/playoffs/predictions.
FUTEBOL ► Eta futebolzinho cheio de maus exemplos, hein?
Depois do caso dos “meninos da Vila” (que, fosse no meu tempo de criança, poderia chamar ironicamente e de maneira politicamente incorreta de “meninos da Funabem”), mais um grande exemplo de mau comportamento vindo do futebol. Não satisfeito em chamar de “macaco” o adversário Manoel, do Atlético Paranaense, durante jogo da Copa do Brasil no meio da semana, o meia Danilo, do Palmeiras, foi além e disparou uma covarde e abjeta cusparada no colega de profissão.
Depois Danilo pediu desculpas, disse que são coisas do futebol, estava de cabeça quente e tal. Desculpas vindas do coração são sempre de se louvar. E até acredito que Danilo esteja sinceramente arrependido. Mas não pode ficar impune.
O “macaco” ainda pode encontrar quem justifique, na base do “tem gente que vive chamando mulher de ‘loura burra’ por aí até brincando, imagine o que não se diz de cabeça quente...". Se bem que não me lembro de qualquer caso de um jogador louro ter sido ofendido assim em campo. Mas a cusparada é como batom na cueca, coloca o assassino na cena do crime. Não há desculpa.
No vídeo, o revide (cabeçada) de Manoel após o “macaco” e a cusparada à queima-roupa.
Ainda bem que ele não estava armado, não é mesmo? Senão ele atirava no adversário e depois... pediria desculpas. Como assassinos o fazem. Por isso não pode ficar impune. É um profissional, precisa saber se controlar. E, se possível, dar bons exemplos. E isso vale para todos.
O “macaco” ainda pode encontrar quem justifique, na base do “tem gente que vive chamando mulher de ‘loura burra’ por aí até brincando, imagine o que não se diz de cabeça quente...". Se bem que não me lembro de qualquer caso de um jogador louro ter sido ofendido assim em campo. Mas a cusparada é como batom na cueca, coloca o assassino na cena do crime. Não há desculpa.
No vídeo, o revide (cabeçada) de Manoel após o “macaco” e a cusparada à queima-roupa.
Ainda bem que ele não estava armado, não é mesmo? Senão ele atirava no adversário e depois... pediria desculpas. Como assassinos o fazem. Por isso não pode ficar impune. É um profissional, precisa saber se controlar. E, se possível, dar bons exemplos. E isso vale para todos.
BRASIL ► Brincando com dinheiro de mentirinha: ingenuidade ou maldade mesmo?
Será que alguém realmente acredita que o dinheiro que “aparecerá” para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 está disponível por aí no orçamento da União? Que esse dinheiro está guardado num cofre, embaixo de uma cama ou mesmo numa cueca e poderia ser usado para construir casas para os desabrigados no Rio de Janeiro, por exemplo?
Mais claro: esse dinheiro existe – ou existirá - sem esses eventos? Não, né? É cada coisa boba que a gente lê por aí por parte até de gente séria...
Mais claro: esse dinheiro existe – ou existirá - sem esses eventos? Não, né? É cada coisa boba que a gente lê por aí por parte até de gente séria...
Ou seja: esse dinheiro especificamente não existe nem vai existir sem esses eventos. Melhor aproveitar os bônus que possam surgir de duas grandes competições esportivas e o que efetivamente for realizado para a melhoria da qualidade de vida nas cidades envolvidas.
Melhor do que nada.
Melhor do que nada.
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