quarta-feira, 19 de maio de 2010

NBA ► Só magia para salvar mesmo: Boston Celtics vence novamente em Orlando e abre 2 x 0 sobre o Magic na final da Conferência Leste

Boston Celtics 95 x 92 Orlando Magic
Final Conferência Leste
(2 x 0)

Mais uma vez o Boston Celtics fez prevalecer a força de seu jogo coletivo e de sua camisa em momentos de decisão e, mesmo atuando fora de casa, derrotou o Orlando Magic no jogo 2 da série que decide o campeão da Conferência Leste da NBA. Agora o time dos três mosqueteiros Ray Allen, Kevin Garnett e Paul Pierce e do “D’Artagnan” Rajon Rondo volta para Boston apenas precisando manter seu mando de quadra para eliminar o adversário. Resta ao time de Dwight Howard tirar não um, mas muitos coelhos da cartola para reverter essa situação.

O time de Orlando simplesmente não consegue impor seu jogo sobre a defesa de Boston. Como a série tem se desenrolado, com jogo de meia quadra controlado e em ritmo bem cadenciado, a vantagem é toda do Celtics, que em circunstâncias assim faz valer o peso de seu jogo coletivo (expressão repetida, eu sei...) e de sua experiência para vencer as partidas. Para usar um termo bem na moda, podemos dizer que a série desenrola-se todamente dentro da zona de conforto do Boston Celtics.

A prova disso foi o final da partida, única parte que pude assistir ao vivo. O time do Magic apenas não sabia o que fazer com a bola naqueles momentos decisivos. Após Paul Pierce marcar a 34 segundos do fim, através de lances livres, os dois últimos pontos do Celtics na partida, abrindo três de vantagem, o Magic teve todas as chances do mundo (expressão clichê!) para ao menos levar a partida para a prorrogação. Mas fez tudo errado.

Primeiro, Vince Carter. Coroando uma atuação bem fraquinha (acertou apenas cinco de 15 arremessos de quadra), o veterano armador fez a gentileza de errar dois lances livres após a sexta falta de Paul Pierce, com o cronômetro marcando 31 segundos. O Celtics, claro, agradeceu e trabalhou os 24 segundos a que tinha direito (o Magic optou por não fazer a falta, até porque na maior parte desse tempo a bola esteve nas mãos de Ray Allen), até que Garnett errou o arremesso faltando oito segundos para a campainha final. Ora, até um jogador da categoria fraldinha sabe que o Magic tinha que pedir tempo assim que metesse a mão na bola. Todo mundo sabe disso – menos, aparentemente, J.J. Redick, que até então contribuíra com interessantes 16 pontos vindo do banco.

O bom calouro de Orlando (foto) perdeu preciosos segundinhos batendo a bola e quando seu time voltou do pedido de tempo tinha apenas três segundos para definir a jogada. E uma jogada mal feita. Na reposição, o mesmo Redick teve chance de colocar a bola nas mãos de Rashard Lewis, bem colocado na esquerda para um tiro final de três. Lewis fazia uma partida ridiculamente pífia (apenas cinco pontos), mas já estivera nessa situação antes e decidira jogos assim no passado. Mas Redick relutou e fez a péssima opção de colocar a bola nas mãos de Jameer Nelson, que estava quase no meio da quadra. E Nelson precipitou-se, chutando de muito longe, quando poderia ter ganho poucos, mas importantes metros antes de mandar o verdadeiro pombo sem asas que definiu a – má – sorte de seu time no jogo e, provavelmente, em toda a série.

No Magic, Dwight Howard foi o púnico jogador a quem o Celtics não impediu jogar. O pivô recuperou-se da péssima atuação anterior e assinalou 30 pontos, pegando ainda oito rebotes. O resto do time foi muito mal, salvando-se um pouco apenas – ao menos até os trinta segundos finais - J.J. Redick, que além dos 16 pontos, fez quatro assistências e contribuiu com cinco rebotes.

Pelo time do Celtics, destaques mesmo, daqueles que aparecem nas estatísticas, apenas para Paul Pierce, que voltou a jogar bem e marcou 28 pontos (mais cinco rebotes e cinco assistências) e Rajon Rondo (foto), com seus 25 pontos, oito assistências e cinco rebotes. Provando a força coletiva da equipe, Ray Allen e Kevin Garnett produziram muito pouco. Allen, na verdade, quase nada fez. O Celtics mostrou de novo que não é um time que dependa de grandes atuações individuais e isso é um interessante trunfo que tem em mãos.

Eu ficaria muito surpreso se a série voltasse a Orlando. Para que isso aconteça, o Magic vai ter que estar com sua artilharia aérea muito afiada, pois as bolas de três parecem ser sua única salvação contra um time que simplesmente não o tem deixado jogar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

NBA ► Kobe, Odom, Gasol... Foi demais para o Phoenix Suns: Los Angeles Lakers sai na frente na final da Conferência Oeste

Phoenix Suns 107 x 128 Los Angeles Lakers
Final Conferência Oeste
(0 x 1)

Quem porventura estiver lendo, peço desculpas, mas o post estava pronto quando rolou um tilt aqui (um problema na peça que fica entre a cadeira e o teclado) e perdi todo o texto. Tentando recapitular...
Não é que o Phoenix Suns tenha atuado tão mal assim. O time de Steve Nash, Amare Stoudemire & Cia começou bem, impondo seu ritmo veloz de jogo e esteve à frente no placar até restar quatro minutos e meio para o fim do primeiro quarto: 22 x 19. Mas daí para frente, com Kobe Bryant e Lamar Odom à frente, o Lakers tomou conta do jogo e pontuou 18 vezes até a campanhia soar, contra apenas quatro do Suns, que ainda conseguiu reduzir a diferença para sete pontos antes do intervalo. Mas no terceiro quarto Kobe foi simplesmente demolidor: jogando em modo playoff, marcou 21 pontos contra 24 de todo o time adversário e acabou com o jogo. E isso porque passou a semana inteira sem treinar, apenas cuidando de seu joelho direito, o mesmo que o tirou das últimas partidas da temporada regular. Vejam na foto a intensidade da marcação de Jason Richardson (a mão cara dele) e Kobe ainda assim converte o arremesso. Incrível, não?

Além de Kobe, Odom (foto) também foi espetacular, conseguindo 19 pontos e nada menos que 19 rebotes. Antes da partida Odom prometeu ser agressivo o tempo inteiro - e foi. Gasol também dominou o garrafão ofensivo, acertando 10 de seus treze ataques à cesta e terminando com 21 pontos. Vejam que o trio Kobe-Odom-Gasol marcou 80 pontos. Já escrevi uma vez aqui neste espaço: com seus homens grandes jogando bem e dominando o garrafão (como Gasol e Odom fizeram ontem), o Lakers é um time muito difícil de ser batido, porque sempre pode contar com Kobe para completar o serviço.

Como disse no início, o Phoenix não jogou tão mal assim. Apesar da luta inglória no garrafão (só conseguiu três rebotes), Stoudemire ainda marcou 23 pontos. Nash fez 13 assistências, mas seus 13 pontos foram muito poucos para as necessidades do time. Outros quatro jogadores pontuaram em duplo dígito, com destaque para a volta do pivô Robin Lopez, marcando 14 pontos e pegando seis rebotes após ficar cerca de um mês e meio fora das quadras. E o time ainda levou boa vantagem no número de lances livres: 32 x 22. Mas tudo muito razoável para uma partida normal, contra um adversário normal, em circunstâncias normais, ou seja: tudo o que uma partida de playoff não é. Principalmente, o time sentiu falta de uma de suas maiores qualidades: os chutes de três, acertando apenas cinco em 22 tentativas. Channing Frye (foto), por exemplo, acertou apenas de um de sete arremessos de três, seus únicos três pontos no jogo.

Kobe Bryant declarou após o jogo que o Suns errou arremessos sem marcação que tem acertado durante toda a pós-temporada e não espera que isso ocorra novamente. Mas o Suns precisará de mais, precisará impor seu ritmo veloz para que o Lakers não se sinta confortável para controlar o jogo. Parar Kobe é algo que depende muito mais do próprio Kobe do que do esforço adversário, que, dependendo do dia do astro, apenas vai poder tentar diminuir seu estrago. Mas o Suns pode tentar congestionar o garrafão, como o Oklahoma City Thundercats fez com sucesso em alguns momentos da série contra o Lakers, dificultando assim o trabalho de Odom, Gasol e do contundido - mas ainda assim espaçoso - Andrew Bynum. Mas de nada valerá o esforço se as bolas de três não caírem. Sem elas, o Suns não tem chance na série. Parafraseando uma máxima americana: “No three, no gain.”

Pelo lado de Los Angeles, li em algum site americano um colunista supor que o sonho de Phil Jackson seria acabar a série o mais rápido possível, para assim ter mais tempo de recuperar seu elenco, especificamente Kobe e Bynum. Faz sentido para um Lakers que encontra nesta final de conferência algumas semelhanças com seu duelo anterior contra o Utah Jazz: tem pela frente um time talentoso, veloz e pontuador, mas que aparentemente não tem respostas para o tamanho e a força de Gasol, Odom e Bynum nem para o talento de Kobe.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

NBA ► Embalado, Celtics bate Magic em Orlando e rouba mando de quadra

Boston Celtics 92 x 88 Orlando Magic
Final Conferência Leste
(1 x 0)

Embalado após superar o Cleveland Cavaliers de LeBron James na semifinal, o Boston Celtics foi a Orlando e, à base de uma forte defesa, derrotou o Magic na primeira partida da final da Conferência Leste da NBA.

Talvez tenha sido a vitória do ritmo de jogo do Celtics sobre o descansado Magic, que assim conheceu sua primeira derrota nos playoffs desta temporada, já que havia varrido Charlotte Bobcats e Atlanta Hawks nas fases anteriores. Ou apenas tenha sido mais uma vitória de um time e uma franquia mais acostumados a decidir e vencer.

Paul Pierce voltou a produzir bem (22 pontos, nove rebotes e cinco assistências), o que faz uma baita diferença a favor do Celtics, mesmo em um dia em que Kevin Garnett arremesse muito abaixo de seus padrões (apenas quatro arremessos convertidos em 14). Também ajudou a compensar a má jornada do líder do time os bem-vindos 13 pontos de Rasheed Wallace, ainda assim jogando abaixo do que se espera. Além, claro, da boa partida de Ray Allen (foto), com seus 25 pontos e sete rebotes. Destaque na série anterior, Rajon Rondo foi apenas discreto. Principalmente, como costuma ser, o Celtics foi uma equipe de conjunto muito forte na defesa e competente no ataque.

Esse negócio de falta de ritmo de jogo eu acho meio questionável como desculpa para eventuais derrotas. Afina, o adversário estaria bem cansado. Mas que o Orlando Magic estava meio desconjuntado, isso lá estava. E inseguro. As jogadas não fluíam naturalmente e Dwight Howard fez uma partida horrível. Apesar de seus 12 rebotes, acertou apenas três de seus 10 arremessos e converteu sete erros não forçados. Foi uma atuação tão crítica de Howard que a torcida local deve ter lamentado o pouco tempo em quadra de seu reserva, o gigante polonês Marcin Gortat: com apenas 14 minutos em quadra, fez seis pontos (acertou três em três) e pegou cinco rebotes. Mas pior que o Super-Homem, foi Rashard Lewis: míseros seis pontos, acertando dois de 10 arremessos! O que ainda manteve as esperanças do time foi o esforço da dupla Vince Carter (23 pontos, enterrando na foto), muito ligado desde o início, e Jameer Nelson (20 pontos e nove assistências).

Terça-feira tem mais e o Magic com certeza entrará com outra atitude. Caso contrário, corre o risco de ser engolido na série.

domingo, 16 de maio de 2010

FÓRMULA 1 ► Mark Webber vence romaria no GP de Mônaco

O Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 justifica-se – e muito – por sua história, charme e tradição. E só. Num circuito onde é praticamente impossível ultrapassar, ainda mais nos dias excessivamente corretos da F1 de hoje, onde nem um toque roda a roda em disputa de posição é permitido sem que a situação fique “sob investigação”, a corrida começa e termina na largada. O quadro só muda de figura através de paradas nos boxes e acidentes, sejam eles por falhas humanas ou mecânicas.

Assim, Mark Webber largou na frente e completou as 78 voltas em primeiro, novamente fazendo dobradinha com o colega de equipe Sebastian Vettel. O ótimo polonês Robert Kubica completou o pódio. Felipe Massa chegou logo atrás. Depois de largar em último e beneficiar-se de uma bandeira amarela na qual fez as obrigatórias trocas de pneus (uma bobagem da F1) logo na volta inicial, Fernando Alonso chegaria em sexto, não perdesse o controle de seu carro na última curva, assim que o safety car deixou a pista após uma nova bandeira amarela, e fosse ultrapassado por Michael Schumacher. Mais tarde, Schumacher foi punido pela manobra e acabou em 12º lugar, enquanto Alonso ficou em sexto.

Rubinho Barrichello fez uma grande corrida. Ou seja: largou muito bem, saindo do nono para o sexto lugar. Mas um pit stop ruim já o recolocou na pista mais atrás e logo depois um problema na suspensão do carro o tirou da prova, ainda antes de sua metade.

Caixões voadores

Aliás, fala sério: a Williams deixou seus dois pilotos viverem fortes e perigosas emoções em Mônaco. Os dois praticamente tornaram-se passageiros em seus bólidos, sem nenhum controle sobre o carro, em dois trechos de altíssima velocidade. Primeiro com o alemão Nico Hulkenberg dentro do túnel, logo na volta inicial. Depois, com Rubinho. Que coisa...

E foram esses os únicos acidentes a valer o registro, até a colisão entre os rabeiras Karun Chandhok e Jarno Trulli a três voltas do fim que fez a corrida praticamente terminar sob bandeira amarela.

Colocação final do GP de Mônaco:

1º) Mark Webber (AUS/Red Bull): 1h50min13s355
2º) Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): a 0s448
3º) Robert Kubica (POL/Renault): a 1s675
4º) Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 2s666
5º) Lewis Hamilton (ING/McLaren): a 4s363
6º) Fernando Alonso (ESP/Ferrari): a 6s341
7º) Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a 6s651
8º) Adrian Sutil (ALE/Force India): a 6s970
9º) Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India): a 7s305
10º) Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): a 8s199
11º) Jaimes Alguersuari (ESP/Toro Rosso): a 9s135
12º) Michael Schumacher (ALE/Mercedes): a 5s712  * punido pela manobra de ultrapassagem sob bandeira amarela sobre Fernando Alonso na última volta.

Não chegaram:

13°) Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 5 voltas do fim
14°) Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 8 voltas do fim
15°) Karun Chandhok (IND/Hispania) - a 8 voltas do fim
16°) Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 20 voltas do fim
17°) Bruno Senna (BRA/Hispania) - a 20 voltas do fim
18°) Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 48 voltas do fim
19°) Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 52 voltas do fim
20°) Lucas Di Grassi (BRA/Virgin) - a 53 voltas do fim
21º) Timo Glock (ALE/Virgin) - a 56 voltas do fim
22º) Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - a 57 voltas do fim
23°) Jenson Button (ING/McLaren) - a 76 voltas do fim
24º) Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - a 78 voltas do fim

Classificação do Mundial de Pilotos após seis provas:

1º) Mark Webber - 78
2º) Sebastian Vettel - 78
3º) Fernando Alonso - 73
4º) Jenson Button - 70
5º) Felipe Massa - 61
6º) Robert Kubica - 59
7º) Lewis Hamilton - 59
8º) Nico Rosberg - 54
9º) Michael Schumacher - 30
10º) Adrian Sutil - 18
11º) Vitantonio Liuzzi - 9
12º) Rubens Barrichello - 7
13º) Vitaly Petrov - 6
14º) Jaime Alguersuari - 3
15º) Nico Hulkenberg - 1

sexta-feira, 14 de maio de 2010

NBA ► Boston Celtics fecha a série contra o Celveland Cavaliers e faz final da Conferência Leste contra o Orlando Magic

Cleveland Cavaliers 85 x 94 Boston Celtics
Semifinal Conferência Leste
(2 x 4)

Meu amigo Fábio Balassiano escreveu no seu conceituado blog Bala na Cesta (o link está aí ao lado) sobre as chances do Cleveland Cavaliers no jogo 6 contra o Celtics, em Boston: "...Além disso, e isso é muito óbvio, LeBron James precisa jogar muita, mas muita bola (mais de 35 pontos provavelmente)." Ô, boca, hein? É coisa de quem sabe.

LeBron conseguiu nada menos que 19 rebotes e fez 10 assistências, mas cometeu nove
turnovers e acertou apenas oito de 21 arremessos de quadra, marcando 27 pontos, o que foi pouco: tivesse conseguido os "mais de 35 pontos" que o Bala disse e o Cavs talvez garantisse ao menos uma prorrogação.

Quem não tinha nada a ver com isso era o Celtics, que jogou com muita intensidade e, apesar de também ter tido um baixo aproveitamento no último quarto, fez o que se espera de um time de Boston jogando em casa numa situação dessas: fechou a série. Agora os verdes encaram o Orlando Magic na grande final da Conferência Leste.

Rajon Rondo (21 pontos e 12 assistências e cinco roubos de bola) e Kevin Garnett (22 pontos, 12 rebotes e nenhum erro) comandaram o Celtics. Paul Pierce (foto) voltou a ser bastante agressivo, mas errou bastante, acertando apenas quatro de seus 13 arremessos e Ray Allen foi ainda mais discreto: apenas oito pontos, com dois de seus chutes dando rede. Valeu mais a força de conjunto do time, que fez ótimo trabalho defensivo.

No Cavaliers, Mo Williams deixou seus 22 pontos e o veterano Shaquille O'Neal contribuiu com 11. Pude assistir apenas ao primeiro quarto quase inteiro e a algumas partes do segundo tempo. Achei o time, como um todo, sem confiança, embora sem nunca deixar de lutar. LeBron forçou o jogo desde o início, mas não parecia muito seguro. O Fábio Balassiano fez uma observação muito interessante: nos dois minutos finais, LeBron acertou duas bolas de três e derrubou a vantagem do Celtics para quatro pontos. Nos dois decisivos ataques seguintes, ele deixou de chutar para tentar o passe e errou. Enfim, mesmo quando chegava junto no placar, o Cavs não me passou em nenhum momento a impressão de que poderia vencer o jogo. E não venceu.

Agora fica a expectativa pelo futuro de LeBron, provavelmente longe de Cleveland. Até porque, ao contrário do que acontece com Dwyane Wade em relação ao Miami Heat, onde a torcida faz questão da permanência de seu ídolo, não vejo, até o momento, a mesma reação por parte dos torcedores de Cleveland em relação a LeBron. Além do New York Knicks, o Chicago Bulls também sonha em contar com o duas vezes MVP da NBA.

Quanto ao Celtics... O Celtics chega forte e confiante para enfrentar o Magic. Os verdes assim são um problema para qualquer time em qualquer época. Jogam duro, estilo "se-me-provocar-viro-o-Hulk" e jamais se intimidam. Resta ver como vai reagir fisicamente ao esforço dessa série contra o Cavs, pois o Magic está bem mais descansado e Allen, Pierce e Garnett já não são mais exatamente uns garotos.

Para o Magic, fica o desafio de mostrar seu jogo e ignorar a força e a camisa do adversário. Basquete, o time tem. Fisicamente está tinindo e tem se mostrado bastante consistente. Acho que a parte física pode fazer alguma diferença em favor do Magic, principalmente se a série se estender a sete jogos - e não há como imaginar que ela acabe em apenas quatro ou cinco. Mas nenhum playoff contra o Boston Celtics pode ser encarado sem muitos cuidados, com todo a concentração possível. E isso em qualquer circunstância, mesmo que os verdes tenham eventualmente um time inferior. Perguntem sobre isso em Los Angeles.