terça-feira, 11 de maio de 2010

AUTOMOBILISMO ► Deu na internet: "Abre o olho, Stock Car!"

Vejam o post publicado por Erich Beting em seu blog (http://negociosdoesporte.blog.uol.com.br/).


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03/05/2010
Abre o olho, Stock Car!

"Cortar a transmissão da Stock Car a 3 minutos do fim é muito frustrante. Até desliguei a TV". A frase é de Rubens Barrichello, piloto de Fórmula 1 e entusiasta da Stock, às 10h51 de domingo. Foi postada em seu perfil no Twitter. E revela o risco da Stock Car de acabar como produto esportivo no longo prazo.

Há dois anos, a Stock se vangloriava de ser o benchmark para o automobilismo nacional. A categoria tinha suas 12 etapas transmitidas ao vivo na Globo (sendo quatro provas aos sábados), havia acabado de fechar com a Nextel como patrocinador principal da categoria e, mais do que isso, já conseguia oferecer uma alternativa viável para o piloto brasileiro construir a carreira dentro do próprio país.

No ano seguinte, caiu o número de provas ao vivo na TV aberta: foram oito, sendo que as quatro que aconteciam aos sábados passaram para o domingo, para permitir aos patrocinadores mais tempo para a realização de ações promocionais. Até aí, menos mal. Uma coisa compensava a outra.

Mas, hoje, a situação é preocupante, para não dizer outra coisa. Nenhuma prova é transmitida na íntegra em TV aberta, o patrocínio da Nextel deu lugar ao da Caixa (nada contra, mas a Stock perdeu o apoio da iniciativa privada para ter o aporte de uma empresa estatal, eterna "anjo da guarda" do esporte brasileiro) e cada vez menos os pilotos têm a certeza de que terão patrocínio garantido para os seus carros.

Para piorar, o apoio incondicional da Globo já não é tão grande assim. A emissora continua a vender o pacote para a Stock Car como parceira da competição. O patrocinador paga cerca de R$ 3 milhões para estar na categoria e cerca de duas vezes isso para estar também nos veículos da Rede Globo (TV aberta, TV fechada e site) que fazem a cobertura da categoria. Mas a parceria tem de ir além da venda comercial da Stock. É inadmissível que o esporte permita ter a transmissão de sua prova encerrada com três minutos de antecedência. Ou que o canal a cabo, com 24 horas de programação, não transmita a prova ao vivo, enquanto exibe, no mesmo horário, um documentário sobre futebol...

Ou a Stock Car abre o olho, ou vai perder o status de grande categoria do automobilismo. Sim, continua sendo mais negócio ter a Globo como parceira. Principalmente pela qualidade na geração de imagens das provas. Mas de que adianta ter boa qualidade de imagens se elas não vão ao ar quando devem?

Esse é só mais um dos dilemas que se apresentam para os gestores da Stock.

Nos próximos anos, esse modelo de total obediência à TV vai se revelar um tiro no pé. A Stock tem história, apoio e potencial para exigir mais de seu parceiro de transmissão. Ou para procurar alguém que seja, de fato, um parceiro dela.

Por Erich Beting às 18h35

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Como comentei lá no espaço do jornalista, trata-se de mais um exemplo do procedimento padrão da emissora do jardim Botânico, que no momento deve estar apenas preocupada em evitar que o produto Stock Car caia nas mãos da concorrência, pouco preocupando-se em divulgá-lo.

A interrupção da transmissão da corrida a três voltas do fim já diz tudo.
 

NBA ► Los Angeles Lakers vence fácil, varre Utah Jazz e faz final da Conferência Oeste contra o Phoenix Suns

Los Angeles Lakers 111 x 96 Utah Jazz
Semifinal Conferência Oeste
(4 x 0)

O Los Angeles Lakers não quis deixar para amanhã o que podia fazer ontem. Depois de um início equilibrado, logo tomou conta da partida, abriu mais de 20 pontos de vantagem no segundo quarto, calou a barulhenta torcida de Salt Lake City e depois tocou, quero dizer, quicou a bola até o final. A surpreendentemente tranquila vitória garantiu uma rara varrida na gloriosa história da franquia californiana. Apesar de todos seus títulos e jogos de pós-temporada disputados, foi apenas a 12ª vez que o Lakers varre um adversário numa série de playoffs.

Justiça seja feita, o Utah Jazz de Deron Williams e Carlos Boozer lutou sempre e, à exceção desta última partida, jogou bem a maioria do tempo. Mas não deu, como resumiu um desapontado Deron Williams: "Eles simplesmente são melhores que nós." E ontem o Jazz ainda deu o azar de pegar o Lakers em uma grande noite. Segundo o próprio treinador Phil Jackson, uma das melhores atuações do time sob seu comando. Mesmo quando o Jazz conseguiu, com muito esforço, reduzir para seis pontos a diferença no terceiro quarto, o Lakers tinha muita reerva de jogo para engrenar novamente, além de Pau Gasol (foto) e Kobe Bryant inspirados.

Gasol terminou o jogo com 33 pontos e 14 rebotes, dominando o garrafão. Kobe dominou o jogo, jogando e fazendo jogar, fechando com mais de 30 pontos a 5ª partida consecutiva. Mas todo o time funcionou bem, com especial destaque para Shannon Brown, saindo do banco com muita intensidade e anotando importantes 12 pontos. O Lakers deixou a nítida impressão de ser um time muito difícil de ser batido quando seus homens grandes estão bem e dominam o garrafão, já que o jogo de fora pode ser garantido por Kobe e por providenciais intervenções de Derek Fisher e Ron Artest.

No Jazz, o talentoso Williams (foto) marcou 21 pontos e fez 9 assistências. Vindo do banco, Paul Millsap foi o melhor do time, anotando 21 pontos e pegando seis rebotes. Boozer, que dizem pode ter feito sua última partida pelo time de Salt Lake City, travou luta inglória contra os homens grandes do garrafão adversário, conseguiu apenas 10 pontos, mas ainda arrumou 14 rebotes.

Com a varrida, o Lakers conseguiu também importante semana de folga para o joelho de Andrew Bynum, o ombro de Artest, o dedo, o joelho e o tornozelo de Kobe e outras contusões espalhadas pelo elenco. Segunda-feira que vem começa a final da Conferência Oeste contra o Phoenix Suns. E o baixo garrafão do time do Arizona pode ter muitos problemas para conter Gasol, Bynum e Lamer Odom.

Para quem não lembra, o Suns impôs duas dolorosas derrotas ao Lakers nos playoffs de 2006 e 2007. Na primeira, um limitadíssimo Lakers de Kwame Brown e Smush Parker, mas carregado por Kobe, levou uma virada na série após abrir surpreendente vantagem de 3 x 1. Na segunda, uma surra inapelável. Como se diz por aí, quem apanha não esquece e Lamar Odom, que estava com Kobe e talvez fosse o único jogador de verdade naquele fraco elenco, já avisou que tem memória de elefante. Se eu fosse o pessoal do Arizona, ficava bem esperto.

NBA ► Varre, varre, vassourinha: Orlando Magic derrota novamente Atlanta Hawks e varre mais um na NBA

Orlando Magic 98 x 84 Atlanta Hawks

Semifinal Conferência Leste

(4 x 0)

Após passar pelo Milwaukee Bucks por 4 x 0 na primeira rodada dos playoffs da NBA, o Orlando Magic repetiu o resultado contra o Atlanta Hawks, varrendo assim mais um adversário e garantindo vaga na final da Conferência Leste. Agora o Magic aguarda o vencedor da série entre Cleveland Cavaliers e Boston Celtics, no momento empatada em 2 x 2.

O Magic venceu nada menos que 27 de suas últimas 30 partidas e vem praticando um basquete de alto nível. Ontem não foi diferente: abriu frente já no primeiro quarto e segurou qualquer animação maior do time da casa. Sem muitas opções, restou ao Hawks lutar, mas sem jamais sequer ameaçar a vitória adversária.

No Magic do treinador Stan Van Gundy (foto), atuações consistentes, embora sem brilho particular, de toda a equipe. No abatido Hawks, só a luta mesmo. E fica a decepção: entrando nos playoffs como um time bastante consistente, o Atlanta Hawks peno para passar em sete jogos pelo inferior Milwaukee Bucks e foi simplesmente arrasado pelo Orlando Magic, sem esboçar qualquer poder reação.

Segue o Magic na luta. É o meu favorito para o título da Conferência Leste. Segue com seu forte jogo de fora do ano passado e desenvolveu-se bastante dentro do garrafão. Mas claro que esse suposto favoritismo pode não querer dizer muita coisa, já que o Cleveland Cavaliers tem LeBron Ja,es e o Bosto Celtics... Ora, bolas: o Boston Celtics é o Boston Celtics, por isso enroscou uma série que muitos achavam tranquila para o Cavs. Mas que venham quente, porque o Magic do Super-Homem Dwight Howard está fervendo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

FÓRMULA 1 ► GP de Barcelona: ô corridinha chata!

Disse para mim mesmo que só veria essa corrida se chovesse. Não choveu e ainda fiquei lá, olhando para o nada, já que nada acontecia. O Grande Prêmio de Barcelona de Fórmula 1 é incrivelmente chato. Como alguém desenha um circuito sem pontos de ultrapassagem como esse?

Para se ter uma ideia, após sua segunda parada nos boxes, Nico Rosberg, novamente de pneus lisos, voltou em 16º lugar. Ele era um dos mais velozes da pista e girava quase dois segundos mais rápido que Nico Hülkenberg ,que era o 15º. Rosberg rapidamente alcançou Hülkenberg, mas levou voltas e mais voltas para conseguir ultrapassar o adversário, muito mais lento que ele.

O da frente não querendo, é praticamente impossível. Michael Schumacher brincou defendendo sua posição contra os infrutíferos ataques de Jenson Button. É como subir o Alto da Boa Vista com um ônibus lento e mal intencionado à frente: você simplesmente não consegue passar.

Barcelona é um circuito de Mônaco sem o charme e a tradição que justificam a presença do do rico principado no circo da Fórmula 1.

No que houve de corrida, largando bem, Mark Weber saiu na frente e, lógico, venceu. Competente, Fernando Alonso chegou em segundo e um azarado Sebastian Vettel, novamente com problemas de freio, completou o pódio. Mais azarado ainda foi Lewis Hamilton. O cada vez mais empolgante piloto inglês (alguém tem que distrair o espectador nessa categoria, né?) teve um pneu furado na última volta e perdeu seu lugarzinho no pódio.

Entre os brasileiros, Felipe Massa foi discretíssimo e chegou em 6º. Após uma complicada sessão classificatória, com direito até a rajada de pedras, o que o fez sair em 17º, Rubens Barrichello se fez valer de uma boa largada para chegar em 9º. Bruno Senna e Luca di Grassi seguem seu calvário.

NBA ► Da série "acredite se quiser": Phoenix Suns varre San Antonio Spurs e está na final da Conferência Oeste

Phoenix Suns 107 x 101 San Antonio Spurs
Semifinal Conferência Oeste
(4 x 0)


Jogando em Santo Antônio, o Phoenix Suns espantou de vez todos seus fantasmas ao vencer novamente e varrer o adversário na disputa por uma vaga na final da Conferência Oeste, fechando a série em inapeláveis 4 x 0.

Desta vez, Steve Nash (20 pontos e nove assistências) e Amare Stoudemire (29 pontos), lideraram o time, que contou com valiosa ajuda do calouro reserva Jared Dudley e seus 16 pontos. Goran Dragic, herói improvável do jogo 3, voltou à condição de reles mortal, anotando apenas seis pontos desta vez.

Pelo lado do Spurs, Ginobilli foi uma desgraça ofensiva (acertou apenas dois de 11 arremessos), apesar de contribuir com nove assistências e 15 pontos, a maioria vindos da linha de lance livre. O baleado Tony Parker (foto) ainda conseguiu 22 pontos, cinco assistências e cinco rebotes e Tim Duncan fez mais 17 pontos e pegou oito rebotes. Foi pouco para o Spurs, que parece encerrar um ciclo com esta derrota. O caminho agora é o da renovação.

Para a provável disputa contra o Los Angeles Lakers, o Phoenix Suns terá que manter seu consistente jogo coletivo, um grande trunfo nestes playoffs. Mas talvez isso não baste e seja preciso uma maior produção individual de seus jogadores. Nash e Stoudemire (foto) terão que jogar em alto nível e Grant Hill e, principalmente, Jason Richardson precisarão de maior regularidade. Por enquanto, o time torce por uma vitória do Utah Jazz no jogo 4 contra o Lakers, para que tenha um tempo a mais de descanso em relação ao adversário.