terça-feira, 11 de maio de 2010

NBA ► Varre, varre, vassourinha: Orlando Magic derrota novamente Atlanta Hawks e varre mais um na NBA

Orlando Magic 98 x 84 Atlanta Hawks

Semifinal Conferência Leste

(4 x 0)

Após passar pelo Milwaukee Bucks por 4 x 0 na primeira rodada dos playoffs da NBA, o Orlando Magic repetiu o resultado contra o Atlanta Hawks, varrendo assim mais um adversário e garantindo vaga na final da Conferência Leste. Agora o Magic aguarda o vencedor da série entre Cleveland Cavaliers e Boston Celtics, no momento empatada em 2 x 2.

O Magic venceu nada menos que 27 de suas últimas 30 partidas e vem praticando um basquete de alto nível. Ontem não foi diferente: abriu frente já no primeiro quarto e segurou qualquer animação maior do time da casa. Sem muitas opções, restou ao Hawks lutar, mas sem jamais sequer ameaçar a vitória adversária.

No Magic do treinador Stan Van Gundy (foto), atuações consistentes, embora sem brilho particular, de toda a equipe. No abatido Hawks, só a luta mesmo. E fica a decepção: entrando nos playoffs como um time bastante consistente, o Atlanta Hawks peno para passar em sete jogos pelo inferior Milwaukee Bucks e foi simplesmente arrasado pelo Orlando Magic, sem esboçar qualquer poder reação.

Segue o Magic na luta. É o meu favorito para o título da Conferência Leste. Segue com seu forte jogo de fora do ano passado e desenvolveu-se bastante dentro do garrafão. Mas claro que esse suposto favoritismo pode não querer dizer muita coisa, já que o Cleveland Cavaliers tem LeBron Ja,es e o Bosto Celtics... Ora, bolas: o Boston Celtics é o Boston Celtics, por isso enroscou uma série que muitos achavam tranquila para o Cavs. Mas que venham quente, porque o Magic do Super-Homem Dwight Howard está fervendo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

FÓRMULA 1 ► GP de Barcelona: ô corridinha chata!

Disse para mim mesmo que só veria essa corrida se chovesse. Não choveu e ainda fiquei lá, olhando para o nada, já que nada acontecia. O Grande Prêmio de Barcelona de Fórmula 1 é incrivelmente chato. Como alguém desenha um circuito sem pontos de ultrapassagem como esse?

Para se ter uma ideia, após sua segunda parada nos boxes, Nico Rosberg, novamente de pneus lisos, voltou em 16º lugar. Ele era um dos mais velozes da pista e girava quase dois segundos mais rápido que Nico Hülkenberg ,que era o 15º. Rosberg rapidamente alcançou Hülkenberg, mas levou voltas e mais voltas para conseguir ultrapassar o adversário, muito mais lento que ele.

O da frente não querendo, é praticamente impossível. Michael Schumacher brincou defendendo sua posição contra os infrutíferos ataques de Jenson Button. É como subir o Alto da Boa Vista com um ônibus lento e mal intencionado à frente: você simplesmente não consegue passar.

Barcelona é um circuito de Mônaco sem o charme e a tradição que justificam a presença do do rico principado no circo da Fórmula 1.

No que houve de corrida, largando bem, Mark Weber saiu na frente e, lógico, venceu. Competente, Fernando Alonso chegou em segundo e um azarado Sebastian Vettel, novamente com problemas de freio, completou o pódio. Mais azarado ainda foi Lewis Hamilton. O cada vez mais empolgante piloto inglês (alguém tem que distrair o espectador nessa categoria, né?) teve um pneu furado na última volta e perdeu seu lugarzinho no pódio.

Entre os brasileiros, Felipe Massa foi discretíssimo e chegou em 6º. Após uma complicada sessão classificatória, com direito até a rajada de pedras, o que o fez sair em 17º, Rubens Barrichello se fez valer de uma boa largada para chegar em 9º. Bruno Senna e Luca di Grassi seguem seu calvário.

NBA ► Da série "acredite se quiser": Phoenix Suns varre San Antonio Spurs e está na final da Conferência Oeste

Phoenix Suns 107 x 101 San Antonio Spurs
Semifinal Conferência Oeste
(4 x 0)


Jogando em Santo Antônio, o Phoenix Suns espantou de vez todos seus fantasmas ao vencer novamente e varrer o adversário na disputa por uma vaga na final da Conferência Oeste, fechando a série em inapeláveis 4 x 0.

Desta vez, Steve Nash (20 pontos e nove assistências) e Amare Stoudemire (29 pontos), lideraram o time, que contou com valiosa ajuda do calouro reserva Jared Dudley e seus 16 pontos. Goran Dragic, herói improvável do jogo 3, voltou à condição de reles mortal, anotando apenas seis pontos desta vez.

Pelo lado do Spurs, Ginobilli foi uma desgraça ofensiva (acertou apenas dois de 11 arremessos), apesar de contribuir com nove assistências e 15 pontos, a maioria vindos da linha de lance livre. O baleado Tony Parker (foto) ainda conseguiu 22 pontos, cinco assistências e cinco rebotes e Tim Duncan fez mais 17 pontos e pegou oito rebotes. Foi pouco para o Spurs, que parece encerrar um ciclo com esta derrota. O caminho agora é o da renovação.

Para a provável disputa contra o Los Angeles Lakers, o Phoenix Suns terá que manter seu consistente jogo coletivo, um grande trunfo nestes playoffs. Mas talvez isso não baste e seja preciso uma maior produção individual de seus jogadores. Nash e Stoudemire (foto) terão que jogar em alto nível e Grant Hill e, principalmente, Jason Richardson precisarão de maior regularidade. Por enquanto, o time torce por uma vitória do Utah Jazz no jogo 4 contra o Lakers, para que tenha um tempo a mais de descanso em relação ao adversário.

NBA ► Com atuação espetacular de Rajon Rondo, Celtics vence Cavaliers e iguala série

Cleveland Cavaliers 87 x 97 Boston Celtics
Semifinal Conferência Leste
(2 x 2)

Jogando em casa a partida 4 da série que decide uma vaga na semifinal da Conferência  Leste, o Boston Celtics venceu o Cleveland Cavaliers e empatou em 2 x 2 o confronto.



O time da casa abriu nove pontos no primeiro quarto e agarrou-se a essa vantagem até o final, segurando o adversário mesmo quando nosso Anderson Varejão conseguiu um ataque de três pontos e reduziu para dois a diferença a 4min33seg do fim. Mas daí para a frente os campeões da temporada retrasada fecharam a defesa e o Cavs só anotou mais três pontos, todos através de lances livres.

O destaque absoluto da partida foi a incrível, impressionante, espetacular ou qualquer adjetivo afim que se queira usar, do armador Rajon Rondo, que terminou simplesmente com 29 pontos, 13 assistências e absurdos 18 rebotes! Sozinho, o baixo armador Rondo pegou mais rebotes que Shaquille O'Neal, LeBron James e Anderson Varejão juntos! Um triplo duplo daqueles que entram para a história dos playoffs da NBA.


Kevin Garnett e Ray Allen terminaram com 18 pontos e o armador reserva Tony Allen contribuiu com mais 15, acertando seis de sete arremessos tentados. A lamentar - ou não - pelo lado do Celtics mais uma pífia partida de Rasheed Wallace e Paul Pierce. A parte boa da coisa é que o time segue com a série enroscada, mesmo com dois de seus principais jogadores não jogando praticamente nada.

No Cavaliers, até que houve boa participação ofensiva do conjunto, mas faltou Mo Williams. Como sempre digo, o time precisa que Mo produza o suficiente para permitir que LeBron decida os jogos. Ontem, Mo marcou apenas 13 pontos e, assim, sobrecarregou LeBron, que, apesar de ficar próximo de um triplo duplo (22 pontos, oito assistências e nove rebotes), pontuou bem abaixo do que precisava, acertando apenas sete de 18 arremessos.

A série volta para Cleveland totalmente aberta. O Cavs ainda é o favorito: basta fazer valer seu mando. Mas LeBron (na foto, criativamente perturbado pela torcida) segue precisando que seu braço direito Mo Williams produza para poder levar o time à vitória. E o Celtics parece ter retomado o foco depois do choque de realidade que foi a surra que levou no jogo 3, em sua própria quadra.

Arrisco a dizer que a serie está nas mãos de Mo Williams, Paul Pierce e Rasheed Wallace. Esses jogadores, que estão produzindo abaixo do esperado - no caso de Wallace e Pierce, sequer estão produzindo - farão a diferença, para o bem ou para o mal.

NBA ► Em partida emocionante, Los Angeles Lakers vence o Jazz em Utah e abre 3 x 0 na semifinal da Conferência Oeste

Los Angeles Lakers 111 x 110 Utah Jazz
Semifinal Conferência Oeste
(3 x 0)


Jogando em Salt Lake City, o Utah Jazz fez um grande jogo contra o Los Angeles Lakers, uma das melhores partidas dos playoffs desta temporada, mas não teve como evitar nova derrota para seu tradicional rival e agora vê-se obrigado àquilo que ninguém acredita que vá acontecer: vencer quatro jogos seguidos contra os atuais campeões da NBA.

Apesar do jogo acirrado até o fim, quando teve duas chances de vencer a partida, no arremesso de Deron Williams que deu aro e no tapinha errado de Wesley Matthews, sozinho no rebote quando zerava o cronômetro, o Jazz desperdiçou sua chance no quarto inicial, quando ninguém no Lakers parecia ter entrado em quadra, errando todos os arremessos durante absurdos oito minutos. Quer dizer, ninguém, exceto Kobe Bryant.

Mesmo muito marcado, Kobe (foto) segurou o Lakers na partida até seus companheiros efetivamente começarem a jogar e no final o astro reapareceu com bolas decisivas, fechando a partida com 35 pontos e sete assistências. O Lakers contou com ótimas colaborações ofensivas de Derek Fisher e Ron Artest, que acertaram importantes bolas de três e terminaram com 20 pontos cada. Pau Gasol pegou 17 rebotes e anotou mais 14 pontos. Vale observar o sacrifício de Andrew Bynum. Visivelmente sem condições ideais, o pivô claramente evitou atacar a cesta, errando o único arremesso que tentou, mas ainda assim contribuiu com sete rebotes.

Pelo lado do Jazz, a frustração de não ter aproveitado seu melhor momento no início da partida para abrir frente no placar. É o melhor meio de derrotar o Lakers, principalmente jogando em casa: abrir vantagem suficiente para irritar os jogadores de Los Angeles, que muitas vezes, nessas circunstâncias, deixam de lado qualquer planejamento tático e largam tudo nas mãos de Kobe, o que às vezes não resolve. Foi o que o Thundercats conseguiu fazer ao longo da temporada, por exemplo. Deron Williams foi ótimo, com 28 pontos e 9 rebotes, mas talvez a bola do jogo devesse ir parar nas mãos de Kyle Kover, que acertara nada menos de nove em 10 arremessos tentados, inclusive todos os cinco que fez da linha de três.

O forte time do Jazz, agora, tem a missão quase impossível de virar a série, mas não vai rolar. Tudo bem que ano passado o Fluminense não caiu no Brasileirão e até hoje tem gente que não acredita nisso, mas não vai rolar. Mesmo a torcedora com o cartaz na foto antes de começar o jogo 3, será que ela ainda acredita?