sexta-feira, 9 de julho de 2010

BRASIL ► Eleições: o vale tudo de quem se habituou ao poder e o quer de volta

A Copa do Mundo ainda está aí, as vuvuzelas ainda ecoam, mas não é por isso que não devemos estar atentos ao que acontece à nossa volta. A propósito das próximas eleições, vale registrar como certas coisas não mudam no país. É o que observamos - sempre.

Abaixo vou resgatar um texto de 2006 publicado no site da revista Carta Maior. Por quê? Porque, como disse acima, as coisas não mudam, ué.

Porque o apresentador do programa "Roda Vida" da paulista TV Cultura teria "rodado" porque teria feito pergunta a José Serra sobre os pedágios paulistas.

Porque o diretor da TV Cultura só durou uma semana no cargo, supostamente por ter pautado uma matéria sobre os mesmos pedágios.

Porque eu estava vendo a Globo News e após uma matéria de mais de dois minutos sobre José Serra (com sonoras e entrevista) e outra de tal tamanho sobre Marina Silva (com sonoras e entrevista), a apresentadora leu no seu script: "A candidata do PT, Dilma Rousseff, gravou entrevista em uma emissora de televisão." E mais não disse. É preciso ser muito mau profissional para fazer jornalismo assim, não é mesmo? Ou muito bom capacho do patrão... Em outra palavra: pelego.

O texto reproduzido retrata bem essas práticas "jornalísticas" adotadas pela chamada "grande mídia" do país, especialmente em época de eleições. E isso já é História.

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COMPADRISMO
Por: Bia Barbosa/Carta Maior

Segundo relatos de jornalistas das principais redações do país, há 'ordem velada' para se poupar candidaturas tucanas. Equipes são destacadas para investigar suposta venda do dossiê, enquanto pautas sobre relação de tucanos com sanguessugas são vetadas.

Um dos últimos boletins eletrônicos de campanha do presidente Lula afirma que o "ódio" de alguns meios de comunicação pela esquerda tem "motivos simples, embora inconfessáveis". "Acostumados ao controle que detinham sobre a opinião pública desde a redemocratização do país, alguns meios de comunicação não se conformam com a situação atual, em que a maior parte do povo vota em Lula, contra a opinião da maior parte da mídia, que é alckmista. O que mais incomoda estes setores da direita e dos meios de comunicação são as mudanças na estrutura social brasileira", diz o texto.

Nas últimas semanas, depois da eclosão da crise do dossiê contra Serra, o presidente tem feito duras críticas ao comportamento da imprensa. Em discurso feito em Porto Alegre nesta segunda-feira (25), Lula disse que a cada erro que companheiros do partido cometem os jornais reagem como se "tivesse caído uma bomba atômica", repercutem "meses e meses". Já o erro dos adversários sai "no dia seguinte das páginas dos jornais".

Estaria Lula exagerando nessa avaliação? Na última terça-feira (26), o jornal O Globo publicou uma matéria intitulada "Ataque de Lula à imprensa provoca reações", que afirma que, na opinião de jornalistas e políticos ouvidos pelo jornal, o "episódio da compra do dossiê contra o candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, foi criado por integrantes do partido de Lula, não por jornalistas".

A reportagem ouve, no entanto, somente fontes que confirmam a tese de que a cobertura estaria equilibrada. Na reportagem, o jornalista Alberto Dines, do "Observatório da Imprensa", afirma que o discurso de Lula é "esquizofrênico" e que a mídia "tem se comportado muito bem". A outra fonte ouvida é o diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo, Sandro Vaia, que diz que a imprensa está cumprindo sua obrigação ao cobrir e dar espaço em suas edições ao episódio, sem "partidarismos". O ombudsman da Folha de S.Paulo aparece dizendo que a imprensa tem agido corretamente ao dar visibilidade ao caso.

Ninguém discorda disso. No entanto, onde estaria o acompanhamento da imprensa do outro lado desta história? Por que nossas equipes de jornalismo investigativo não foram atrás, como a mesma profundidade, das informações que o dossiê trazia? Como foram determinadas as linhas de coberturas dos jornais, revistas e da televisão acerca do caso?

No dia 18 de setembro, poucos dias depois da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha em São Paulo, a análise interna de Marcelo Beraba, ombudsman da Folha de S.Paulo, dizia que parecia "correta até aqui a cobertura jornalística da Folha do dossiê contra Serra que os Vedoin tentavam vender para um membro do PT e uma revista. Desde sábado o jornal está bem informado, deu destaque necessário nas Primeiras Páginas, tem dado espaço para as várias acusações e para as várias defesas e explicações e tem tratado as acusações ainda não confirmadas com cautela". Dois dias depois, no entanto, destacava que a "Folha relegou a uma nota pequena e sem destaque, no final da edição, à continuação da investigação que iniciou no interior de São Paulo seguindo as pistas reveladas pela entrevista dos Vedoin à IstoÉ e que relacionam os ex-ministros José Serra e Barjas Negri à máfia dos sanguessugas. Aliás, o título da nota - "Ex-prefeito admite ter sido pago por Abel", página A14 - é impossível de ser decifrado. Quem é Abel?".

Já no dia 21, Beraba afirma que "sumiu, na Edição SP, a única notícia que dava seqüência às investigações que a Folha vem fazendo do envolvimento de tucanos com a máfia dos sanguessugas. Na Edição Nacional, a nota "Barjas Negri é investigado em Piracicaba" está na página A7, mas depois caiu". No dia seguinte, o ombudsman aponta uma mudança importante na manchete da primeira página:

"A Edição Nacional circulou com a declaração do presidente à TV Globo: "Lula põe 'a mão no fogo' por Mercadante". Mais tarde, com o depoimento de um dos Vedoin à Polícia Federal, o título mudou: 'Vedoin isenta Serra do caso sanguessuga'. Embora as palavras dos Vedoin já não mereçam grande credibilidade, tantos depoimentos e entrevistas contraditórios já deram; o jornal, ao optar por mais esta declaração, deveria ter colocado na formulação da manchete ou da linha de apoio a informação completa: Vedoin disse que não sabia de indícios contra Serra, mas voltou a acusar Abel Pereira de receber propinas na gestão do também tucano Barjas Negri, sucessor de Serra. O título interno contempla as duas informações e mostra que a Primeira Página teria condições de ter feito formulação parecida - 'Vedoin isenta Serra, mas acusa sucessor'. Como está, a manchete da Folha faz parecer que a única preocupação do jornal é isentar o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, e não a apuração do esquema dos sanguessugas que teria se apropriado do Ministério da Saúde nos governos FHC e Lula".

As críticas à cobertura do jornal continuam até esta quarta-feira (27), quando Beraba afirma que desapareceu, na Edição SP da Folha, a meia página de noticiário sobre o suposto envolvimento do ex-ministro Barjas Negri (PSDB) no escândalo dos sanguessugas publicada na Edição Nacional. "Os títulos das reportagens da Edição Nacional que caíram: 'Presidente de CPI vê prova contra tucano', 'Empresário daria à Justiça papéis contra tucano' e 'Abel agora diz que foi duas vezes à Saúde' (página A7). Para abrigar o noticiário dos debates que terminaram tarde, a Edição SP teve de excluir algumas reportagens publicadas da Edição Nacional. Precisavam ser exatamente as referentes ao noticiário sobre o suposto envolvimento dos tucanos?", questiona o ombudsman.

DENTRO DAS REDAÇÕES - As decisões acerca da cobertura da Folha de S. Paulo, que são apontadas, mas não explicadas, pela crítica interna da redação, não são exclusivas do jornal cujo presidente – Luis Frias – é amigo pessoal de José Serra. Em veículos do mesmo grupo, vale a regra do faz de conta: faz de conta que Abel Pereira – o empresário ligado ao PSDB que também estaria envolvido em negociações do dossiê – não existe.

"Como Abel [Pereira] não está preso, não está indiciado, então faz de conta que ele não existe. Mas ele também estava negociando o dossiê com Vedoin; havia um leilão de informações, independente do conteúdo ser verdadeiro ou falso. Era preciso investigar por que ele estava lá. Mas o que se faz é repercutir o que sai no jornal impresso do dia. Então, se a Folha não dá, aqui também não sai nada. Parece que, por alguma razão, as pessoas não conseguem entender que há um outro lado da história", disse à Carta Maior um jornalista que trabalha numa empresa do Grupo Folha.

"Aqui não há uma pressão para que o Serra apareça bem, mas todo mundo sabe que a ordem de cima é pra poupá-lo. Se vier algo concreto contra ele, vamos dar. Mas se for uma situação nebulosa – como acontece com informações sobre outros políticos que acabam publicadas – não damos", explica outro profissional que trabalha na empresa.

Em outro grande jornal de São Paulo, cuja linha editorial é claramente favorável aos tucanos, a cobertura da crise recente foi "como o de sempre". "Ataquem os inimigos e finjam-se de mortos com os amigos", relatou um repórter. "O foco da pauta desses dias foi todo no bando que comprou o dossiê, mas ninguém se preocupou em ir atrás do dossiê. A pauta do dia já vem pronta, na verdade: o repórter chega e já dizem pra ele pra onde ele vai correr. Aí ele vai pra rua, apura o que pediram pra apurar e acabou", explica outro jornalista do mesmo jornal.

Segundo os repórteres de uma das revistas semanais de maior circulação, há uma clara diferença de comportamento entre o período "padrão" e os períodos de "crise". As informações chegam, são apresentadas pela equipe de reportagem, mas não ganham continuidade na pauta.

"Não há uma ordem explícita. Mas quando chega a hora do fechamento, é só olhar para o espelho. Há seis páginas para falar da crise que envolve o PT e duas colunas pra dizer que há alguma suspeita sobre o PSDB", conta um jornalista. "Há pequenos boicotes internos e você nunca sabe se isso é voluntário", diz outro. "Você até tenta furar o bloqueio. Apura, mostra, mas a pauta não anda. É inexplicável", completa.

Na época da crise do mensalão, qualquer informação contra o governo era usada pela revista para confirmar a tese de autoritarismo e aparelhamento do Estado. Quando alguma coisa vazava "do outro lado" – por exemplo, quando surgiu a relação entre Marcos Valério e o tucano Eduardo Azeredo –, e não havia como sonegar a informação do leitor, "a matéria se transformava numa análise sociológica de como a política é suja no Brasil. Ou seja, uma matéria é a sujeira de um partido. A outra, é a sujeira da política no geral. Aí essas informações caem na vala comum", explica um dos jornalistas do veículo.

Pelos relatos – e pelo fato de todos os jornalistas temerem falar abertamente sobre a cobertura política que seus veículos realizam –, fica nítido que há uma pressão clara dos donos dos meios de comunicação não apenas para que a cobertura siga determinada orientação, mas também para que não se discuta isso publicamente.

NA TELEVISÃO - Na maior emissora de TV do país, o clima na redação não é diferente. Na semana passada, a Rede Globo não falou, em nenhum momento, que 70% das ambulâncias da Planam foram liberadas durante a gestão do PSDB, quando Serra estava à frente do Ministério da Saúde. A emissora também não enviou uma equipe até Piracicaba, para investigar Abel Pereira e as suspeitas que pesam sobre o ex-secretário-executivo de José Serra e atual prefeito da cidade, Barjas Negri. Durante a crise do mensalão, a emissora colocou repórteres investigando a fundo as denúncias contra Antônio Palloci em Ribeirão Preto. Mas Piracicaba parece que foi "esquecida" desta vez.

Esta semana, a emissora entrou na cobertura do "caso Abel" de forma tímida, mas com espaço para manipulações sutis. Na última terça-feira, em entrada ao vivo no jornal Hoje, o repórter da TV Centro-América, afiliada à Globo em Mato Grosso, disse que Abel Pereira esteve em Cuiabá na véspera da entrevista para a revista IstoÉ, e que Pereira é ligado a Barjas Negri, ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso (Negri assumiu o ministério quando da saída de Serra). À noite, o texto da edição do Jornal Nacional descrevia Negri como "ex-ministro do governo anterior". Osvaldo Bargas, Jorge Lorenzetti e Freud Godoy são descritos dezenas de vezes ao dia como petistas. Mas Abel Pereira não pode ser tratado como lobista de um ex-ministro e prefeito tucano.

Com didatismo, a emissora relaciona o presidente Lula e os corruptos de seu governo e do partido envolvidos com a história do dossiê. O mesmo não acontece com Serra, Negri, Pereira, Vedoin e os deputados mensaleiros do Mato Grosso, que na época eram do PSDB. A pergunta que o telespectador se faz é: "Lula não sabia de nada?". Mas ao eleitor não é dada a chance de se perguntar: "E Serra, não sabia de Abel? Se Barjas Negri era seu braço direito, como Serra não sabia dos sanguessugas atuando ali tão perto?"

O desequilíbrio da cobertura da Globo contaminou também o acompanhamento dos candidatos à presidência. Desde o início da campanha, a recomendação dos editores era a de que as entrevistas dos candidatos nas ruas deveriam ser sempre propositivas. Nada de críticas ou provocações aos adversários. No caso do PCC, por exemplo, o candidato petista ao governo de São Paulo não podia aparecer cobrando do governo do PSDB/PFL por que a polícia paulista havia perdido o controle do crime organizado. No entanto, diariamente se vê no Jornal Nacional as críticas dos demais candidatos a Lula.

Na quarta-feira (20) da última semana, Geraldo Alckmin foi agraciado com 1´20" no Jornal Nacional. Os outros candidatos tiveram 30 segundos. A justificativa dos editores cariocas foi a de que tratava-se do lançamento do programa de governo do PSDB, daí o tempo maior. No entanto, as declarações de Alckmin neste dia não foram sobre seu programa, mas atacando a corrupção do governo Lula. No dia do lançamento do programa de governo de Lula, na última semana de agosto, o candidato recebeu 1´30" – exatamente o mesmo tempo dado ao PSDB, incluindo espaço para Fernando Henrique criticar o presidente em seu discurso no Jockey Clube.

"Na redação, as pessoas estão com o estômago revirado. Ninguém duvida da necessidade de mostrar essa quadrilha de pseudo-sindicalistas que tentaram comprar o tal dossiê. Mas e o outro lado? E os sanguessugas tucanos? O que vemos, é um massacre ininterrupto no ar", contou à Carta Maior um jornalista da TV.

CREDIBILIDADE EM JOGO - Em seu site pessoal, o repórter da Globo Luiz Carlos Azenha avalia que o que acontece hoje é um "espetáculo de hidrofobia que, lamentavelmente, não se fez quando a Vale do Rio Doce foi privatizada ou quando surgiram denúncias de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou votos no Congresso para garantir seu direito à reeleição". "Embora isso não justifique o banditismo de integrantes do governo Lula, está claro que sanguessugas, vampiros e mensaleiros começaram a agir no governo FHC. O que fez a Polícia Federal, então? E Aristides Junqueira, o engavetador-geral da República?", questiona Azenha.

O repórter diz que se sente à vontade para escrever sobre o atual governo porque investigou e denunciou alguns de seus integrantes. "Mas o trabalho de um jornalista deve ser guiado pela imparcialidade. A pior coisa que um repórter pode fazer é trombar com os fatos", afirma.

Nos bastidores do jornalismo, não são poucas as histórias do poder de José Serra junto aos donos dos meios de comunicação. Certa vez, ele teria ligado diretamente para Boris Casoy e pedido a cabeça de um repórter que não havia feito a "pergunta combinada" a ele numa entrevista de rua. Também não são poucas as inclinações das chefias às políticas conservadoras.

Na avaliação de Luís Nassif, em post publicado esta semana em seu blog, é evidente que há uma competição entre praticamente todos os grandes veículos da mídia para saber quem derruba Lula primeiro. "Está-se tentando repetir a história, quando o momento seria propício para o veículo que se colocasse acima das paixões, recuperasse a técnica jornalística e se comportasse como magistrado, duro, inflexível, porém justo, colocando a preocupação com o país acima das conveniências de momento", escreveu o jornalista.

Para Nassif, a virulência do editorial de domingo (24) da Folha de S. Paulo adotou um estilo inspirado em Carlos Lacerda. Lacerdista ou não, é fato que há uma guerra declarada da mídia ao governo e uma onda – não necessariamente articulada, porque nem precisa ser – para poupar tucanos e fingir que nada se passa do lado oposto do muro. Pesquisas quantitativas e qualitativas – como as divulgadas pelo Observatório Brasileiro de Mídia – mostram como isso se reflete no tempo e no espaço de textos negativos ou positivos dados pela imprensa a cada um dos candidatos. Dentro das redações, os movimentos são sutis. Por enquanto, as pesquisas eleitorais mostram que, apesar da artilharia, o efeito surtido questiona a eficiência da estratégia. Resta saber se, depois das eleições, o caminho escolhido pela imprensa brasileira não afetará sua credibilidade e sua capacidade de continuar influenciando a opinião pública.

Publicada em: 29/09/2006 às 22:47 Seção: Todas as Notícias

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Enfim, é preciso estar atento e forte. De repente, para aquela organização que possui "o maior jornal do país" e "a maior emissora de TV da América Latina", a apuração de votos da eleição para o governo do Estado do Rio de Janeiro de 1982 ainda não acabou e sempre há uma chance de Moreira Franco chegar na frente de Leonel Brizola - na contagem deles.

BRASIL ► Militar novamente condenado por crime contra a humanidade… na Argentina

Deu na internet.
Reprodução do site Vermelho :

AMÉRICA LATINA
9 DE JULHO DE 2010 - 10H22
Argentina: Ex-militares vão cumprir prisão perpétua em cela comum

O ex-general argentino Luciano Benjamín Menéndez foi condenado nesta quinta-feira (8) a prisão perpétua por crimes de violação de direitos humanos cometidos durante a última ditadura militar (1976-1983) da Argentina. Esta é a quarta pena de Menéndez, de 85 anos, que deve cumprir em penitenciária comum. Outro repressor sentenciado no mesmo dia foi o ex-chefe de polícia Roberto Albornoz, que teve a prisão domiciliar revogada e foi condenado à mesma pena.

Os dois são considerados culpados pela morte de cerca de 20 pessoas, torturas e a privação ilegal da liberdade, além de violações de domicílios. O processo incluía também o ex-governador da província de Tucumán Antonio Bussi, que foi excluído do julgamento por razões de saúde, além dos ex-militares e Mario Zimmerman e Alberto Cattáneo, que morreram quando as audiências, iniciadas em 16 de fevereiro, estavam em andamento.

Além do processo pelos crimes cometidos em Tucumán, Menéndez, o ex-presidente Jorge Rafael Videla e outros 29 militares, estão sendo julgados em Córdoba pelo fuzilamento, em 1976, de 31 presos em uma prisão clandestina.

No total, 779 pessoas, entre militares e civis, acusadas por crimes contra a humanidade estão nas mãos da Justiça atualmente, segundo dados divulgados ontem por uma entidade ligada à Procuradoria-Geral da Nação (ministério público argentino).

Destas, 123 já foram julgadas, das quais 110 foram condenadas e 13 absolvidas. Ainda de acordo com a procuradoria, são 656 os processados, dos quais 325 estão próximos de ser julgados; e 464 do total estão presos , 55% em presídios locais, 39% sob prisão domiciliar, 4% em unidades das forças de segurança e o restante em hospitais ou no exterior.

Idas e vindas

Os julgamentos relacionados à ditadura foram cancelados em 1987 pelas leis de Ponto Final e Obediência Devida durante o governo do presidente Raúl Alfonsín. Em 2005, no mandato do então presidente Néstor Kirchner (2003-2007), as medidas de anistia foram anuladas, permitindo a reabertura dos processos.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que, no Chile, as penas contra chefes da polícia secreta de Augusto Pinochet, a Dina, foram atenuadas. Manuel Contreras, entre outros acusados, foi condenado anteriormente à prisão perpétua pelos assassinatos do general Carlos Prats e de sua esposa, Sofía. Hoje, a Suprema Corte do país diminuiu essa condenação a 17 anos de prisão.

Fonte: Opera Mundi
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Enquanto isso, por aqui... tudo como dantes no quartel de Abrantes.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

COPA DO MUNDO 2010 ► Espanha se impõe, bate Alemanha e faz final inédita com a Holanda

A Espanha derrotou a Alemanha por 1 x 0 em Durban e vai disputar no próximo domingo sua primeira final de Copa do Mundo. Copa do Mundo que, em sua primeira disputa no continente africano, terá um campeão inédito. Tanto Espanha quanto Holanda jamais levantaram o troféu máximo do futebol mundial.

O jogo de hoje foi um caso de teimosia. Ambas as equipes insistiram em seu estilo, fincando pé, na base do "daqui não saio, daqui ninguém me tira", até o ponto em uma subjugasse a o outra. Ou que um gol saísse e abrisse a partida. No primeiro tempo, o jogo de xadrez praticamente empacou, mas, no segundo, a Espanha conseguiu colocar a Alemanha em xeque, deixar o adversário sem respostas ofensivas, até chegar ao mate, que foi o improvável gol de cabeça de Puyol, totalmente fora do script, surgido após uma cobrança de escanteio.

Desde o início a Espanha tentou impor seu ritmo, tocando, tocando, fazendo a bola girar, em busca de brechas na defesa alemã. Mas essas brechas não apareciam. As chances espanholas vinham sempre de chutes de fora da área. A única exceção ocorreu logo aos 5', quando Pedro enfiou para David Villa por trás da zaga, mas Neuer saiu muito bem e fez a defesa nos pés do atacante. Mas, em geral, faltava objetividade aos espanhóis.

Uma coisa que reparei retrata bem a fixação das equipes aos seus padrões normais de jogo. Nem em escanteios a Espanha era objetiva, preferindo sempre o toque curto à cobrança direta na área (que foi, aliás, como surgiu o gol, numa cobrança direta). Quase nunca essa jogada resultava em algo. A exceção foi aos 13', quando Xavi cobrou curto, recebeu de volta e centrou forte, para Puyol entrar mergulhando e cabecear por cima. Já a Alemanha, até lateral tentava jogar na área adversária, procurando ser o mais objetiva possível.

O problema é que cada time enfrentava seus próprios problemas. A Espanha carecia de uma melhor atuação de Iniesta, que errava muitos passes. Lógico que, como a bola passa muito pelos pés do bom meia, ele fica mais sujeito a erros, mas hoje ele estava produzindo bem abaixo do que o normal. E de seus passes mais incisivos surgem as melhores jogadas do time. Além disso, o treinador Vicente Del Bosque optou por Pedro em lugar de Fernando Torres. Isso fez David Villa ficar muito preso entre os zagueiros, perdendo sua boa jogada pelo lado esquerdo, que funcionou tão bem durante todo o Mundial. E ficar preso entre uma zaga formada por Friedrich e Mertesacker não é algo muito animador. Por isso, o toca-toca pouco levava a algum lugar.

Já a Alemanha tinha mais problemas. O mais óbvio, a ausência de Thomas Muller, suspenso por um injusto cartão amarelo recebido na goleada sobre a Argentina. Sem ele, entrou Trochowski. A dificuldade maior nem era o lado técnico, mas o posicionamento. Trochowski ficou sempre muito estático na direita e sem um décimo da excelente movimentação e visão de jogo de Muller. Isso sobrecarregou muito Oezil, que de assessor de Muller na criação de ações ofensivas passou a principal agente, sem um assessor ao lado. Para piorar, muito fixo na esquerda, Podolski estava mal e mal ficou até o fim. E a cereja podre do bolo foi a má atuação de Schweinsteiger, um dos melhores nomes do Mundial. Assim como Iniesta, Schweinsteiger esteve muito abaixo de seus padrões, mas bota abaixo nisso.

Assim foi todo o primeiro tempo. A Espanha tocava e não abria a defesa adversária. E a Alemanha desperdiçava suas poucas - mas boas - chances de contra-atacar com perigo devido a erros de passe ou de movimentação. Só ameaçou mesmo aos 31', quando Casillas defendeu no cantinho esquerdo um forte chute de Trochowski de fora da área.

No segundo tempo, a Espanha voltou em uma velocidade de rotação um pouco maior, tentando ser mais objetiva. Tanto que em 10 minutos Pedro, Xabi Alonso e David Villa já haviam finalizado bem de fora da área. Aos 12', o sinal de alerta acendia de vez para a Alemanha. Pedro chutou forte, Neuer rebateu. Na sequência, Xavi entrou pela esquerda e chutou cruzado, com a bola passando pela pequena área quase aos pés de David Villa. A bola foi para a direita e de lá a Pedro, que finalizou mais uma vez assustando Neuer.

Nesse momento, aprecia que o estilo alemão estava sendo subjugado pelo espanhol e que o gol seria uma sequência natural das ações. Tanto que aos 16' o treinador Joachim Low tirou Trochowski e colocou Kroos em seu lugar, tentando encontrar uma válvula de escape. E quase deu certo, porque Kroos acabou tendo a bola do jogo. Oezil conseguiu armar uma jogada pela esquerda e enfiou para Podolski, que, dentro da área, levantou para Kroos desperdiçar livre, a cara a cara com Casillas, que fez a defesa, na melhor oportunidade de toda a partida até aquele momento. Isso foi aos 23'. Aos 27', o golpe fatal. Numa rara cobrança de escanteio direto para a área, Puyol avançou sem marcação desde a entrada da área para cabecear forte para a rede: 1 x 0. Uma falha inusitada dos alemães, que se esqueceram de acompanhar o zagueiro.

Daí para frente, a Alemanha foi só desespero e pouco conseguiu. O limitado centroavante Mario Gomez entrou no lugar de Khedira, alteração que só serviu para bagunçar e abrir de vez o time. Del Bosque colocou Fernando Torres no lugar de David Villa para tentar aproveitar o contra-ataque, mas deve ter se arrependido de não ter tirado Pedro. O jovem atacante desperdiçou uma oportunidade que poderia ter custado caro ao time, aos 36'. Recebendo sozinho, Pedro avançou contra um zagueiro tendo torres livre, livre ao seu lado. Tentou driblar e perdeu. Ficou tão sem graça que acabou substituído logo depois. Poderia ter custado caro principalmente se o juiz húngaro Viktor Kassai marcasse a falta que Schweinsteiger sofreu na meia-lua aos 39'. Mas não rolou e a Espanha conseguiu uma justa vitória.

Puyol fez o gol da vitória histórica e não poderia deixar de ser destaque espanhol. Xabi Alonso viu que o toque-toque puro e simples não resolveria e foi o primeiro a tentar insistir com finalizações de fora da área. Xavi foi bem melhor que Iniesta na armação. E Casillas apareceu muito bem quando foi exigido. Na Alemanha. A dupla de zaga, Friedrich e Mertesacker, sob pressão quase o tempo inteiro, jogou muito bem. Assim com Neuer. Oezil procurou mais o jogo na fase final, mas não teve muita ajuda. E Klose não recebeu qualquer bola em condição de finalizar.

Foi o confronto de um estilo de jogo sobre outro. Venceu o espanhol.

Link da página da Fifa sobre o jogo: Jogo 62: Alemanha 0 x 1 Espanha.

terça-feira, 6 de julho de 2010

COPA DO MUNDO 2010 ► Em jogo difícil, Holanda derrota Uruguai com justiça e está na final do Mundial

A Holanda derrotou o Uruguai por 3 x 2 na Cidade do Cabo e chega pela terceira vez a uma final de Copa do Mundo. Agora, ao contrário de 1974 e 1978, ao menos não enfrentará a seleção do país anfitrião.

Apesar de toda a garra, coração, sangue, correria, gana, suor e lágrimas, essas qualidades todas inatas a qualquer equipe que represente a Celeste Olímpica, quem teve vontade de vencer foi a Holanda. A diferença eu ressalto no parágrafo seguinte.

Intervalo de jogo. Placar apontando 1 x 1. O treinador holandês Bert Van Marwuk substitui o volante De Zeeuw pelo meia ofensivo Van Der Vaart. Fica na prática com uma espécie de 4-1-2-3: a linha de quatro defensores, Van Bommel como volante, Sneijder e Deer Vaart na meia, Robben e Kuyt abertos nas extremas e Van Persie enfiado no comando do ataque. Já o técnico uruguaio Oscar Tabárez, aos 30 minutos do segundo tempo, com o placar desfavorável de 1 x 3, tira o meia Álvaro Pereira, que dava uma certa opção ofensiva pela esquerda, e coloca em campo o centroavante Loco Abreu. Não era hora de tirar um Pérez ou um Arévalo da vida e colocar o time todo à frente, não?

Essa diferença, para mim, exemplifica o mérito da Holanda, que mesmo após o segundo gol seguiu na mesma toada e acabou achando o terceiro, como poderia ter achado o quarto, o quinto... Só que, aos 46', quem acabou achando um gol foi o Uruguai, que já estava tão entregue que até Forlan já havia saído. E graças a injustificáveis 5 minutos de acréscimo, ainda pôde jogar algumas bolas na área de Stekelenburg, carregando de emoção o final da partida.

Assisti ao jogo - aliás, como a todos os outros em casa - na ESPN Brasil. Aos 27' do segundo tempo, o comentarista Paulo Vinícius Coelho disse que era a pior atuação holandesa na Copa. Pode ser. Mas, primeiro, deve-se ressalvar que semifinal é semifinal, não é hora propriamente de se preocupar em jogar bonito. Joga-se como é possível para vencer. E, ademais, havia do outro lado um Uruguai em seu melhor papel: o de azarão que entra para se defender. Por isso, mesmo apostando na Holanda, não imaginei que pudesse ser fácil. E "a pior atuação" da Holanda ainda assim foi suficiente para que ela vencesse sua sexta partida no Mundial, mantendo um incrível aproveitamento de 100% desde as Eliminatórias.

O pecado uruguaio foi sempre o contraponto ao seu vigor defensivo: muita coragem para defender, mas parecendo sempre pisar em ovos ao sair para o ataque. Hoje, a ausência de Luís Suárez, suspenso, facilitou a filosofia de Tabárez: ele empurrou Cavani para a frente, ao lado de Diego Forlán, e ficou com menos um homem para ameaçar a meta adversária.

O início da partida foi como o figurino indicava. A Holanda com mais iniciativa e o Uruguai tentando tirar espaços. Logo aos 3', Kuyt desperdiçou uma boa chance, ao chutar por cima uma bola que caiu em seus pés após Muslera cortar mal um centro da direita. Mas não estava fácil surgir oportunidades claras de gol. Gol que acabou saindo, para a Holanda, em grande estilo. O relógio marcava 18', quando o veterano Van Bronckhorst, do alto de seus mais de 100 jogos com a camisa laranja, acertou um lindo chute lá da intermediária esquerda, com a bola cravando o ângulo superior esquerdo de Muslera, que nada podia fazer. Foi um gol sem qualquer participação da Jabulani, pura técnica no momento de bater.

Parecia que a partida ficaria ao sabor holandês, mas os comandados de Van Marwijk deram uma desligada a partir dos 20', 25', se deixando enredar pela marcação uruguaia e se estressando com os adversários. Como aos 27', quando Cáceres tentou uma absurda bicicleta e acertou com extrema violência a cara de De Zeeuw. Cáceres recebeu o amarelo, que ficou barato. "Ah, mas ele não teve a intenção..." Não teve a intenção e tenta um lance daquele com um jogador em cima... Foi violentíssimo. É como não ter a intenção de matar e sair com um carro a 150km/h.

Um dos maus sintomas da queda de rendimento holandês era o excessivo número de bolas recuadas para o goleiro chutar. Não é o padrão do time. E não era um bom sinal. Aos 34', a melhor chance do Uruguai, quando a Holanda errou uma saída para o contra-ataque e deixou uma avenida para Cavani avançar área adentro pela direita e se atrapalhar na jogada. Mas, com o jogo equilibrado, a seleção uruguaia chegou ao empate aos 40', através de uma cobrança de falta na meia esquerda. Fórlan cobrou por cima da barreira e a bola jabulaniou à frente de Stekelenburg (que falhou, foi em cima dele) e morreu no fundo da rede.

No segundo tempo, o panorama voltou a ser o do início da partida. A Holanda buscava o ataque, mas errava muitos passes, favorecendo a marcação uruguaia. Assim o Uruguai conseguia manter-se mais tempo com a bola nos pés. Só que esse não é exatamente o forte do time, que optava sempre pelo toque mais para os lados, para manter o adversário sob controle, do que pela jogada em profundidade em busca do gol. Provavelmente, a intenção celeste era achar outra bola parada ou um contra-ataque para marcar. E quase consegue em mais uma daquelas recuadas para Stekelenburg dar o chutão. Boulahrouz tocou curto, Cavani chegou antes do goleiro e a bola sobrou para Àlvaro Pereira tocar por cobertura para o gol, onde Van Bronckhorst estava bem colocado para salvar.

Mas a tendência era sempre a Holanda rondar mais a área adversária do que o contrário. Só em uma nova cobrança de falta o Uruguai ameaçaria, com Forlán chutando no canto esquerdo baixo para Stekelenburg defender. Mas era Muslera quem trabalhava mais e tinha mais motivos para se preocupar. Aos 23', Van Persie se desenroscou de três adversários na esquerda da grande área e tocou para Der Vaart, que chutou cruzado para ótima defesa do goleiro uruguaio. A bola sobrou para Robben, que, com o pé errado, o direito, jogou por cima.

Aos 28', a Holanda chegaria ao segundo gol. Robben recebeu na direita, cortou para o meio e a bola acabou chegando em Sneijder no lado esquerdo da área. O meia chutou cruzado, no cantinho esquerdo de Muslera, que foi atrapalhado por Van Persie (um pé à frente) e Victorino.

Saindo para o ataque, como esperado, o Uruguai abriu e aos 28' levou o terceiro. Kuyt recebeu bem aberto na ponta esquerda, colocou na perna direita e centrou para Robben cabecear muito bem, quase da marca do pênalti, para o chão, no canto direito de Muslera, que só pôde olhar. Daí para frente, a Holanda desperdiçou algumas boas chances de golear, a melhor delas com Robben, que ficou sozinho com Muslera após contra-ataque iniciado por Sneijder que passou pelo calcanhar de Van Persie, mas o goleiro defendeu.

Até que, aos 46', o Uruguai achou aquele segundo gol. Maxi Pereira recebeu na entrada da área após cobrança rápida de falta na intermediária e colocou no canto direito de Stekelenburg. Daí foi aquela pressão apaixonada e desesperada uruguaia até o juiz Ravshan Irmatov (Uzbequistão) decidir fazer soar o apito final.

Muslera foi bem na meta uruguaia, com boas defesas. Novamente Forlán foi o melhor homem da linha e fico imaginando se esse time não poderia ser mais audacioso. Gostei de Álvaro Pereira, inclusive de sua tentativa de marcar chutando do meio do campo. Acho que, ao longo da competição, Álvaro Pereira poderia ter jogado mais adiantado pela esquerda, dando mais opções para os avançados Forlán e Suárez e aliviando o trabalho solitário de Cavani na alimentação ao ataque. Acho que para um país com bons jogadores e muita tradição como o Uruguai, garra, coração, amor à camisa, etc... é pouco. Muito pouco. O Uruguai não é a Nova Zelândia, a Suíça, a Austrália, a Coreia do Norte... Pode e precisa ambicionar mais em campo. Que este bom Mundial sirva como resgate da autoestima para sair em busca de voos mais ambiciosos - começando pela maneira de jogar.

Na Holanda, bem mesmo, poucos. O time valeu-se mais de seu forte conjunto e da melhor técnica de seus jogadores. Além, claro, da intenção de vencer. Na verdade, não jogar bem e ainda assim vencer é prova de força. Sneijder errou muito, mas o pouco que acertou foi decisivo, assim como Robben, que, mesmo não brilhando, infernizou a vida de Cáceres. Mais regular durante os 90 minutos acabou sendo o capitão Van Bronckhorst.

Link da página da Fifa sobre o jogo: Jogo 61: Uruguai 2 x 3 Holanda.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

FÓRMULA INDY ► Australiano Will Power vence o GP de Watkins Glen com dobradinha da Penske

Acho Watkins Glen um autódromo muito legal, que fez parte do circo da Fórmula 1 durante as décadas de 1970 e 1980. Foi lá que Emerson Fittipaldi venceu sua primeira corrida, em 1970, garantindo o título de Jochen Rindt, que morrera três provas antes. Curiosamente, também foi lá que Emerson se despediu das pistas, em 1980. O circuito estava de fora até da Fórmula Indy, que o reintegrou ao calendário em 2005.

Ontem só pude acompanhar as últimas 15 voltas, tempo suficiente para ver Dario Franchitti partir para cima de Ryan Briscoe na disputa do segundo lugar, fazer a ultrapassagem, mas não conseguir segurar a vantagem. Assim Ryan Briscoe recuperou a segunda a posição e garantiu a dobradinha para a equipe Penske, com a vitória do australiano William Power após 60 voltas e 1h40min27s4391 de corrida.

Os brasileiros Raphael Matos e Mário Moraes foram bem e chegaram logo atrás dos homens do pódio, em 4º e 5º lugar, respectivamente.

Abaixo, um vídeo da prova, distribuído pela Indy Car através do YouTube:


A classificação da corrida (em negrito, os pilotos brasileiros):

1º) Will Power (AUS/Penske) - 60 voltas - 1h40min27s4391
2º) Ryan Briscoe (AUS/Penske) - a 1s2181
3º) Dario Franchitti (ESC/Chip Ganassi) - a 2s6754
4º) Raphael Matos (BRA/Luczo Dragon) - a 8s0208
5º) Mário Moraes (BRA/KV) - a 9s229

6º) Dan Wheldon (ING/Panther) - a 9s523
7º) Ryan Hunter-Reay (EUA/Andretti) - a 10s5003
8º) Scott Dixon (NZL/Chip Ganassi)- a 12s0546
9º) Hélio Castroneves (BRA/Penske) - a 12s9834
10º) Justin Wilson (ING/Dreyer-Reinbold)– a 13s5635
11º) E.J. Viso (VEN/KV) - a 18s7591
12º) Hideki Mutoh (JAP/Newman-Haas) - a 20s2279
13º) Marco Andretti (EUA/Andretti) - a a26s6965
14º) Paul Tracy (CAN/ Dreyer & Reinbold) - a 27s7310
15º) Takuma Sato (JAP/KV) - a 28s8774
16º) Adam Carroll (IRN/Andretti Autosport) 17) - a 29s3624
18º) Bertrand Baguette (BEL/Conquest) - a 36s5350
19º) Vitor Meira (BRA/AJ Foyt) - a 36s9869
20º) Danica Patrick (EUA/Andretti) - a 38s2675
21º) Tony Kanaan (BRA/Andretti) - a 38s6700
22º) Mario Romancini (BRA/Conquest) - 59 voltas

23º) Milka Duno (VEN/Dale Coyne Racing) - 57 voltas

Não completaram:

24º) Simona de Silvestro (SUI/HVM) – 38 voltas
25º) Alex Lloyd (ING/Dale Coyne) – 22 voltas

Link para a classificação completa do campeonato na página oficial da Fórmula Indy: http://www.indycar.com/schedule/standings/.

Além da pontuação pela ordem de chegada ao encerramento de uma corrida, cada piloto da Fórmula Indy que liderar o maior número de voltas em cada prova receberá um bônus de 2 pontos, somados à pontuação normal. Além disso, há um ponto extra para quem conquistar a pole-position. Com isso, é possível que um piloto some 53 pontos em uma corrida.
(Fonte: http://www.band.com.br/esporte/formula-indy/classificacao.asp)