sexta-feira, 14 de maio de 2010

NBA ► Boston Celtics fecha a série contra o Celveland Cavaliers e faz final da Conferência Leste contra o Orlando Magic

Cleveland Cavaliers 85 x 94 Boston Celtics
Semifinal Conferência Leste
(2 x 4)

Meu amigo Fábio Balassiano escreveu no seu conceituado blog Bala na Cesta (o link está aí ao lado) sobre as chances do Cleveland Cavaliers no jogo 6 contra o Celtics, em Boston: "...Além disso, e isso é muito óbvio, LeBron James precisa jogar muita, mas muita bola (mais de 35 pontos provavelmente)." Ô, boca, hein? É coisa de quem sabe.

LeBron conseguiu nada menos que 19 rebotes e fez 10 assistências, mas cometeu nove
turnovers e acertou apenas oito de 21 arremessos de quadra, marcando 27 pontos, o que foi pouco: tivesse conseguido os "mais de 35 pontos" que o Bala disse e o Cavs talvez garantisse ao menos uma prorrogação.

Quem não tinha nada a ver com isso era o Celtics, que jogou com muita intensidade e, apesar de também ter tido um baixo aproveitamento no último quarto, fez o que se espera de um time de Boston jogando em casa numa situação dessas: fechou a série. Agora os verdes encaram o Orlando Magic na grande final da Conferência Leste.

Rajon Rondo (21 pontos e 12 assistências e cinco roubos de bola) e Kevin Garnett (22 pontos, 12 rebotes e nenhum erro) comandaram o Celtics. Paul Pierce (foto) voltou a ser bastante agressivo, mas errou bastante, acertando apenas quatro de seus 13 arremessos e Ray Allen foi ainda mais discreto: apenas oito pontos, com dois de seus chutes dando rede. Valeu mais a força de conjunto do time, que fez ótimo trabalho defensivo.

No Cavaliers, Mo Williams deixou seus 22 pontos e o veterano Shaquille O'Neal contribuiu com 11. Pude assistir apenas ao primeiro quarto quase inteiro e a algumas partes do segundo tempo. Achei o time, como um todo, sem confiança, embora sem nunca deixar de lutar. LeBron forçou o jogo desde o início, mas não parecia muito seguro. O Fábio Balassiano fez uma observação muito interessante: nos dois minutos finais, LeBron acertou duas bolas de três e derrubou a vantagem do Celtics para quatro pontos. Nos dois decisivos ataques seguintes, ele deixou de chutar para tentar o passe e errou. Enfim, mesmo quando chegava junto no placar, o Cavs não me passou em nenhum momento a impressão de que poderia vencer o jogo. E não venceu.

Agora fica a expectativa pelo futuro de LeBron, provavelmente longe de Cleveland. Até porque, ao contrário do que acontece com Dwyane Wade em relação ao Miami Heat, onde a torcida faz questão da permanência de seu ídolo, não vejo, até o momento, a mesma reação por parte dos torcedores de Cleveland em relação a LeBron. Além do New York Knicks, o Chicago Bulls também sonha em contar com o duas vezes MVP da NBA.

Quanto ao Celtics... O Celtics chega forte e confiante para enfrentar o Magic. Os verdes assim são um problema para qualquer time em qualquer época. Jogam duro, estilo "se-me-provocar-viro-o-Hulk" e jamais se intimidam. Resta ver como vai reagir fisicamente ao esforço dessa série contra o Cavs, pois o Magic está bem mais descansado e Allen, Pierce e Garnett já não são mais exatamente uns garotos.

Para o Magic, fica o desafio de mostrar seu jogo e ignorar a força e a camisa do adversário. Basquete, o time tem. Fisicamente está tinindo e tem se mostrado bastante consistente. Acho que a parte física pode fazer alguma diferença em favor do Magic, principalmente se a série se estender a sete jogos - e não há como imaginar que ela acabe em apenas quatro ou cinco. Mas nenhum playoff contra o Boston Celtics pode ser encarado sem muitos cuidados, com todo a concentração possível. E isso em qualquer circunstância, mesmo que os verdes tenham eventualmente um time inferior. Perguntem sobre isso em Los Angeles.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

BRASIL ► Deu na internet: "Casal de juízes sofrerá inquérito por abandonar blitz da Lei Seca"

Segue reprodução do O Dia Online
(http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/5/casal_de_juizes_sofrera_inquerito_por_abandonar_blitz_da_lei_seca_78887.html).

ODia Online
04.05.10 às 17h04 > Atualizado em 04.05.10 às 17h04





Casal de juízes sofrerá inquérito por abandonar blitz da Lei Seca

Rio - O casal de juízes Pedro Henrique Alves e Maria Daniella Binato de Castro Abi Daud sofrerá inquérito do Tribunal de Justiça, por abandonar blitz da operação Lei Seca, realizada na noite do último domingo, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.


A juíza, que dirigia uma Pajeiro sem placa e não portava carteira nacional de habilitação (CNH), e o juiz, que teria desacatado os agentes da operação, recusaram-se a fazer o teste do etilômetro e tentaram valer-se da prerrogativa dos cargos ocupados.

"O juiz apresentou sinais de alcoolemia e confessou que havia bebido. Ele estava muito alterado, falou palavras de baixo calão, desacatou os policiais e aproveitou-se do fato de não poder ser preso naquele momento, o que só poderia ser feito mediante flagrante de delito", esclareceu o coordenador da operação Lei Seca, Carlos Alberto Lopes.

De acordo com Carlos Alberto Lopes, os juízes não cometeram crime, pois não foi verificado o nível de alcoolemia superior a 0,29 por litro de ar expelido pelo pulmão.

"Nós não deixamos de tomar as providências legais, mas como ele se recusou a fazer o teste, o crime não fica caracterizado. Ele não poderia ter evadido o local, e isso é definido como delito, não como um crime, de acordo com o Código de Trânsito", afirmou. O caso foi registrado na 10ª DP (Botafogo), e será encaminhado ao Tribunal de Justiça.




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Tá bom. Agora me conta uma novidade...



Esse é um comportamento absurdamente padrão de quem teria o dever de dar bons exemplos de conduta social, já que atua diretamente com a aplicação de nossas leis.

Mas é como eu digo: se, "por tradição", estudantes de Direito ainda hoje têm o hábito de dar calote (ou seja: roubar) em restaurantes de todo o país em nome do infame Dia da Pendura, o que esperar deles como profissionais?

A resposta está na notícia reproduzida aí em cima.

É minha opinião.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

NBA ► Boston Celtics arrasa o Cleveland Cavaliers e fica a uma vitória da final da Conferência Leste

Boston Celtics 120 x 88 Cleveland Cavaliers
Semifinal da Conferência Leste
(3 x 2)

Durante uma das históricas séries de playoffs que decidiram campeonatos entre Los Angeles Lakers e Boston Celtics, o Lakers espancou o tradicional rival. Sem dó nem piedade. Foi no jogo 3 das finais de 1984, realizado no legendário Forum de Inglewood: 137 a 104. O Lakers abria 2 x 1 na série e faria o jogo 4 também em casa. O Celtics tinha vantagem de mando de quadra, mas já perdera um jogo no não menos legendário Boston Garden.

O Lakers tinha Magic Johnson, Kareem Abdul-Jabbar e James Worthy. O Celtics era o de Larry Bird, Kevin McHale e Robert Parish. Inconformado com o resultado, Larry Bird simplesmente disse que seus colegas jogaram como mariquinhas. Na partida seguinte, o Celtics virou no finalzinho no Forum praticamente à base do tapa, num duelo de muito contato físico e que foi fundamental para o campeonato ganho pelos verdes de Boston em emocionantes sete jogos. Deem uma olhada no curto vídeo abaixo para terem uma ideia do que foi a coisa.




Por que me deu vontade de escrever isso? Por causa do jogo 5 da série entre Celtics e Cavaliers realizado ontem à noite em Cleveland. Aquilo que ocorreu nos anos 80 sempre me deixou a impressão de que, se você for realmente fazer mal ao Celtics, que o faça fechando uma série, nunca deixe haver um dia seguinte. Pois após o Massacre de Boston no jogo 3, o Celtics foi a Cleveland e humilhou o adversário. Se havia perdido em casa por inimagináveis 29 pontos de diferença, vingou-se vencendo por absurdos 32, com direito a vaias da própria torcida para LeBron James, que só foi acertar uma cesta lá pela metade do terceiro quarto, quando a vaquinha já estava quase chegando ao brejo com sininho e tudo.


E foi como um atropelamento, tudo meio rápido, de sem aviso. Apesar de LeBron estar numa noite terrível, o Cavs vencia por 29 x 21 a 9min52seg do fim do segundo quarto. Aí entrou num buraco que o só o fez marcar um ponto novamente (e foi um ponto mesmo, de lance livre) seis minutos depois, quando o Celtics já abria oito pontos de vantagem. E nunca mais o Cavs voltou à partida.

O trio Kevin Garnett, Ray Allen e o ressurgido Paul Pierce comandou o Celtics. Pierce (foto), desaparecido até então, forçou o jogo e foi o melhor em quadra, com 21 pontos, 11 rebotes e sete assistências. Pierce que pode ser um fator decisivo na série, pois, como escrevi antes, se a série está enroscada sem ele, com sua "volta" o Celtics ganha um grande trunfo.

No Cavs, destaque quase solitário para o veterano Shaquille O'Neal, com seus 21 pontos. LeBron fracassou miseravelmente, acertando apenas três de seus econômicos 14 arremessos de quadra. Interessante que, assim como Kobe Bryant fizera em relação a Russell Westbrook na série do Los Angeles Lakers contra o Oklahoma City Thundercats, LeBron pediu ao treinador para marcar Rajon Rondo, que estava destruindo os armadores adversários.

Marcando, LeBron nem foi tão mal, pois limitou bastante as ações de Rondo, mas esqueceu de jogar e seu time, de cuidar do resto do Celtics. Para o segundo tempo, o Cavs voltou à marcação habitual para tentar voltar ao jogo, ams deu tudo errado: só Shaq realmente estava no jogo, o trio de veteranos do Celtics seguiu dominante e até Rondo acabou entrando em cena, terminando com bons 16 pontos e sete assistências.

Dizem que pode ter sido o último jogo de LeBron em Cleveland com a camisa do Cavaliers, caso o time perca o jogo 6 e a série seja encerrada em Boston. Se isso acontecer, pena que tenha acabado em vaias. E creio que isso tenha ocorrido pela visão do torcedor de que LeBron estaria já com a cabeça mais em Nova York do que em Cleveland e por isso não estaria se esforçando tanto.

Agora vamos amanhã para o jogo 6 de uma série onde tudo pode acontecer. Se houver um mínimo de lógica, esse jogo deve ser bastante enroscado, mas com o Celtics não perdendo a oportunidade de fechar o Cavs. Mas tudo pode acontecer, o Cavs pode entrar furioso, LeBron fazer um jogo de King James, do mesmo modo que pode entrar abatido e ser presa fácil para o maior vencedor da história da NBA.

Após o duro choque de realidade do jogo 3, o Celtics parece estar concentrado no objetivo de fechar a série em casa. Como disse Garnett: "Não podemos voltar aqui. Não podemos nos arriscar a fazer um jogo 7 contra o melhor time do campeonato na quadra deles."

terça-feira, 11 de maio de 2010

AUTOMOBILISMO ► Deu na internet: "Abre o olho, Stock Car!"

Vejam o post publicado por Erich Beting em seu blog (http://negociosdoesporte.blog.uol.com.br/).


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03/05/2010
Abre o olho, Stock Car!

"Cortar a transmissão da Stock Car a 3 minutos do fim é muito frustrante. Até desliguei a TV". A frase é de Rubens Barrichello, piloto de Fórmula 1 e entusiasta da Stock, às 10h51 de domingo. Foi postada em seu perfil no Twitter. E revela o risco da Stock Car de acabar como produto esportivo no longo prazo.

Há dois anos, a Stock se vangloriava de ser o benchmark para o automobilismo nacional. A categoria tinha suas 12 etapas transmitidas ao vivo na Globo (sendo quatro provas aos sábados), havia acabado de fechar com a Nextel como patrocinador principal da categoria e, mais do que isso, já conseguia oferecer uma alternativa viável para o piloto brasileiro construir a carreira dentro do próprio país.

No ano seguinte, caiu o número de provas ao vivo na TV aberta: foram oito, sendo que as quatro que aconteciam aos sábados passaram para o domingo, para permitir aos patrocinadores mais tempo para a realização de ações promocionais. Até aí, menos mal. Uma coisa compensava a outra.

Mas, hoje, a situação é preocupante, para não dizer outra coisa. Nenhuma prova é transmitida na íntegra em TV aberta, o patrocínio da Nextel deu lugar ao da Caixa (nada contra, mas a Stock perdeu o apoio da iniciativa privada para ter o aporte de uma empresa estatal, eterna "anjo da guarda" do esporte brasileiro) e cada vez menos os pilotos têm a certeza de que terão patrocínio garantido para os seus carros.

Para piorar, o apoio incondicional da Globo já não é tão grande assim. A emissora continua a vender o pacote para a Stock Car como parceira da competição. O patrocinador paga cerca de R$ 3 milhões para estar na categoria e cerca de duas vezes isso para estar também nos veículos da Rede Globo (TV aberta, TV fechada e site) que fazem a cobertura da categoria. Mas a parceria tem de ir além da venda comercial da Stock. É inadmissível que o esporte permita ter a transmissão de sua prova encerrada com três minutos de antecedência. Ou que o canal a cabo, com 24 horas de programação, não transmita a prova ao vivo, enquanto exibe, no mesmo horário, um documentário sobre futebol...

Ou a Stock Car abre o olho, ou vai perder o status de grande categoria do automobilismo. Sim, continua sendo mais negócio ter a Globo como parceira. Principalmente pela qualidade na geração de imagens das provas. Mas de que adianta ter boa qualidade de imagens se elas não vão ao ar quando devem?

Esse é só mais um dos dilemas que se apresentam para os gestores da Stock.

Nos próximos anos, esse modelo de total obediência à TV vai se revelar um tiro no pé. A Stock tem história, apoio e potencial para exigir mais de seu parceiro de transmissão. Ou para procurar alguém que seja, de fato, um parceiro dela.

Por Erich Beting às 18h35

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Como comentei lá no espaço do jornalista, trata-se de mais um exemplo do procedimento padrão da emissora do jardim Botânico, que no momento deve estar apenas preocupada em evitar que o produto Stock Car caia nas mãos da concorrência, pouco preocupando-se em divulgá-lo.

A interrupção da transmissão da corrida a três voltas do fim já diz tudo.
 

NBA ► Los Angeles Lakers vence fácil, varre Utah Jazz e faz final da Conferência Oeste contra o Phoenix Suns

Los Angeles Lakers 111 x 96 Utah Jazz
Semifinal Conferência Oeste
(4 x 0)

O Los Angeles Lakers não quis deixar para amanhã o que podia fazer ontem. Depois de um início equilibrado, logo tomou conta da partida, abriu mais de 20 pontos de vantagem no segundo quarto, calou a barulhenta torcida de Salt Lake City e depois tocou, quero dizer, quicou a bola até o final. A surpreendentemente tranquila vitória garantiu uma rara varrida na gloriosa história da franquia californiana. Apesar de todos seus títulos e jogos de pós-temporada disputados, foi apenas a 12ª vez que o Lakers varre um adversário numa série de playoffs.

Justiça seja feita, o Utah Jazz de Deron Williams e Carlos Boozer lutou sempre e, à exceção desta última partida, jogou bem a maioria do tempo. Mas não deu, como resumiu um desapontado Deron Williams: "Eles simplesmente são melhores que nós." E ontem o Jazz ainda deu o azar de pegar o Lakers em uma grande noite. Segundo o próprio treinador Phil Jackson, uma das melhores atuações do time sob seu comando. Mesmo quando o Jazz conseguiu, com muito esforço, reduzir para seis pontos a diferença no terceiro quarto, o Lakers tinha muita reerva de jogo para engrenar novamente, além de Pau Gasol (foto) e Kobe Bryant inspirados.

Gasol terminou o jogo com 33 pontos e 14 rebotes, dominando o garrafão. Kobe dominou o jogo, jogando e fazendo jogar, fechando com mais de 30 pontos a 5ª partida consecutiva. Mas todo o time funcionou bem, com especial destaque para Shannon Brown, saindo do banco com muita intensidade e anotando importantes 12 pontos. O Lakers deixou a nítida impressão de ser um time muito difícil de ser batido quando seus homens grandes estão bem e dominam o garrafão, já que o jogo de fora pode ser garantido por Kobe e por providenciais intervenções de Derek Fisher e Ron Artest.

No Jazz, o talentoso Williams (foto) marcou 21 pontos e fez 9 assistências. Vindo do banco, Paul Millsap foi o melhor do time, anotando 21 pontos e pegando seis rebotes. Boozer, que dizem pode ter feito sua última partida pelo time de Salt Lake City, travou luta inglória contra os homens grandes do garrafão adversário, conseguiu apenas 10 pontos, mas ainda arrumou 14 rebotes.

Com a varrida, o Lakers conseguiu também importante semana de folga para o joelho de Andrew Bynum, o ombro de Artest, o dedo, o joelho e o tornozelo de Kobe e outras contusões espalhadas pelo elenco. Segunda-feira que vem começa a final da Conferência Oeste contra o Phoenix Suns. E o baixo garrafão do time do Arizona pode ter muitos problemas para conter Gasol, Bynum e Lamer Odom.

Para quem não lembra, o Suns impôs duas dolorosas derrotas ao Lakers nos playoffs de 2006 e 2007. Na primeira, um limitadíssimo Lakers de Kwame Brown e Smush Parker, mas carregado por Kobe, levou uma virada na série após abrir surpreendente vantagem de 3 x 1. Na segunda, uma surra inapelável. Como se diz por aí, quem apanha não esquece e Lamar Odom, que estava com Kobe e talvez fosse o único jogador de verdade naquele fraco elenco, já avisou que tem memória de elefante. Se eu fosse o pessoal do Arizona, ficava bem esperto.